segunda-feira, 24 de setembro de 2012

QUEM DIZ QUE O POVO PORTUGUÊS NÃO REAGE À TIRANIA?



A situação de miséria a que uma grande parte dos trabalhadores portugueses chegou, obriga a que todos se mobilizem para contestar e dizer basta ao esbulho a que tem sido submetido.
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O anunciado aumento da Taxa Social Única (TSU) em 7 pontos percentuais para os trabalhadores  e uma redução da mesma percentagem para o patronato, veio acabar definitivamente com a paciência de quem já não aguenta mais reduções nas suas miseráveis remunerações.
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TSU? Que descarada vergonha!!! Tirar aos trabalhadores, numa situação tão dramática de sobrevivência e dar aos patrões, é uma medida completamente desonesta e ofensiva dos interesses de quem vive da sua pequena remuneração mensal.
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Esta incompreensível atuação do Governo levou o País inteiro a sair às ruas para gritar slogans que há muito se não houviam, pedindo a demissão dos incompetentes governantes. Não pode haver mais espaço de manobra para esta gente sem qualificação para desempenhar as funções que exerce e o povo tem que estar alerta e segurar a rédea muito curta.
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Estou de corpo e alma com todos aqueles que estão fartos dos políticos, os verdadeiros criminosos da "morte" deste encantador País, e estão dispostos a correr com eles da área da governação e de todos os lugares da Administração Pública que requerem competência e responsabilidade, atributos que essa gentalha não tem.
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Quando falo em políticos, refiro-me a toda essa gente que milita nos diferentes partidos existentes em Portugal. Para mim não há exceções, são todos farinha do mesmo saco. Não contem comigo para correr com uns e apoiar outros. Ao fim de 38 anos de regime democrático(?) dissipei todas as minhas dúvidas sobre o papel dos partidos na construção de um País mais próspero e justo para todos.
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A sua principal estratégia é contrariar e dizer mal da atuação dos adversários, pois só desta forma, quem está fora do poder, pode aspirar alcançá-lo. Os partidos atuam em função dos seus próprios interesses e estratégias e colocam o País e os cidadãos num plano secundário. Cada força política procura por todos os meios ao seu alcance, garantir para si o máximo de regalias e benefícios, nem que para isso tenha que cometer todo o tipo de ilegalidades.
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Toda a classe política merece o repúdio e a indignação dos portugueses e mais do que isso, merece que o povo exija que se faça justiça relativamente a todos os responsáveis pela situação em que o País se encontra e que em minha opinião deviam ser metidos na prisão e confiscados todos os seus bens ou, pelo menos, aqueles que adquiriram enquanto exerciam funções governativas ou outras, ao serviço da Administração Pública.
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A revolta do povo deve ser dirigida exclusivamente contra os políticos, aqueles que verdadeiramente contribuíram para a miséria que se instalou em muitos milhares de famílias. Não alinho com aqueles que ofendem e agridem as Forças de Segurança e muito menos com os que aproveitam as manifestações ordeiras e pacíficas para destruir e vandalizar. Descarregar a revolta e a indignação em quem não tem culpas no cartório, é um procedimento que deve ser repudiado pelas pessoas de bem.
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A destruição e todos os atos de vandalismo não resolvem os problemas, antes os agravam e a exemplo do que aconteceu na Grécia, a fatura dos estragos provocados por uns quantos, está a ser paga por todo o povo grego. Em Portugal não devemos enveredar por tais caminhos, não permitindo que os desordeiros de sempre possam vangloriar-se dos seus "feitos heroicos", agravando ainda mais a situação do País.

1 comentário:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor,

Concordo, 100%, com tudo o que acaba de escrever.

Também não concordo com os oportunistas que se aproveitam das, Pacíficas, Manifestações, para praticar actos de VANDALISMO!!!!!!!

Isso é uma, infame, Cobardia. Quem não tem não pode dar. Não é a partir, queimar e destruir, que se resolvem os Problemas.

Da maneira como os Políticos, todos, puseram o País, não vale apena reivindicar e muito menos, partir e queimar pois, agora, não se faz, cá, o Dinheiro. O Dinheiro tem que vir do exterior.

Na única coisa que temos que não concordar, é na impensada e estúpida TSU,e a,tão falada,EQUIDADE,não ser igual para todos.

O Governo não pode ir buscar o Dinheiro, onde é mais cómodo.

Eu, ao fazer os meus Descontos, fiz um Contrato com o Governo. O Autor desta Publicação, ao fazer os seus descontos, fez um Contrato com o Governo.

O Governo quebrou esse Contrato ao tirar-nos o Dinheiro.
Então o nosso contrato pode ser, com esta facilidade e leviandade, quebrado, e os Contratos das PPP´S, não podem ser quebrados, mexidos e tocados?????

Na Constituição da RP, existe um Artigo que diz que, sendo as actuais Circunstâncias, totalmente diferentes, ou seja, tendo mudado, radicalmente, tudo para pior, o Governo tem que anular esses Contratos ou renegociá-los.

Assim sendo, porque é que o Governo não invoca esse Artigo, e suspende esses Contratos, em vez de vir dizer que já renegociou, com as PPP´S, tantos Milhões de Euros, mas a única coisa que está a fazer, é parar Obras que estão em Curso?

É lógico, racional e intuitivo que, anulando as Obras, em Curso, deixa de gastar uns Milhões, mas, às PPP´S, não pediu para renegociar, nada.

Já agora, porque é que não acaba, já, com as Fundações e Observatórios? Podia criar, por exemplo, um Observatório da Míséria e outro da Pobreza.

Sim, eu sei que são sinónimos, um do outro mas, agora, também há muitos que são sinónimos uns dos outros, quer dizer, foram criados, apenas, por causa dos BOYS.
Laranjeiro, 24-09-2012