domingo, 23 de janeiro de 2011

O POVO PREMIOU-O COM O 1º LUGAR DOS ÚLTIMOS


O candidato da área socialista à Presidência da República e Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo durante 16 anos, Defensor Moura (DM), cometeu a proeza de ter ficado em 6º e último lugar, com 1,6% dos votos, tendo sido mesmo cilindrado pelo candidato da Madeira, a quem apelidaram de "TIRIRICA MADEIRENSE", já que este arrecadou 4,5%, praticamente o triplo dos votos.

A sua entrada na campanha tinha como objectivo funcionar como "lebre" de Manuel Alegre e, nessa missão, atacar o candidato Cavaco Silva, trazendo para a praça pública casos antgos que nunca o chegaram a ser. DM acusou Cavaco Silva, entre muitas outras coisas
  • de ser responsável pelo estado em que se encontra o Serviço Nacional de Saúde;
  • de se comportar como um líder partidário;
  • de não ser isento no caso BPN e de ter sido favorecido na transacção de acções da SLN.
  • de cometer uma "inconstitucionalidade por omissão", já que nada fez para a implementação da regionalização, dizendo que Cavaco é centralista, nada tendo feito para descentralizar;
  • de falta de cultura política e de ter sido desleal para com os ex-líderes do PSD Fernando Nogueira e Santana Lopes;
  • de ter "muita culpa" na instabilidade governativa do País;
  • de favorecimento a antigos ministros do seu Governo;
  • de ter desbaratado "milhões e milhões de contos" de fundos comunitários quando era Primeiro-Ministro;
  • de favorecimento de uma autarquia PSD em 2009, nas comemorações do Dia de Portugal;
  • de ter construído a sua casa de férias no Algarve, antes de ter sido emitida a respectiva licença e de não ter pago sisa;

Depois de todas estas acusações (provadas?) exortou mesmo o Presidente da República a demitir-se, porque em sua opinião, seria desprestigiante para o País, ter um Presidente ligado ao caso BPN, num negócio que considerou "ilícito" e "pouco claro".

Já depois de se confirmar a vitória do candidato que DM acusou de não ter perfil para exercer o cargo de Presidente da República, fez questão de afirmar que não o felicitava pela vitória, para ser coerente com o que disse durante a campanha.

Isto é que é puro socialismo! O Povo escolhe e elege um candidato e DM não se importa de ir contra a sua vontade soberana, recusando-se a aceitar o seu veredicto e a felicitar o candidato vencedor! Este genuino socialismo, só se encontra mesmo em Portugal!

Caramba! Cada vez aprendo mais com estas doutas personalidades que pomposamente se intitulam de socialistas e democratas! São belíssimos exemplos transmitidos à sociedade e DM deve estar visivelmente ufano da extraordinária campanha e do figurão que fez.

DM despoletou as acusações contra Cavaco Silva e Manuel Alegre pegou nelas, para igualmente lhe pedir explicações, ao longo de toda a campanha, na mira de alcançar grandes benefícios. Foi de facto uma enorme falta de ética que o Povo Português não apreciou e acabou por penalizar, dado que agora, apoiado pelo Partido Socialista e Bloco de Esquerda, recebeu menos votos do que na anterior eleição presidencial, apoiado declaradamente apenas pelo BE.

Moral da história: a estratégia do candidato Alegre foi um autêntico desastre e ficou definitivamente a saber que em nome do socialismo, da liberdade, da democracia e do Povo, não se pode difamar o bom nome de ninguém, para daí tirar dividendos políticos ou outros, especialmente quando se concorre ao mais alto cargo da Nação e, por outro lado, nunca antes ter proferido uma palavra em desabono do actual Presidente da República.

O tal candidato que serviu de lebre, até no seu Distrito, onde foi Presidente de Câmara, foi ignorado pelos eleitores, tendo ficado num modesto terceiro lugar, praticamente com os mesmos votos do quarto classificado, Fernando Nobre. E se na sua terra, os seus conterrâneos não confiaram nele, no resto do País foi o que se viu.

Na declaração de voto que fez após saber o resultado final da eleição, voltou a reafirmar o que disse sobre Cavaco Silva, prova provada que não aprendeu nada com a lição que o povo lhe deu.

O Povo recriminou e sancionou o seu acto e, mesmo assim, DM não deu o braço a torcer, tendo-se borrifado para o que o Povo pensa. Se com a idade que tem ainda não aprendeu que o Povo tem sempre razão, então também já não vai aprender nunca, porque "burro velho não aprende línguas".

Esta eleição para a Presidência da República, traduziu o que havia escrito antes do acto eleitoral de domingo e qualquer cidadão com um mínimo de isenção, poderia ter chegado facilmente à mesma conclusão, já que o grau de previsibilidade era tão grande que não deixava muita margem para erro.


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