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O advogado Duarte Lima, ex-deputado e dirigente do Partido Social Democrata, foi absolvido pelo Tribunal Criminal de Lisboa, do crime de abuso de confiança, depois de o Ministério Público o ter acusado de se ter apropriado indevidamente de cinco milhões de euros pertencentes a uma sua cliente, Rosalina Ribeira, assassinada no Brasil a 7 de Dezembro de 2009 e que de acordo com a investigação levada a cabo pela polícia brasileira, os cinco milhões de euros teriam sido o móbil que levou Duarte Lima a matar a tiro Rosalina Ribeiro.
Confesso que segui com grande interesse toda a história que rodeou a morte de Rosalina Ribeiro e o provável envolvimento do advogado português Duarte Lima e da informação a que tive acesso resultante da investigação da polícia brasileira, fiquei convencido de que o ex-deputado do PSD foi o autor do crime de Saquarema, precisamente para se apropriar dos cinco milhões de euros que a falecida lhe tinha confiado.
Com esta sentença, sendo a apropriação do dinheiro o móbil do crime, o Tribunal Criminal de Lisboa, concedeu a Duarte Lima um poderoso trunfo e uma forte possibilidade de poder vir a livrar-se da acusação que sobre ele pende de ter assassinado a antiga companheira de Lúcio Tomé Feteira.
Pelos vistos, na leitura da sentença foi invocado que a prova feita em julgamento foi "insuficiente" e na base da decisão terá estado um testemunho-chave de Armando Carvalho, afilhado de Rosalina que durante a investigação terá dito que a passagem dos milhões para Lima tinham sido feitos por sugestão do advogado para "esconder o dinheiro da herança" que estava em disputa com a filha do milionário, Olímpia Feteira e que depois, em tribunal, negou que essa conversa alguma vez tenha existido.
É estranho que o Tribunal se tenha baseado no depoimento de alguém que numa primeira fase disse uma coisa e depois o seu contrário. Em tribunal estas coisas acontecem com frequência, sobretudo quando as pessoas que alteram os seus depoimentos para favorecer um dos contendores, são compradas a peso de ouro.
Sinceramente, atendendo ao percurso mafioso de Duarte Lima, envolvido numa série de processos em Tribunal, entre os quais o processo Homeland que envolve um empréstimo de 47 milhões ao BPN, nunca pago, o processo Monte Branco e outros de burla e abuso de confiança, o Tribunal foi demasiado magnânimo para com ele, ajudando-o, sabe-se lá, a safar-se de um crime horrendo que a investigação concluiu ser da sua autoria.
Oxalá que isso não aconteça e que seja feita justiça.
1 comentário:
Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa
Exmo Senhor
Autor,
Sobre esta Absolvição, também fiquei um pouco surpreendido.
Sobre este perdão, do Dr Miguel Macedo e, talvez, outros que se seguirão, nós não sabemos nem conhecemos os Processos, em pormenor.
Aqui, tudo é possível.
A única coisa que eu sei, é que existe uma grande discrepância entre estes e outros casos.
Efectivamente, pelo menos em Portugal, a justiça, como se diz, cada vez está mais cega e está a precisar, urgentemente, de usar Óculos.
Há outra hipótese: O Dr Duarte Lima pode ser um dos Advogados mais caros de Portugal e do Mundo e, cobrar, mesmo, pelos Serviços prestados, esta Quantia!
V. Excelência, tem que concordar que, ao contrário do que apregoam, o Euro não vale nada!
Temos, também, que considerar que a Justiça Brasileira, quando apanha Portugueses, em qualquer Processo, é implacável, ou seja, segue as normas Americanas.
Quero, com isto, dizer, que não é Imparcial.
Laranjeiro, 13-01-2019
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