quinta-feira, 15 de março de 2018

JUSTIÇA À PORTUGUESA!

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Imagem retirada do Google

Segundo notícia veiculada pelo jornal Correio da Manhã de 14-03-2018, uma prostituta combinou encontrar-se com um indivíduo no dia 1 de Março de 2015, para uma sessão de sexo. 

Ao chegar à residência combinada no dia e hora marcada, encontrou o namorado da mulher que imediatamente o imobilizou e o amarrou e que depois de lhe roubar todos os pertences e o obrigar a revelar os códigos bancários, o asfixiou até à morte.

Neste caso, foi a prostituta que armou a cilada ao indivíduo, de modo consciente e premeditado. Ela sabia o que ia acontecer ao infeliz e, mesmo assim, levou o embuste até ao fim, entregando o pobre homem nas mãos do namorado assassino. 

Depois, para se verem livres do cadáver, tentaram desmembrar o corpo com uma faca mas não conseguiram. Então utilizaram uma tesoura em aço para cortar o cadáver em dois, depositando depois os restos mortais num terreno baldio, os quais viriam a ser encontrados em Novembro do mesmo ano.

Agora veja-se o desempenho da justiça!:

O Supremo Tribunal de Justiça condenou o criminoso a 16 anos e a criminosa a seis anos de prisão porque os juízes entenderam que a mulher não foi responsável pelo homicídio mas apenas pelo roubo.

No Tribunal de 1ª Instância, o criminoso foi condenado a 22 anos de prisão e a criminosa a 6 anos, porque também o Tribunal de Júri entendeu que a mulher não participou no homicídio. Porém, o Tribunal da Relação condenou a mulher a 20 anos mas o Supremo voltou a reduzir-lhe a pena para os 6 anos.

Então esta mulher não tem tanta ou mais culpa do que o namorado? Não foi ela que preparou a armadilha fatal ao infeliz,  com a promessa de sexo, sabendo como iria terminar toda aquela trágica história? 

Como puderam os juízes encontrar atenuantes no comportamento desta mulher relativamente ao namorado, se os dois arquitectaram e levaram a cabo tão macabro crime? Ela só teria atenuantes se não concordasse com o crime e tivesse feito tudo ao seu alcance para o evitar, o que não foi o caso.

É mais uma nódoa negra na justiça à portuguesa que deve envergonhar alguns dos magistrados que não se revêem em decisões deste tipo.




1 comentário:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor
Autor,

Infelizmente, para nós, ainda há casos mais flagrantes, sem o mínimo fundamento, que este!

De facto, Juízas e juízes de vinte e tal, trinta e tal, quarenta e tal e cinquenta e tal anos, não têm preparação nem sensibilidade para julgar casos como este.

Para mim, ao contrário do que acontece nas outras Profissões, nesta, deveria haver 75% de prática e 25% de teoria.

Mas, o pior ainda não é isto mas sim, o facto de os Julgados serem condenados e, sobretudo, se tiverem dinheiro, acabarem por não cumprirem qualquer tipo de Pena nem pagarem nada ao ofendido!

Isto é que é ESCANDALOSO!

Por isso é que o Exmo Senhor Dr Rui Rio, quer alterar a Justiça.

Contudo, não me acredito que essa, eventual, modificação da Justiça, venha a ser feita em benefício dos mais necessitados.

Toda a gente sabe que, voluntariamente, ninguém prescinde dos privilégios que tem e que lhes foram dados, a todos, sem qualquer esforço.

Finalmente, é este, também, o conceito de justiça, para mim, que temos.

Ainda mais, apesar de já ser muito! Acho muita piada a esta Imprensa falada e escrita, quando me vêm falar do Brasil e de Angola, porque, aqui, tendo em atenção o nosso tamanho e População, é muito pior.

Ninguém leva isto é sério.

Quem não tiver Dinheiro, é agredido por tudo e por todos.
Laranjeiro, 16-03-2018