segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

"BOMBAS HUMANAS" - A TEMÍVEL E MORTÍFERA ARMA DOS RADICAIS ISLÂMICOS JIHADISTAS


Imagem retirada do Google

Em nome de falsas causas políticas, religiosas, económicas ou outras, o homem sempre arquitectou vinganças e praticou actos de terror, matando indiscriminadamente pessoas honradas e inocentes, completamente alheias aos motivos que o levaram a cometer tão bárbaras actuações.
 
Não sou minimamente conhecedor do alcorão, o livro sagrado do islamismo, mas respeito o direito de cada cidadão a professar o culto que melhor satisfaça as suas crenças religiosas.

Os seguidores das diferentes religiões, enquanto seres humanos, são absolutamente iguais à nascença e só depois, em função dos hábitos civilizacionais do país ou região onde nascem, adoptam determinados padrões de vida. É natural que sejamos cristãos se nascemos no seio de uma família católica. É natural que sejamos muçulmanos se nascemos no seio de uma família muçulmana. O meio em que se nasce e vive influencia o carácter das pessoas, as quais absorvem com naturalidade o seu modus vivendi. Já imaginaram o que aconteceria a uma criança que fosse colocada desde bébé numa comunidade de macacos? Provavelmente iria crescer com os mesmos hábitos, a produzir os mesmos sons vocais e a procurar os mesmos alimentos... o que seria absolutamente normal.

Infelizmente, cometem-se excessos em todas as áreas da actividade humana. A área do HUMOR não é excepção. Há profissionais que exageram e usam a imaginação e a caneta para além do razoável, ofendendo e ridicularizando pessoas e instituições. Posso até reconhecer grande talento a esses profissionais porém, não colhem a minha simpatia. Sempre detestei aqueles que fazem carreira e ganham a vida denegrindo, insultando, ofendendo e ridicularizando os outros. Claro que pelo facto de não apreciar o trabalho desses profissionais, jamais imaginaria atentar contra as suas vidas. Vivemos num regime democrático em que há liberdade de expressão e órgãos próprios para fazer justiça e julgar os excessos.

Ora, é aqui que reside o grande problema: não se pode lidar com as pessoas e instituições que não vivem em estados democráticos da mesma forma que se lida com quem vive e foi educado em regimes democráticos com plena liberdade de expressão. O conceito de liberdade de expressão de uns e outros é completamente diferente, mesmo dos muçulmanos mais moderados. De um lado há compreensão e tolerância e do outro, especialmente dos extremistas mais radicais, intolerância, revolta e vingança, porque foram instruídos para reagir desta maneira.

Não se pode lidar de forma igual com coisas completamente diferentes. Na Europa e noutros países democráticos, há liberdade de expressão, igualdade de direitos entre homens e mulheres, liberdade religiosa, respeito pela Declaração Universal dos Direitos do Homem e há igualdade de oportunidades e acesso dos cidadãos à educação, à saúde, ao emprego e à segurança social.

Enquanto esses países não alcançarem o patamar da democracia, será difícil aceitarem e entenderem os valores por que se regem e actuam os cidadãos e as instituições dos países democráticos. O mundo democrático deve unir-se e trabalhar em conjunto, de forma solidária e pacífica, para conseguir instaurar a democracia nesses países, em colaboração com as autoridades locais.

Eminentes figuras públicas muçulmanas têm vindo a público defender o islão, dizendo que os actos de terror praticados por indivíduos ao serviço de organizações terroristas, em defesa da honra do islão, não são verdadeiros muçulmanos e nem tão pouco essas organizações representam o islão porque o Alcorão não advoga a violência. Dizem que tais actos são obra de radicais islâmicos jihadistas que subvertem a doutrina do Alcorão e prejudicam e ofendem os verdadeiros seguidores de Allah. Nesse sentido, o mundo dos genuínos muçulmanos deverá condenar inequivocamente os atentados terroristas e manifestar-se vigorosamente contra aqueles que praticam o terror em nome do islão.

É temível e mortífera a arma dos radicais islâmicos que utilizam "bombas humanas" para as fazer explodir em qualquer parte do mundo, em alvos previamente escolhidos pelas diferentes organizações terrorista. São homens e mulheres, crianças e adultos, treinados e mentalizados para morrer como mártires, em nome e na defesa do islão, missão que aceitam com honra e orgulho porque através do martírio sabem que irão alcançar a salvação e a felicidade eterna.

Disse atrás que os homens nascem todos iguais, o meio em que são criados é que altera o seu carácter e a sua visão sobre o mundo. Por vezes ponho-me a pensar nos "homens bomba" e interrogo-me como é que pessoas adultas livres e na posse de todas as suas faculdades, aceitam morrer em nome de causas religiosas e a troco de promessas que são irrealizáveis quando, por exemplo, nos países da Europa, uma criancinha aos 4 ou 5 anos de idade, já não acredita na existência do Pai Natal e creio, muito menos aceitaria, a partir dos 10/12 anos de idade, uma proposta para matar pessoas, fazendo-se explodir num qualquer alvo pré-determinado.

Uma coisa é certa, os muçulmanos, os bons muçulmanos, aqueles que utilizam a religião com tolerância e amor pelo próximo, têm uma grande tarefa pela frente que é explicar aos jihadistas fundamentalistas islâmicos radicais que os seus actos terroristas não têm razão de ser porque matam pessoas inocentes e ofendem o islão e os verdadeiros muçulmanos.

1 comentário:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor,

De facto, a pior coisa que pode existir, é o radicalismo, seja ele de que tipo for.

Por outro lado, ninguém tem o direito de escarnecer de qualquer um, dos vários tipos de Religião.

Qualquer Cidadão, educado e bem intencionado, sabe que a nossa Liberdade termina onde começa a dos outros.

Isto não significa que, devido a alguns excessos Jornalísticos, se mate, indiscriminadamente!

Efectivamente, toda esta inversão, total, de valores, tem a ver com a educação que, em cada País, se administra!

Eu não me acredito que, se essas Pessoas, a partir do Berço, fossem educadas para não cometer este tipo de crimes e arbitrariedades de toda a espécie, tivessem este, monstruoso, comportamento!!

Se, no Século XXI, ainda se assiste a isto, não sei onde é que vamos parar!!??
Laranjeiro, 20-01-2015