No Outono tardio da vida
as horas pousam mais leves,
como folhas que desistiram
de lutar contra o vento.
Há um brilho quieto nos dias,
um ouro que não vem do Sol
mas das histórias que ficaram
a arder baixinho por dentro.
Já não corro o tempo -
caminho ao lado dele,
como velhos amigos
que se compreendem no silêncio.
E se o Inverno vier,
que venha devagar:
carrego comigo a memória
do calor que já fui
e do mundo que aprendi a amar.
(mcm)
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