terça-feira, 29 de setembro de 2015

OS MAIORES CRIMES ECONÓMICOS FORAM PRATICADOS NA BANCA

Imagem retirada do Google

É ao nível da Banca que se têm cometido os maiores crimes económicos em Portugal, à custa de esquemas de negócios fraudulentos e corruptos, levados a cabo pelos seus administradores, em conluio com entidades públicas e privadas com as quais tinham relações privilegiadas.

Estamos habituados a ver diariamente cidadãos que são acusados, julgados e condenados por crimes menores que não põem em causa a estabilidade económica do País nem tão pouco contribuem para o empobrecimento dos portugueses. Desgraçadamente, não vemos julgadas e condenadas as pessoas que administraram ruinosamente a maioria dos bancos e todos aqueles que beneficiaram dos favores desses administradores.

A Banca funcionou durante quase todo o período democrático sem lei nem roque, sem qualquer tipo de regulação e o resultado foi o que todos os cidadãos portugueses puderam constatar: uma multidão de abutres bem relacionados, de todas as áreas de actividade do País, a sacar fraudulentamente milhões de euros emprestados dos Bancos, para engrossarem as suas fortunas pessoais, sem qualquer intenção de algum dia amortizarem tais empréstimos.

Foi esta criminosa pouca vergonha que levou a totalidade dos bancos portugueses a uma situação de falta de liquidez que culminou com a nacionalização do BPN (Banco Português de Negócios) e do BPP (Banco Privado Português) e com a insolvência (falência) do BES (Banco Espírito Santo), operações que custaram aos cofres do Estado milhares de milhões de euros, dinheiro que podia e devia ter sido utilizado para aliviar a angustiante austeridade que atingiu os portugueses nos últimos quatro anos.

A Banca, toda a Banca, perdeu a pouca credibilidade que tinha mas longe de arrepiar caminho, continua a actuar de forma agressiva e mentirosa, enganando tudo e todos, mas mais facilmente os incautos. Os exemplos de um passado recente de nada serviram porque os métodos não foram alterados.

Colocar as poupanças à guarda de um Banco, é hoje uma opção arriscada porque de um momento para o outro, o dinheiro desaparece da conta, vítima da acção dos hackers ou de outra qualquer operação de pilhagem e a administração não se responsabiliza. Por outro lado, também em caso de falência, todos sabemos qual é o resultado: a grande maioria fica sem o dinheiro porque o valor total do património não cobre uma grande parte dos encargos com os depositantes.

Se dúvidas houvesse sobre o funcionamento  fraudulento dos Bancos, o caso BES acabou por dissipá-las completamente, pois todos ouviram dizer aos governantes e aos principais agentes económicos, uns dias antes de falir, que ninguém tivesse receio porque o Banco estava forte e de boa saúde, preparado para resolver todos os problemas. E qual foi o resultado? Bem, o resultado foi dramático, milhares de pessoas foram enganadas e estão agora numa situação económica difícil, vivendo na incerteza de algum dia poderem receber o seu dinheiro, fruto das poupanças de uma vida de trabalho.

Os Bancos já me enganaram, já me mentiram e já me causaram danos patrimoniais consideráveis. Atrapalharam a minha vida mas felizmente não me liquidaram. Deu para aprender a lição e chegar à única conclusão possível: "vale mais um pássaro na mão do que dez a voar" ou ainda reflectir no seguinte provérbio: "quem tudo quer tudo perde".

Tudo quanto se faz na vida, tem que ser feito com a máxima segurança e na verdade, com os Bancos não é possível fazer nada com segurança.


1 comentário:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor
Autor,

De facto, cada Povo tem os Governantes e os Bancos que merece.

Porque, apesar de dizerem o contrário, a responsabilidade de tudo isto, é dos Governos e da Regulação.

Não tenho dinheiro mas, se o tivesse, depositava-o lá fora.

O que se está a passar, é uma vergonha.

Será que o Governo, Regulação e Bancos, não sabem que o TIRO lhes vai sair pela culatra?

Aliás, já começou, com a não venda do BES.

Eles continuam a mentir ao ZÉ. Quem vai pagar mais esta diferença(BES),pelo facto de não terem sabido conduzir as coisa como devia ser, vai ser, mais uma vez, quem não tem culpa e quem não pode pagar.

Como é que estes Irresponsáveis, depois de tantas manifestações feitas pelos que foram roubados, queriam vender o BES por um Preço razoável?

Tanta Ignorância!
Laranjeiro, 01-10-2015