segunda-feira, 2 de março de 2015

SIRYZA GOVERNO - QUE GRANDE DESILUSÃO!!!...

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Imagem retirada do Google

Quem acompanhou de perto o desenrolar das últimas eleições gregas, assistiu à ascensão meteórica de um pequeno partido de extrema esquerda que conquistou a adesão e a simpatia do povo grego devido às suas promessas eleitorais irrealistas e à sua postura desafiante, irreverente e corajosa face às instituições credoras (CE, BCE e FMI), ao afirmar que acabaria com a austeridade do povo e se recusaria a pagar a monstruosa dívida grega.

O povo, cansado de ser enganado pelos partidos da área da governação, cansado de tantos sacrifícios e tanta austeridade, acreditou que só um partido de extrema esquerda que nunca exerceu funções governativas, seria capaz de romper com as políticas de austeridade e enfrentar os credores e os parceiros europeus, recusando pagar a dívida.
 
Muita gente na Europa chegou a pensar que a ousada actuação do SIRYZA obedecia a um plano prévia e exaustivamente elaborado, baseado na ideia de que os parceiros europeus iriam (quase de certeza) aceitar as suas exigências para evitar a saída da Grécia da UE. Pelos vistos não havia plano nenhum e tudo não passou de um lamentável bluff que vai sair muito caro ao povo grego.
 
Em Portugal, os partidos de esquerda e extrema esquerda rejubilaram com as promessas eleitorais avançadas pelos dirigentes siryzistas durante a campanha eleitoral e até se fizeram representar em alguns comícios do partido grego. A esquerda portuguesa viveu momentos de júbilo inolvidáveis e de tal empolgamento que produziu afirmações tão ou mais ousadas que os próprios siryzas da pátria grega.
 
Todos os exemplos serviram, até os mais  negativos, absurdos e condenáveis, para confrontar e atacar diariamente o governo liderado por Passos Coelho por não ser solidário e não seguir o exemplo grego. Os dirigentes do Siryza passaram a ser referenciados como verdadeiros heróis pela esquerda portuguesa e a imprensa lusa correspondeu com enorme cobertura e alinhou na histeria da esquerda. O delírio apoderou-se das hostes revolucionárias portuguesas, rendidas à "coragem" dos heróis gregos que apregoavam à Europa e ao mundo que não pagariam a dívida do País e que iriam acabar com a "austeridade" do povo grego, reduzindo os impostos, aumentando o ordenado mínimo e decretando um pacote de medidas sociais para acudir aos mais desfavorecidos.
 
Porém, o que se passou a seguir, após a vitória nas eleições, é uma realidade completamente distinta. Os tais dirigentes siryzistas, agora transformados em governantes, desavergonhadamente, deram o dito por não dito e recuaram praticamente em todas as promessas que haviam feito ao povo. Afinal, comprometeram-se perante os parceiros europeus a honrar os compromissos, pagando a dívida, adiando o aumento do ordenado mínimo e a redução de impostos e prometendo realizar as reformas que garantam à Grécia crescer e aliviar a dívida.
 
Imagino a desilusão do povo grego, vítima de mais um monstruoso engano! E imagino também a enorme decepção, desespero e angústia das forças políticas de esquerda que em Portugal e noutros países da Europa apoiaram incondicionalmente o Siryza! Levaram uma monumental banhada! O resultado não podia ser pior e, nesse sentido, foi uma enorme "derrota"  para todos aqueles que pretendiam copiar o exemplo do Sirysa, caso tivesse êxito, para fazer o mesmo nos seus países de origem.
 
Também eu pensei que finalmente alguém me ia ensinar como se fazem "omeletes sem ovos" mas afinal ainda não foi desta! Estes sujeitos do Sirysa demonstraram que são "farinha do mesmo saco". Tal como os seus antecessores, mentiram ao povo mas, muito pior do que eles, fizeram promessas impossíveis e irrealizáveis, próprias de quem ignorou a realidade grega e demonstrou uma total e decepcionante irresponsabilidade.
 
Não auguro grande futuro a este governo grego e creio mesmo que irá, a curto prazo, ficar sem condições para governar, tanto no plano interno como no externo, se nos lembrarmos que o povo foi traído e não lhe perdoará e depois, o comportamento dos governantes, especialmente do primeiro ministro Alexis Tsipras e ministro das finanças Yanis Varoufakis, com as suas repetidas intervenções polémicas e pouco respeitosas para com os parceiros da UE, também não ajudaram a granjear a sua simpatia, tornando ainda mais difíceis as negociações ao nível do Euro Grupo.

Nestas circunstâncias, é muito natural que em breve o povo grego retire a confiança que depositou no Sirysa e vá para a rua contestar e exigir a demissão do governo, fazendo passar os seus dirigentes pela vergonha da demissão e também pela sensação que é passar de bestial a besta.
 
 
 

1 comentário:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor,

O único Povo que é despojado de tudo, e fica, impávido e sereno, a ver passar a Banda, é o Português!

Só que, se os Portugueses, vierem a fazer como os Gregos, vai-lhes acontecer a mesma coisa ou pior.

Os Gregos e os Portugueses, continuam a esquecer-se que, sem Dinheiro, não existe qualquer tipo de Liberdade!

Um Cidadão, infelizmente, só pode dizer ou fazer, praticamente, tudo o que quer, se tiver independência económica, caso contrário, tem que se submeter a Patrões, grandes grupos económicos e a uma infinidade de coisas.

Aliás, vai ser, pelo facto de o Poder Económico, controlar o Poder Político, que vai começar a TERCEIRA GUERRA MUNDIAL.

Eu volto a afirmar: Porque é que o Poder Económico, não fez a Portugal, Grécia e Irlanda, o que fez à Alemanha, no Final da Segunda Guerra?

Efectivamente, este tipo de ajudas, devido aos elevados Juros, não têm qualquer fundamento!
Laranjeiro, 03-03-2015