terça-feira, 13 de maio de 2014

APESAR DE TUDO, ESTE GOVERNO "RESGATOU" O PAÍS E RECONQUISTOU-LHE A CREDIBILIDADE!


Imagem retirada do Google

Faço parte do número de portugueses que abominam a política e os políticos, de tão catastrófica que foi a sua actuação para o País e para os portugueses ao longo dos últimos quarenta anos de democracia(?)
 
Políticos e governantes esgotaram a paciência dos cidadãos íntegros que não se revêem na sua actuação e que não vivem da política nem se deixam fanatizar pelas ideologias partidárias. Uns e outros demonstraram uma condenável falta de carácter, irresponsabilidade e incompetência, para além de adoptarem a mentira como a "arma" mais eficaz para realizarem com êxito os mais variados esquemas fraudulentos, em benefício próprio.
 
Por tudo isto, que não fiquem dúvidas quanto à minha aversão à política e aos políticos e, consequentemente ao governo actual. Porém, há uma razão para tolerar a sua acção governativa relativamente aos cortes que foram feitos na maioria dos rendimentos dos portugueses, com maior incidência nos ordenados e pensões.
 
Em 2011, o País entrou em colapso financeiro, sem dinheiro para honrar os compromissos internos e externos, inclusive, pagar salários e pensões; o anterior protagonizou uma governação escandalosamente ruinosa e foi obrigado a pedir ajuda financeira aos parceiros europeus: CEE, BCE e FMI, assinando um Memorando de Entendimento, que obrigava a um sem número de medidas e compromissos, profundamente penalizadoras para os portugueses e que deram origem a 3 anos de severa austeridade, atingindo tragicamente todos os sectores de actividade, mas especialmente aqueles que sobreviviam à custa do rendimento proveniente do emprego e das pensões. 
 
Mas como atrás dizia, a minha tolerância para com este governo, advém do facto de ter sido o anterior Executivo a levar Portugal à bancarrota, deixando essa pesada herança para resolver. Nesse sentido, sou daqueles que compreendo as dificuldades encontradas para fazer face a tão difícil emergência nacional, sem penalizar directamente a classe trabalhadora, ao tomar as medidas que foram implementadas.
 
Àqueles que agora condenam o Governo pela austeridade que foi obrigado a impor aos portugueses e até advogam o retorno dos socialistas ao governo, quero dizer o seguinte: Se estas medidas não tivessem sido tomadas, as tranches do empréstimo não teriam chegado aos cofres do Estado e a ruptura financeira era inevitável. Foi graças à austeridade imposta aos portugueses que os ordenados e pensões continuaram a ser pagos, embora com alguns cortes, os quais serviram para financiar o País, num momento de grande crise financeira.  
 
Este Governo que infelizmente não fez tudo bem feito, actuou com coragem e forte determinação, vencendo um sem número de obstáculos protagonizados pelas forças políticas da oposição e contra tudo e contra todos, soube honrar os compromissos assumidos aquando da assinatura do Memorando de Entendimento, o qual foi exaustivamente escrutinados pela Troika ao longo de 3 anos, pelo que, em meu modesto entender, os ataques da oposição exigindo o derrube do governo e uma forte derrota nas eleições europeias, não devem ser levados a sério pelos portugueses, pois se alguém merece ser penalizado, é a oposição, pelo seu papel vergonhoso de obstrução sistemática às medidas do governo.
 
Perante o que fica escrito, embora tenha deixado de exercer o meu direito de voto há alguns anos, precisamente porque abomino a política e os seus intérpretes, nas próximas eleições, tendo em conta o mérito da actuação do Governo no "resgate" do País e na reconquista da sua credibilidade, dar-lhe-ei o meu voto e o consequente benefício da dúvida.
 
E se de facto o Governo vier a repôr os cortes nos salários e pensões, tal como anunciou aos portugueses, ao longo dos próximos 5 anos, se o desemprego continuar a diminuir e a produção de riqueza continuar a aumentar, aquilo que foi uma tragédia nacional, pode ter servido de enormíssima lição para que o povo passe a estar muito mais interventivo, atento e vigilante aos actos governativos e jamais permita que a classe política e governante cometa as mesmas fraudes e arraste o País para situação idêntica aquela em que o governo socrático nos mergulhou.
 
Por isso, quando a oposição afirma que este governo é uma tragédia para Portugal e que deve ser corrido, a questão deve colocar-se ao contrário, afirmando: a grande tragédia para Portugal, seria a oposição vencer as próximas eleições legislativas e formar governo.

3 comentários:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor,

Aparentemente, este Governo equilibrou as Finanças tendo reconquistado a Soberania Financeira, do País.

Acontece que, esse Resgate, não foi levado a cabo, conforme foi, várias vezes, dito, na Campanha Eleitoral!!!!

Este Governo, fazia um Jogo Limpinho se, em vez de tirar a quem não tem, mandasse investigar o que de mal, para nós, foi feito nos Contratos SWAPS e PPP´S; acabasse com as Fundações, Observatórios, etc, etc.

Reduzisse o Número de Deputados e pô-los a fazer o Serviço, com as mesmas regalias que têm, por exemplo, os Deputados Ingleses e Holandeses!!!!

Em vez disso, este Governo, além de não dar qualquer aumento, aos Reformados e Pensionistas, ainda permite que as Empresas e o Comércio, em geral, aumentem, cada vez que querem, os Preços dos Bens e Serviços.

Não contando, ainda, com o que tiraram, nos útimos Anos, aos mesmos!!!

Se este e outros Governos, sabem onde estão os culpados por toda esta bagunçada, porque é que não lhes confiscam tudo, e os prendem,
em vez de sacrificarem o Zé Pagante?

No fundo, neste Processo, ninguém esteve bem.

A Oposição, quanto a mim, deveria ter colaborado mais.

Não me acredito que a Oposição vá ser penalizada, nas Eleições de 25-05-2014

E também não me acredito, salvo se o TC intervir, que este Governo, venha a repor, seja o que for!!
Laranjeiro, 13-05-2014

Unknown disse...

O meu voto desta feita será nulo.
Primeiro não confio neles- em nenhum
Depois de eleitos eles governam-se a eles e aos amigos e exploram o povo com impostos.
Ultima razão - Não castigaram ainda nenhum dos aldrabões anteriores que defraudaram o país e os portugueses.

Manuel Carmo Meirelles disse...

Inteiramente de acordo com os 2 comentários. Estes políticos e governantes não têm perdão, tal a dimensão dos prejuízos que causaram ao País e do sofrimento que infligiram aos portugueses. Porém, no regime em que vivemos, a formação dos governos pertence aos partidos mais votados e, nesse sentido, tenciono não premiar aqueles que levaram o País à bancarrota. Não gosto de nenhuns, mas há que ponderar entre aqueles que me vão garantindo a pensão de reforma e os que prometem o paraíso e nos oferecem o inferno e põem em causa o pagamento de ordenados e pensões de reforma no final de cada mês.
Por mim, também me apetecia mandá-los a todos para um sítio que eu cá sei e borrifar-me para as eleições.