A Igreja, depois de tantos escandalos de pedofilia denunciados e comprovados, ao longo de décadas, continua a dar péssimos exemplos ao dificultar o ressarcimento daquelas vítimas que optaram por dar a cara, contando todo o tipo de abusos que sofreram por parte dos representantes da Igreja.
De referir que a Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica, identificou mais de 4.800 casos, afirmando que o número pode ser ainda muito maior, revelando que os sacerdotes são a maioria dos abusadores.
Este comportamento da Igreja é monstruoso e trágico e, por outro lado, terrivelmente devastador e descredibilizante para a própria Igreja que arruinou o seu bom nome e traiu a confiança de todos quantos entregaram as crianças aos seus cuidados.
Depois de tudo o que se sabe, bem podemos afirmar que entregar as crianças ao cuidado da Igreja era o mesmo ou ainda pior que entregar a guarda de um rebanho de ovelhas a uma alcateia de lobos e, neste caso, o papel de lobo era representado pelos padres, sem dúvida autênticos lobos disfarçados em pele de cordeiro.
Do imenso mar de crianças abusadas pela Igreja, apenas uma ínfima parte decidiu solicitar indemnização pelos danos sofridos mas mesmo assim a Igreja tem dificultado o pagamento de tais indemnizações, afirmando que nem todos os abusos são iguais e, em muitos casos, quer sujeitar as vítimas a novas inquirições e relatos, depois de estas já terem feito esses relatos à Comissão Independente.
Francamente, a Igreja continua a dar péssimos exemplos à sociedade e tira do sério o mais fervoroso dos crentes.
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