SECO MANÉ é um ex-combatente guineense que lutou ao lado das forças portuguesas durante a guerra colonial na Guiné-Bissau.
Ferido em combate, Mané tem enfrentado grandes dificuldades para obter apoio e reconhecimento por seus serviços e sacrifícios prestados a Portugal.
Agora, passados anos, o ex-combatente SECO MANÉ, procura desesperado auxílio em Portugal, juntamente com outros ex-combatentes guineenses que se sentem esquecidos, abandonados e ignorados, tanto pelo governo da Guiné-Bissau como pelo governo de Portugal.
A situação de SECO MANÉ é o exemplo mais flagrante das dificuldades enfrentadas pelos ex-combatentes guineenses, que têm reivindicado benefícios como pensões de invalidez e reformas, que a grande maioria não recebeu justa e adequadamente em tempo oportuno.
Associações de ex-combatentes têm pressionado o governo português para reconhecer e compensar aqueles que serviram nas forças armadas portuguesas durante a guerra colonial. Recentemente, houve esforços de recenseamento desses ex-combatentes para documentar suas situações e corresponder às suas reivindicações, no sentido de lhes garantir que recebem o apoio e as compensações mais que justas, por parte de Portugal.
SECO MANÉ está com dificuldade em obter a nacionalidade portuguesa para poder ser tratado a uma perna onde lhe foi colocado um ferro com vários parafusos que devia ter sido removido após uns meses, logo que se verificasse a solidificação óssea e nunca mais aconteceu ao longo de anos!
Perguntamos: como é possível cometer tal desumanidade com um ex-combatente que vive atormentado diariamente com as dores que lhe causa esta situação? Não tem Portugal o dever e a obrigação de cuidar dos ex-combatentes que lutaram pela Pátria? Que raio de País é este que abandona e maltrata os militares que serviram a Pátria ao serviço do antigo regime? É vergonhoso que os governantes não sejam capazes, de uma vez por todas, acabar com tão monstruosas injustiças.
SECO MANÉ é uma vítima a juntar a tantas outras que lutaram abnegada e patrioticamente pela Pátria e não mereciam este desprezo e abandono por parte dos governantes de Portugal.
Vejam o que aconteceu com o tão falado processo das gémeas luso-brasileiras que em duas semanas conseguiram a nacionalidade portuguesa e um tratamento no SNS que custou aos portugueses quatro milhões de euros!
Estas situações são absolutamente inaceitáveis e vergonhosas e não deviam ter lugar neste País que se diz democrático.
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