quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

JUSTIÇA - Vejo uma luzinha ao fundo do túnel


Os cidadãos protestam e com muita razão. A Justiça não actua de forma isenta e beneficia descarada e sistematicamente os mais poderosos.

O povo é testemunha desse discrepante tratamento, ao verificar que gravíssimas infracções divulgadas na comunicação social e praticadas por essa gente poderosa, ficam normalmente sem punição, beneficiando de todo o tipo de alibis, engendrados pelos advogados que os defendem, pagos a peso de ouro.

Ora, sabendo-se que Lopes da Mota beneficiava da simpatia e da protecção do Governo de José Sócrates, porque ele agiu em favor de terceiros, a mando ou por conta própria, a notícia de que o Conselho Superior do Ministério Público decidiu suspender por 30 dias o procurador-geral adjunto, na sequência de um processo disciplinar por alegadas pressões sobre outros magistrados do MP responsáveis pelo caso Freeport, é uma boa notícia porque embora a sanção seja leve, pelo menos foi investigada e apurada a sua responsabilidade, o que já é muito positivo para a Justiça e, ao mesmo tempo, transmite aos cidadãos a esperança que no futuro a justiça pode vir a ser aplicada com mais equidade, sem olhar às pessoas mas apenas aos crimes que elas praticam.

A Justiça prestará um relevante serviço ao País se de facto começar a ser implacável na aplicação da justiça a todos os cidadãos, sem excepção. Se a Justiça melhorar, o País também vai melhorar e toda a gente vai beneficiar.

Mas por outro lado, decisões desta natureza da Justiça, têm o condão de colocar de sobreaviso todos os prevaricadores que se pisarem o risco serão igualmente sancionados, começando também eles a reflectir que "o crime não compensa" como diz sabiamente o povo.

Por mim que sou amante da paz, da ordem e da Justiça, congratulo-me com esta decisão e faço votos para que muitas outras venham a ser tomadas, na defesa intransigente da VERDADE.

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