domingo, 10 de janeiro de 2010

CASAMENTOS ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO


Mais um extraordinário cartoon do António

Foi aprovada na passada sexta-feira pela esquerda parlamentar a proposta de lei do Governo que legaliza o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas exclui, por enquanto, a adopção. E digo por enquanto, porque este Governo não ia gastar dois trunfos numa jogada que apenas exigia um. Mais tarde, quando voltar a sentir dificuldades e necessitar do apoio das forças de esquerda, então o Primeiro-Ministro utilizará o trunfo da adopção para lhes adoçar a boca, porque Sócrates já percebeu que lhe bastam uns quantos rebuçados disponíveis, em ocasiões difíceis, para contentar a esquerda.

A proposta foi aprovada com os votos favoráveis do PS, PCP, BE e PEV, tendo duas deputadas independentes, eleitas nas listas do PS (quem diria!), Maria do Rosário Carneiro e Teresa Venda, do Movimento Humanismo e Democracia, votado contra.

Por outro lado, o Parlamento chumbou os diplomas do BE e do PEV que legalizavam igualmente o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo e não excluíam a adopção. Foi igualmente chumbado o projecto do PSD que preconizava a criação da união civil registada.

Foi também chumbada a proposta de referendo sobre o casamento homossexual, contida numa petição subscrita por mais de 90 mil cidadãos porque também aqui a democracia funcionou em pleno, com os partidos de esquerda a sobreporem-se à (vontade soberana do povo?...).

Isto é que é democracia a sério! Ouvir o povo porquê e para quê?

Afinal, o que sabe o povo sobre homossexualidade e para que serviria a sua opinião, se cerca de 127 deputados, seus pseudo-representantes na Assembleia da República, podem decidir, não de acordo com a vontade da maioria do povo mas de acordo com a sua própria vontade e convicções?

E depois, o que são noventa e tal mil petições, num País que tem dez milhões de cidadãos?

Consulta ao povo? Referendos? No regime democrático português?

O número 2 do artigo 115º, pelos vistos, só existe mesmo na Constituição da República para ocupar espaço e para fazer crer aos incautos que se trata de uma Constituição democrática.

Não sei se foi essa a intenção da Assembleia Constituinte, na Sessão Plenária de 2 de Abril de 1976, quando aprovou e decretou a Constituição da República Portuguesa mas os factos são indesmentíveis: na única matéria referendada em 35 anos, sobre o aborto, o Poder Político fez tábua rasa da opinião maioritária do povo e legalizou a interrupção voluntária da gravidez, servindo-se do referendo de 2007, o qual foi preparado e talhado à medida pelo Governo, para ganhar o "sim".

Mas adiante. Está finalmente resolvido o enormíssimo problema com que Portugal e os portugueses se debatiam e a partir de agora, o País não tem mais desculpas nem entraves para ser finalmente feliz e entrar a grande velocidade na rota do progresso e do desenvolvimento!!!

Os governantes e os partidos de esquerda, comemoraram efusiva e entusiasticamente esta grande vitória da democracia portuguesa! Trocaram abraços! Brindaram! Riram e choraram de alegria!

Pudera! Portugal acabava de tornar-se o 8º (notem bem, o oitavo!) País do Mundo a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo! E tal feito é, efectivamente, uma enorme conquista!

Foi pena que Portugal não tenha acordado mais cedo, pois provavelmente teria conquistado um dos lugares do podium; mas um oitavo lugar, não deixa de ser uma honrosa classificação, se nos lembrarmos que no Mundo existem 194 ou 195 Países e, por conseguinte, pelo menos, uns 186 ou 187 estão atrás de nós e vão concerteza deixar-nos muito tempo nessa oitava e última posição porque não estão interessados em fazer parte desse pequeno grupo de Países vanguardistas!

Por favor, daqui para a frente, o Governo e as oposições vitoriosas, inebriadas com tal sucesso, parem de falar em recessão, no endividamento do Estado e das famílias, na falência da Segurança Social, na falência de milhares de empresas, no maior número de desempregados de que há memória, na falência dos bancos, nas calamidades provocadas pela natureza, na fome e na miséria porque agora, extirpado que foi esse cancro maligno que minava e impedia Portugal de se afirmar no Mundo, graças ao esforço gigantesco que foi levado a cabo pela maioria dos deputados de esquerda, na Assembleia da República, para legalizarem os casamentos homossexuais, não há mais razão para continuar com essa mórbida lenga-lenga.

Doravante estão criadas as condições para que todos os portugueses alcancem, finalmente, a tão prometida felicidade! Demorou 35 anos mas como diz o povo e com razão, "vale mais tarde do que nunca"!

Para mim, tudo continua como dantes, a minha opinião não mudou relativamente aos homossexuais e de uma forma geral, sobre as pessoas adultas: todo aquele que é maior de idade, pode fazer da sua vida aquilo que lhe der na real gana e usar o seu corpo como bem quiser e entender.

Aceito que o Estado conceda a essas pessoas direitos que lhes permitam usufruir das regalias sociais em igualdade de circunstâncias com os demais cidadãos mas de forma nenhuma concordo que seja através de um contrato denominado "casamento" porque este serve para definir a união entre pessoas de sexos diferentes que, na grande maioria dos casos, tem como finalidade constituir família, preservando a espécie, através da procriação.
E, finalmente, tal como tem acontecido ao longo da minha existência, vou continuar a não contar no meu grupo de amigos, com pessoas homossexuais porque simplesmente não suporto ver um homem com tiques e comportamentos de mulher. Para mim, uma rosa será sempre uma rosa e um cravo será sempre um cravo.

Talvez um dia quando a humanidade acordar e os Governos das Nações mais poderosas do Mundo investirem na ciência uma parte dos recursos que gastam na indústria da guerra, muitos dos comportamentos desviantes de alguns homens e mulheres possam ter solução e ser felizes, desempenhando a cem por cento a sua actividade humana, de acordo e em sintonia com o sexo de nascimento.

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