segunda-feira, 17 de agosto de 2015

O JÚLIO DOS CARACÓIS - "GANHA FAMA E DEITA-TE A DORMIR"

Júlio dos Caracóis, Marvila Fotos

Imagem retirada do Google
 
Há uns três ou quatro anos que não ia ao Júlio dos Caracóis. Lembro-me que na última vez que lá fui não fiquei satisfeito porque os caracóis tinham um sabor amargo e estavam pouco apurados, sem os  imprescindíveis alhos e sem qualquer ingrediente na confecção que pudesse fazer a diferença, para além dos tradicionais orégãos.
 
Nessa altura prometi que nunca mais lá voltava e procurei outro local onde pudesse saborear os caracóis, uma ou duas vezes por mês. Encontrei uma casa em Alvalade, perita na confecção de caracóis e caracoletas, bem como de uma grande variedade de petiscos e, desde então, esqueci completamente o Júlio dos Caracóis, porque esta casa em Alvalade é incomparavelmente melhor. Os caracóis são uma delícia e o molho das caracoletas é o melhor que encontrei até hoje. Está de parabéns o amigo Carlos, o proprietário da referida casa, o Restaurante "POMAR".
 
Acontece que no domingo encontrei a porta fechada com a informação de que o pessoal estava de férias até ao final do mês de Agosto, reabrindo a 1 de Setembro. Perante esta contrariedade, desloquei-me ao Júlio dos Caracóis, na esperança de ser melhor servido do que na última vez.
 
Por incrível que pareça e para minha decepção, desta vez, foi muito pior. Os caracóis estavam demasiado cozidos e o molho não sabia a nada. Mandei vir pão torrado e manteiga com alho e uma dose de caracoletas. Depois de algum tempo de espera, eis que chega a encomenda. Comi duas ou três caracoletas  e fiquei enjoado. O molho era mau demais, tinha um sabor esquisito, rançoso. Eu e as duas pessoas que me acompanhavam, estávamos decepcionados mas ainda decidimos mandar vir um pica-pau de porco. Foi uma má decisão porque o tal pica-pau não passava de umas bifanas cozidas, cortadas aos bocados, envolvidas num molho gorduroso e enjoativo, completamente intragável.
 
O resultado de tudo isto, foi ter de pagar duas notas de 20 € por um serviço que não foi consumido já que ficou quase tudo nas travessas.
 
O mais caricato de tudo isto, é que o empregado ao levantar a mesa, vendo que os petiscos não tinham sido praticamente tocados, não foi capaz de perguntar o que quer que fosse, nomeadamente, se não tínhamos apreciado os caracóis/caracoletas/pica-pau. Estranhamente, numa casa daquelas, com tanta fama, pelos vistos, sem proveito, não interessa se o cliente fica ou não satisfeito, se come ou não come, o que lhes interessa é que o dinheiro seja registado na caixa.
 
Sobre o Júlio dos Caracóis, a má impressão que tinha, ficou agora muito mais vincada e consequentemente não penso voltar lá mais, aconselhando também os meus amigos a fazer o mesmo.

2 comentários:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor
Autor,

De facto, este Ditado, está 100% actual!

Só não consigo entender porque é que a ASAE, não fecha Estabelecimentos como este!

Imagine o Autor, os efeitos, em sentido negativo, que estes Restaurantes provocam ao Turismo e não só!!

Porque será que, no Século XXI, ainda existe esta imundice e ninguém, com responsabilidades, nesta Área, faz nada?

Quando o seu Amigo Carlos, estiver fechado, é só o inconveniente de atravessar a Ponte sobre o Tejo. Aqui, ao meu lado, existe um Restaurante que é muito bom a servir Caracóis e Caracoletas.
Laranjeiro, 17-08-2015

Manuel Carmo Meirelles disse...

Meu bom amigo Oswaldo Jorge do Carmo

Ainda bem que aí ao lado onde vive, existe um Restaurante que sabe fazer caracóis. É muito natural que um dia destes lhe faça um convite para, juntamente com a família, saborearmos umas doses deles.

Quanto ao Júlio dos Caracóis, devo dizer que as instalações estão super limpas e muito atractivas. Não foi isso que me decepcionou. O que me decepcionou foi o péssimo serviço de cozinha. Alguém rigoroso e entendido na matéria, deveria provar os petiscos antes de irem para a mesa. Se isso acontecesse, provavelmente não me serviam aquela mixórdia intragável.

Uma boa semana. Forte abraço.