segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Pobres cordeiros, neste País de lobos

Este é um País onde os lobos se sentem bem confortáveis e protegidos e onde o poder instituído não tem suficiente independência para impedir as suas práticas à margem das leis.

Já os cordeiros, sentem-se extremamente desconfortáveis, desprotegidos e indefesos e são constantemente vítimas inocentes da voragem desses canídios da espécie humana que não olham a meios para alcançar os seus fins.

É o poder tirano e perverso dos poderosos, contra a impotência e a dignidade dos fracos, num confronto constante e desigual, por causa dos lobos que disfarçados de mil e uma maneiras, abundam no Poder Executivo, Legislativo e Judicial. Mas não podemos esquecer um quarto poder, tão ou mais poderoso que os anteriores, o Poder Económico, cujos patrões dominam a seu bel prazer todos os outros poderes, usando a sua riqueza para subornar, corromper e comprar todo o tipo de favores.

Numa selva tão densa e perigosa como esta, em que os perigos espreitam a cada momento, é muito arriscado vestir a pele de cordeiro. Por essa razão, muitos desses primitivos cordeiros têm vindo a transformar-se, nos últimos anos, em perigosas alcateias de lobos, com o objectivo de evitar a sua exterminação e garantir a sua subsistência.

Com esta alteração, a situação piorou, porque estes novos lobos usam métodos muito violentos e não se limitam a atacar interesses dos velhos lobos mas causam também graves danos nos que ainda persistem em viver envoltos numa pele de cordeiro.

A grande diferença entre os velhos e os novos lobos, é que os primeiros continuam a praticar toda a espécie de crimes com toda a impunidade porque a sua situação económica lhes permite comprar tudo e todos e contratar os mais proeminentes advogados da nossa praça para os defender, enquanto os segundos viraram lobos devido à sua pobreza e logo que iniciam as suas caçadas, são normalmente perseguidos, presos, julgados, condenados e enviados para as cadeias onde continuam, em muitos casos, a desenvolver contactos com o exterior e a planear caçadas com os restantes membros do grupo que escaparam à prisão, poucos se regenerando.

A pergunta que se impõe, é esta: para quando um Governo, isento e íntegro que ponha esta selva em ordem e, acima de tudo, seja capaz de neutralizar a acção criminosa das diferentes alcateias que desde 25 de Abril de 1974 actuam impunemente e têm contribuído decisivamente para o empobrecimento do País e das classes sociais mais desfavorecidas, causando grandes tragédias no seio de milhares de famílias portuguesas?

Esta situação já cansa, enoja e causa vómitos a todos quantos ainda conservam valores éticos e morais e é por demais insustentável. Acudir enquanto é tempo, deve ser ponto de honra de todos quantos não se revêem nesta insuportável e agonizante situação em que vive o País. E como a viragem necessária não se vai verificar nos próximos meses, então que sejam usadas as próximas eleições legislativas, autárquicas e presidenciais para afastar da governação todos aqueles que foram responsáveis pelo colapso económico e financeiro que se apoderou e asfixiou o País por não terem tido coragem de enfrentar e pôr os lobos na ordem.

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