domingo, 13 de setembro de 2015

O ESTADO ISLÂMICO E O DRAMA DOS MIGRANTES E REFUGIADOS



Imagem retirada do Google

Estamos perante uma das maiores tragédias humanas da história da humanidade! Assistimos diariamente, desde há meses consecutivos, ao êxodo de centenas de milhar de pessoas que fogem da guerra que se instalou nos seus países de origem, deixando tudo para trás, com o único objectivo de salvar a vida e alcançar um modo de vida que lhes permita ter paz e viver o dia-a-dia com tranquilidade, longe dos horrores da guerra e das desesperantes carências que ela gerou.
 
Fogem de uma região onde vigora a lei do mais forte e onde se mata por matar, sem razão ou culpa formada, sem qualquer respeito pela dignidade humana. Os relatos que chegam através da imprensa são de uma violência horrenda; a barbárie instalou-se naquela região do globo onde matar se tornou uma prática diária, sendo que uma grande percentagem dessas mortes dizem respeito a pessoas inocentes que nada fizeram para iniciar a guerra nem para merecer tão desumano tratamento.
 
Naquela região anda um monstro à solta que decapita as pessoas e destrói património único, de valor incalculável, pertença da humanidade. O monstro existe porque alguém o criou. Então quem criou o monstro? Em meu entendimento, os responsáveis pela existência do monstro, são aqueles que invadiram o Iraque e a Líbia e mataram os seus líderes, Saddam Hussein e Muammar Kadafi e que interferiram nas políticas de governação da Síria, originando uma sanguinária guerra civil.
 
A causa da entrada em acção do EI, tem a ver com a instabilidade governativa e a situação de guerra civil que se gerou naqueles países, tudo por culpa da intervenção de americanos e europeus nos seus assuntos internos, os quais assistem agora indiferentes, com uma passividade criminosa, à horrenda matança praticada pelo Estado Islâmico, permitindo o seu avanço e causando a deslocação e fuga de milhões de pessoas em condições miseráveis, muitas das quais morrem antes de chegarem à segurança de um porto de abrigo.
 
Vejo, com bastante tristeza, movimentos anti-refugiados, gente que protesta e se opõe à entrada dessas pessoas em Portugal. Tal atitude representa uma vergonhosa falta de solidariedade e uma insensibilidade sem limites. Eu sei do que falo. Vivi momentos dramáticos inenarráveis aquando da "exemplar descolonização" portuguesa, na altura, com 2 filhos de tenra idade (18 meses e 3 anos).

Esse trágico acontecimento atingiu violentamente mais de um milhão de portugueses, também eles vítimas de movimentos anti-retornados/refugiados, nome por que ficaram conhecidas as pessoas que regressaram a Portugal, fugindo de um País que amavam mas que tiveram que deixar à pressa para salvar a vida, visto que eram procurados e presos a meio da noite sem culpa formada, condenados e assassinados. As autoridades portuguesas demitiram-se das suas responsabilidades e de forma covarde, abandonaram a população portuguesa que vivia e labutava nas ex-colónias à sua sorte, permitindo que muitos fossem maltratados, humilhados e barbaramente assassinados e, simultaneamente, fossem  espoliados dos seus bens.
 
Quem passou por tão dramática provação, compreende a situação desesperada em que se encontra a grande maioria dos refugiados e só pode ter uma atitude: total compreensão, sensibilidade e solidariedade, disposto a colaborar com as autoridades portuguesas para proporcionar aos refugiados que vierem para o nosso País o maior conforto possível e uma vida normal, dando-lhes a possibilidade de adquirir a nacionalidade portuguesa, caso seja essa a sua vontade e refazer a sua vida familiar e profissional.

O País tem uma população envelhecida e uma fraquíssima densidade populacional. A fixação de refugiados poderia ser uma boa solução para travar o decréscimo dessa densidade e aumentar a população activa, factor muito importante para o desenvolvimento do País e criação de riqueza.

Pela minha parte, os refugiados são bem vindos.
 .
 

1 comentário:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor
Autor,

De facto, depois da segunda Guerra Mundial, estamos a viver o mais complicado Problema, com Refugiados.

Claro que isto, tal como o nosso caso com a tal Descolonização exemplar tem, sempre, culpados.

Alguém ganha, fomentando este fluxo de Refugiados e alguém ganha com as Guerras.

Para além do drama, impõem-se duas perguntas quanto a esta vaga migratória:

Como explicar esta súbita e enorme onda de Refugiados?

Como explicar que Pessoas com pobreza extrema, consigam pagar 10.000 Euros aos traficantes?

Eu quero, com isto, significar, que alguém está, deliberadamente, a provocar esta GUERRA CONTRA A EUROPA.

Esse alguém é o mesmo que causou o Problema das ex-colónias de Portugal e, agora, devido à fraquesa da Europa, no Iraque, Síria, Líbia e não só.

O que acontece, actualmente, na Bélgica, Inglaterra, França e Holanda, vai acontecer em Portugal e em toda a Europa.
Laranjeiro, 14-09-2015