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Qualquer português medianamente inteligente e que siga com alguma regularidade as principais incidências da política, já chegou à conclusão que é quase impossível processar um governante ou um político e caso isso aconteça, a absolvição, é normalmente a sentença que lhe é decretada.
São conhecidos os inúmeros processos judiciais que envolveram figuras públicas, em crimes económicos gravíssimos que acabaram por não resultar em nada.
Actualmente está a decorrer o julgamento do famoso processo "FACE OCULTA", em cujo centro está o sucateiro Manuel Godinho e a única pessoa que até ao momento esteve em prisão preventiva.
A abundante informação veiculada pelos órgãos de comunicação social sobre o processo, diz que o sucateiro para conseguir ganhar a maioria dos contratos de sucata das grandes empresas públicas, atribuía presentes caríssimos a governantes, políticos, administradores, chefes de finanças e, em regra geral, a todas as pessoas que, de alguma forma, pudessem ter alguma influência na adjudicação dos contratos.
À medida que os nomes de alguns dos implicados nesse gigantesco esquema de corrupção foram sendo noticiados, assistimos a declarações públicas de negação vigorosa dos factos e alguns até tiveram direito a entrevistas exclusivas em horários nobres da RTP e das suas congéneres.
Porém, desmentir o que é indesmentível, é sempre uma tarefa árdua e muito difícil. Nestas coisas, de tentar tapar o sol com a peneira, há sempre situações que acabam por trair os figurões e dar aso a grotescas e ridículas contradições, como já aconteceu relativamente a alguns dos implicados. São aqueles casos em que o provérbio "gato escondido com o rabo de fora" assenta que nem uma luva.
Os factos relatados, resultantes da investigação levada a cabo, são verdadeiros, aconteceram, foram praticados. O Estado foi efectivamente lesado em muitas dezenas de milhões de contos. As pessoas que tiveram papel activo nesse brutal esquema de corrupção (talvez não tenham sido todas), foram indiciadas e constituídas arguidas no processo, estando neste momento em fase de julgamento.
O processo está na fase em que a verdade se confronta com a mentira. É o momento de o Ministério Público fazer vingar a investigação ou a defesa deitar por terra toda a prova produzida. A verdade só pode estar de um lado. Terá esse lado a força suficiente para fazer Justiça e aplicar uma sentença exemplar aos culpados?
Se nos servirmos de exemplos de processos anteriores e tendo em conta a proeminência das testemunhas abonatórias, é quase certo que a Justiça sairá mais uma vez derrotada; no entanto, como em tudo na vida, a esperança é a última coisa a morrer, pode ser que desta vez, o tiro saia pela culatra a alguns figurões.
1 comentário:
Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa
Exmo Senhor,
É, devido a estes factos que, quando eu ouço um Político, Advogado ou qualquer outro Cidadão, lá de cima, dizer que ainda confia na justiça, eu sei que qualquer desses Senhores, está, apenaas, a pronunciar aquelas palavras, bonitas, para condicionar a justiça, pois eles, no fundo, sabem que aqueles Processos, dos Ricos, não vão dar em nada, ou seja, é tudo faz de conta.
O símbolo da Justiça, pelo menos, em Portugal, não deveria ser, nunca, a Balança!!!!
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