sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

OH VALHA-ME DEUS!!! QUE TRAGÉDIA!!!


O que é que leva um jovem de 20 anos, talentoso e já com um curriculum invejável a dar um passo tão perigoso e insensato na vida? Na verdade, eu não acredito que o jovem não soubesse exactamente quem era o cronista Carlos Castro e os objectivos que perseguia. Porque se envolveria um jovem heterossexual com um indivíduo de 65 anos, homossexual assumido, viajando juntos para Nova Iorque e para o mesmo quarto de Hotel, para aí passar o Fim-de-Ano, longe dos amigos e dos familiares?

O que se teria passado entre as quatro paredes do Hotel de tão grave que justifique uma tão trágica sentença de morte? Não se mata uma pessoa com tanta raiva e violência, ao ponto de desfigurar o cadáver, mutilando-o, por uma bagatela qualquer.

O que quer que fosse, não justificava um acto tão cruel. De facto, deve ter-se passado algo de muito grave que levou o jovem Renato Seabra a cometer tão monstruosa loucura.

Tenho a certeza que se pudesse voltar atrás, não voltaria a fazer o mesmo. Bastou uma fracção de segundos em que perdeu o controle da razão para provocar toda a tragédia e arruinar a sua vida que tinha todas as condições para ter sucesso.

Para romper com uma situação complicada e difícil, não é necessário matar. Só é preciso reconhecer o erro ou o logro e depois manter a calma e ter a coragem e o discernimento de sair do atoleiro com a máxima dignidade.

Cair, toda a gente cai, mas um trambolhão só é fatal, para aqueles que nunca mais se conseguem levantar.


2 comentários:

Unknown disse...

Concordo com a opinião aqui expressa e dado que o Carlos Castro dizia que ia morrer em Nova Iorque nada me espanta que tivesse sido o próprio a encomendar ou a provocar a sua morte.

O Renato seguiu um impulso sem possibilidade de retorno. Não teve força para fugir da situação. Entregou-se na boca do lobo.

Manuel Carmo Meirelles disse...

De facto, meu caro Luis Coelho, o que escrevi aponta para a ideia de que o jovem Renato Seabra é, em todo este caso, mais vítima do que culpado. Algo de muito grave aconteceu para despoletar um acto tão trágico que só pode ter acontecido pelo facto de o autor ter perdido momentaneamente a razão. Renato Seabra não era um assassino nem um cadastrado perigoso. A sua actuação teve lugar num momento de desesperada loucura e quando recuperou a consciência, o mal já estava feito, sem qualquer hipótese de ser remediado.
Casos semelhantes, acontecem todos os dias, por esse Mundo fora.