sábado, 16 de janeiro de 2016

TODOS CONTRA UM

Imagem retirada do Google

O País merecia melhores políticos e melhores candidatos à Presidência da República. A indecência política dos candidatos tomou conta da campanha eleitoral. É horrível o comportamento dos candidatos presidenciais. Em vez de procurarem esclarecer os portugueses sobre os reais problemas do País e o que pensam fazer para ajudar a resolvê-los, gastam o tempo a maldizer e a lavar roupa suja, tentando descredibilizar um dos candidatos, aquele a quem as sondagens atribuem a possibilidade de poder vencer a eleição presidencial à primeira volta.

À falta de ideias e preparação para desempenhar tão importante cargo, têm entretido os portugueses com inapropriados e ridículos "fait divers" e todos eles, em uníssono, têm insistido fastidiosamente no ataque cerrado ao candidato que provavelmente virá a ser o próximo Presidente da República.

Se, como que por magia, fosse possível impedir que os candidatos pudessem dizer mal uns dos outros e, neste caso, proibidos de "malhar" naquele que todos temem, não lhes sobraria nada de útil para dizer aos portugueses, para além de algumas palavras de circunstância e uma ou outra historieta de carácter pessoal, para satisfação do seu ego.

O tema principal da campanha tem sido: "TODOS CONTRA UM", o que demonstra bem a pobreza política e intelectual dos candidatos. Porém, nesta cruzada de maldizer de "todos contra um", tem estado bem o candidato visado ao não "dar troco" aos adversários provocadores, ignorando-os e deixando-os a falar sozinhos.

Constatei também que a maioria dos candidatos tem atacado ferozmente o ainda Presidente da República, tratando-o de forma desrespeitosa, absolutamente vergonhosa. A liberdade em Democracia deve ser usada com responsabilidade e infelizmente não é isso que acontece. O actual PR pode ter feito tudo bem, pode ter errado, mas deve ser respeitado por todos os portugueses e ainda mais, por aqueles que concorrem ao cargo. Para além disso, tenho a certeza que a maioria dos que agora pretendem ocupar o seu lugar, não possuem, nem de longe nem de perto, uma ínfima parte da sua competência para desempenhar o cargo. Cavaco Silva não é uma personalidade qualquer. É um grande economista, facto que demonstrou como Ministro das Finanças e Primeiro Ministro e com os muitos manifestos que redigiu e informou os portugueses ao longo do seu mandato que se tivessem sido levados em conta pelos governantes, Portugal não teria chegado à miserável situação de banca rota.

Dizer mal não custa nada e é próprio de gente ética e moralmente mal formada; Cavaco Silva merece respeito porque sempre respeitou os seus adversários e nunca ninguém ouviu da sua boca os impropérios (insultos) que diariamente lhe são dirigidos.

Nenhum dos candidatos que se dirigiu de forma indigna ao actual Presidente da República merece desempenhar aquele cargo. De resto, que ganhe qualquer um. Pessoalmente, pouco me importa que seja A, B, C, ou D o próximo Presidente da República. Gostaria apenas que não fosse um qualquer "bandalho", sem ética e sem moral, com provas dadas de não saber o que significa a palavra "RESPEITO".

Em campanha todos prometem fazer mil e uma coisas e fazer todas as pessoas felizes. É tudo uma treta fantasiosa e sem sentido porque na verdade não vão fazer absolutamente nada. Quem tem poder para tomar decisões é o Governo e é a ele que cabe governar.

De resto, sobre o papel do Presidente da República, continuo a pensar que não passa de uma figura meramente decorativa, para representar a República em eventos oficiais em Portugal e no estrangeiro, cortar fitas em algumas inaugurações, condecorar alguns cidadãos no 10 de Junho e conceder alguns indultos na época natalícia.

E quanto a Presidentes da República, continuo a nutrir estima e consideração apenas pelo General Ramalho Eanes, um homem de carácter, impoluto, exemplar. Dos outros, há um que até deu umas quantas voltas ao mundo à custa do erário público e outro demitiu um governo com maioria na Assembleia da República para ajudar o camarada e amigo a chegar ao poder, iniciando-se nesse momento, com tão leviano acto, a derrocada do País. Sobre o actual PR, a história julgará os seus mandatos, sem ódios, sem invejas e com imparcialidade.

1 comentário:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor
Autor

De facto, o que temos visto, ao longo do tempo, é um ataque concertado, ao Candidato que eles acham que vai ser o próximo Presidente da República!

Efectivamente, não consigo entender como é que Pessoas tão eruditas, conseguem confundir a Eleição Presidencial com a Eleição de um Governo.

Realmente parece que estes Candidatos, quase todos, se esqueceram dos Poderes de um Presidente da República, em Portugal.

A Corrupção só é combatida pelo Governo que estiver, se quiser, no Poder.

Lamentavelmente, nenhum Governo a quer combater porque, isso feria, profundamente, os seus interesses.

Apesar de não ter, para isso, poderes para o fazer, só havia um Candidato que, se ganhasse, daria uma grande ajuda no combate a este Cancro da Sociedade Portuguesa.

Refiro-me ao Exmo Senhor Dr Paulo Morais.
Laranjeiro, 16-01-2016