Imagem retirada do Google
Quando ainda faltam 10 meses para terminar o mandato, a Procuradora Geral da República, Joana Marques Vidal ficou a saber que não vai ser reconduzida no cargo por mais um mandato, porque o Governo, pela voz da sua ministra das Finanças não perdeu tempo e tratou de dar a conhecer, logo nos primeiros dias do novo ano que não estava a pensar reconduzi-la e que tal decisão decorre da interpretação da lei uma vez que "a Constituição prevê um mandato longo e um mandato único".
É mais um caso lamentável protagonizado por este governo das esquerdas que não olha a meios para atingir os seus fins. O momento para fazer um anúncio desta natureza é completamente extemporâneo e descontextualizado, servindo apenas para condicionar o trabalho da Procuradora nos 10 meses que ainda lhe faltam para chegar ao final do mandato.
A Procuradora Geral da República tem feito um excelente trabalho, sem qualquer paralelo na história da nossa democracia. Joana Marques Vidal destaca-se dos anteriores Procuradores, com grande profissionalismo, espírito de missão e eficácia no que concerne à aplicação da justiça, cortando a direito e sem ziguezagues, deixando a milhas de distância todos os seus antecessores, Pinheiro Farinha, Arala Chaves, Cunha Rodrigues, Souto Moura e Pinto Monteiro, alguns dos quais tiveram actuações que envergonharam e envergonham a justiça, não investigando muitos e graves casos de corrupção e, consequentemente, permitindo que muitos criminosos ficassem impunes.
O comportamento descarado do Governo, deve merecer da parte do Senhor Presidente da República uma atenção especial e tudo fazer para que a Senhora Procuradora Geral da República possa continuar a desenvolver o excelente trabalho que tem vindo a realizar num próximo mandato.
O Governo não pode "livrar-se" de excelentes profissionais, a seu bel prazer, apenas porque não são da cor política ou não gosta deles, por qualquer outro motivo.
Quando as pessoas são dotadas de forte carácter, independentes e incorruptíveis, ganham inimigos nos governos porque não cedem a pressões nem se prestam a fazer favores. É o caso desta Senhora Procuradora que eu espero que possa continuar à frente da PGR para bem da justiça portuguesa.
1 comentário:
Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa
Exmo Senhor
Autor,
Efectivamente, quem, a dez Meses do final do Mandato da PGR, faz estas Declarações, é lógico, racional e intuitivo, que quer condicionar algo.
É assim, os bons e honestos, directa ou indirectamente, são achincalhados e corridos de todos os lados.
De facto, este tipo de Individualidades, não interessam ao poder político.
É pena que assim seja!
Nunca mais atingiremos os altos níveis de governação que se vêem lá fora.
Como é natural, com algumas excepções, refiro-me à Europa e aos USA.
Infelizmente, mesmo ao Nível dos Partidos, funciona tudo na mesma.
Salve-se quem puder. Isto não passa de um jogo de interesses.
Cada vez se vê menos imparcialidade, tantos nos governos como nos Partidos.
Talvez, quando lá fora atingirem a perfeição, aqui comessem a pensar nos interesses
da População em geral e não, só, nos deles.
No entanto, o tempo de espera já é muito.
Laranjeiro, 22-01-2018
Enviar um comentário