quinta-feira, 26 de abril de 2018

"25 DE ABRIL DE 1974" - CADA CELEBRAÇÃO É UM PESADELO

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Em cada celebração do "25 de Abril" relembro factos que me têm atormentado e causado imensa tristeza ao longo da vida.
Lembro-me do País maravilhoso onde vivia, onde trabalhava, onde constituí família e onde nasceram os meus filhos.
Lembro-me da paz e da harmonia que existia no seio das populações sem distinção de raça, credo ou estatuto social.
E lembro-me que inesperadamente, sem qualquer consulta às populações interessadas, apareceram uns "vendilhões da pátria", uns renegados, ressabiados com o regime, a anunciar a descolonização e a entrega de Angola a uns grupelhos chamados de "movimentos de libertação" que não tinham, à data, qualquer expressão militar ou política e, muito menos, competência e preparação para administrar Angola.
A verdade, é que levaram mesmo por diante essa alta traição e entregaram Angola aos ditos "movimentos de libertação", os quais se envolveram numa terrível guerra civil que embora tivesse passado por alguns intervalos, durou desde 1975 a 2002, 27 anos!!! O povo não melhorou. A pobreza é visível à vista desarmada e a corrupção é generalizada. Uns poucos arranjaram grandes fortunas, estando na vanguarda o anterior Presidente da República, José Eduardo dos Santos e todo o seu clã. 
Foi um período terrível em que as pessoas foram saqueadas, perseguidas, presas e fuziladas sem qualquer julgamento ou culpa formada. As nossas tropas entregaram o armamento e as munições a um dos movimentos e não fez nada para defender as vidas e os bens dos portugueses.
A verdade nunca foi transmitida ao povo português. Pelo contrário, esses "vendilhões da pátria", para levar por diante a sua alta traição, enchiam o povo de vergonhosas mentiras acerca do que se passava em Angola. Mentiras que hoje continuam a ser difundidas por esses reles escrevinhadores que se ufanam de ser historiadores
Eu vivi no terreno as realidades da paz e da guerra, realidades que conheci muito bem. Por isso mesmo, posso avaliar o quanto esses fazedores de história se aproximam ou afastam da verdade. Enojam-me os mixordeiros teóricos de vista enviesada que sem presenciarem ou viverem os acontecimentos e nada saberem sobre o que foi Angola antes, durante e após a "descolonização", deturpam a verdade dos factos, pretendendo reescrever a história à sua maneira e segundo a sua visão ideológica. 

Uma mentira, mesmo que repetida centenas de milhar de vezes, nunca será verdade. Há muita gente que, como eu, conhece a verdade dos factos e sabe quão criminosa e vergonhosa foi a "descolonização" de Angola. Os nossos filhos e toda a nossa descendência até à centésima milionésima geração vão saber o que foi a "descolonização" e o nome dos traidores que a cozinharam e puseram em prática, abandonando à sua sorte milhões de corajosos e patriotas portugueses, muitos dos quais foram vítimas das mais bárbaras atrocidades.

A verdadeira história ainda não foi escrita porque ainda não apareceu um homem/mulher íntegro, isento e apartidário a quem só a verdade interesse, alguém que seja absolutamente independente.

1 comentário:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor
Autor,

De facto, por aquilo que eu conheço, ainda não vi, em Portugal, nenhum Governo que defenda os nossos interesses.

Porque, a obrigação moral dos autores da descolonização exemplar, seria, em primeiro lugar, defender os interesses dos Nacionais de cá e de lá.

Tirando, talvez, Cabo Verde, as Pessoas, salvo algumas excepções, vivem muito pior que antigamente.

Quem disse a estes Senhores que, pelo facto de haverem sido eleitos, podem cometer todo o tipo de arbitrariedades?

Alguém me perguntou se concordo com a Eutanásia?

Alguém me perguntou se concordava com o Euro?

Alguém me perguntou se queria pertencer ao Clube dos Ricos, CEE?

Alguém defendeu os meus interesses, no dia do lançamento do Euro?

Por tudo isto e outras coisas mais, ninguém perguntou ou pergunta nada, logo, tudo isto é contra a Constituição.

Tendo Portugal as Reformas e Pensões mais baixas da Europa, algum Fiscal da ASAE, veio perguntar ao Senhor que me vendeu, no dia da mudança, porque é que me estavam a pedir 150% mais do que eu pagava habitualmente, por um Café?

Alguém me defendeu ao pedirem-me no mesmo dia, em vez de dez Escudos, dez cêntimos por uma Fotocópia formato A4?

Isto aconteceu com todos os bens e serviços, razão pela qual andam três Milhões de Pessoas, a contar os Cêntimos, até agora.

Agora, vamos juntar a isto, o que continuamos a pagar, por causa de uma grande parte dos políticos, e Banqueiros sem dinheiro porque, afinal, eles vivem à nossa custa.

Exmo Senhor Autor, não tenha ilusões, o vinte e cinco de Abril foi feito por Militares e, depois, ainda não consegui saber porquê, foi entregue numa Bandeja de Diamantes, aos Políticos.

Estes, salvo honrosas excepções, é que se têm governado a eles e desgovernado, cada vez mais, a nós.
Laranjeiro, 28-04-2018