domingo, 15 de fevereiro de 2009

OURIVES - PROFISSÃO DE ALTO RISCO

De Norte a Sul e de Este a Oeste de Portugal, parece já não existir uma única ourivesaria que não tenha sido assaltada e algumas mais de uma vez.
Para além das grandes quantidades de artigos em ouro furtados e dos avultados prejuízos materiais causados nos estabelecimentos assaltados, há a registar também a extrema violência utilizada para neutralizar as vítimas. Dezenas de ourives foram friamente alvejados pelos assaltantes e alguns acabaram mesmo por não resistir aos ferimentos, acabando por morrer.
O País foi tomado pela violência de gangs muito perigosos e bem armados que actuam como querem, quando querem e onde querem, com uma facilidade impressionante, sem serem incomodados pelas autoridades.
Nesta onda de crimes, os profissionais que lidam com muito dinheiro, estão entre aqueles que correm mais riscos e, nesse aspecto, os bancos, as grandes superfícies, as gasolineiras e, claro, os ourives, são os mais atingidos, embora os pequenos e médios estabelecimentos não sejam pupados por esses gangs.
Se o Estado Português não tem meios económicos para investir mais e melhor na protecção dos seus cidadãos, então deve alterar com urgência a sua política de defesa, suspendendo imediatamente todas as missões de paz no estrangeiro e canalizando essas importantes verbas para investir no reforço da segurança dos seus cidadãos.
Todos os dias são noticiados dezenas de crimes, alguns de grande violência porque os assaltantes, quase sempre bem armados, não têm qualquer problema em atirar a matar, sempre que as vítimas oferecem a mínima resistência. Esta situação tem causado grandes tragédias em milhares de famílias portuguesas que viram o seu património de muitos anos de trabalho usurpado e os familiares gravemente feridos ou mortos.
É, de facto, uma situação dramática, a que o Estado, pelos vistos, não é capaz de responder com a força, a firmeza e a eficácia necessárias. Os desafortunados que se vêem envolvidos nestes dramas, depois não têm o apoio merecido, por parte de quem não providenciou a sua segurança e bem-estar.
Tal como as coisas se estão a passar actualmente, o Estado é o grande responsável por boa parte dos crimes violentos que ocorrem um pouco por todo o País, pela manifesta falta de meios no combate aos crimes violentos e pela insuficiencia de efectivos policiais destinados ao patrulhamento de todas as localidades do País.
Nesse sentido, em nossa modesta opinião, se o Estado não garante os meios necessários para defender e proteger os cidadãos, então devem-lhe ser imputadas todas as responsabilidades nos danos morais e materiais resultantes desses crimes.
Num País livre e democrático, os cidadãos pagam os seus impostos para que o Estado zele pela sua segurança e bem-estar, actuando indiscriminada e implacavelmente contra todos aqueles que ousem violar com gravidade, as regras da liberdade e da democracia.

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