quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

SÉCULOS SUCESSIVOS DE PEDOFILIA NO SEIO DA IGREJA

Se a perfeição e a qualidade dos membros do Clero rivalizasse com a dos monumentos que ao longo dos séculos mandou construir, a Igreja seria, sem dúvida, uma Instituição ao serviço de Deus e serviria de exemplo para todos os homens.


Ao longo dos séculos, sucederam-se os mais insólitos escândalos protagonizados pelo Clero, dando uma imagem muito negativa da Igreja. Muitos desses escândalos dizem respeito a atos pedófilos praticados pelos seus membros, em todas as hierarquias e em todo o mundo.
 
Na grande maioria das instituições religiosas direcionadas para os jovens houve e continua a haver abusos sexuais. Num passado não muito distante, os abusos eram prática comum, com conhecimento dos mais altos dignatários da Igreja que nada faziam para pôr fim a práticas tão perversas, contribuindo com o seu silêncio para encorajar essas práticas perante crianças inocentes e indefesas que nada podiam fazer para as denunciar porque ninguém lhes dava crédito e se o fizessem, ainda acabavam por ser severamente castigadas.
 
Infelizmente, essas práticas do passado, horrendas e monstruosas, chegaram até aos nossos dias e a Igreja continua a dar péssimos exemplos aos seus seguidores.

Recentemente surgiu mais um caso no Seminário Menor do Fundão, onde o vice-reitor foi detido por suspeita de abusos sexuais de menores. Na sequência do caso, o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa reafirmou desconhecer a existência de mais casos de pedofilia no seio da Igreja, dizendo até que em mais de quatro anos a desempenhar tais funções, nunca lhe chegou nenhuma queixa(!).

É sintomático: a Igreja, tal como os pedófilos, negam até à exaustão o cometimento dos seus crimes e juram e rejuram pela felicidade das pessoas que estimam e até pela alma do pai e da mãe que estão inocentes. Até hoje, nunca vi um pedófilo reconhecer e confessar a prática dos seus crimes. Com a Igreja acontece a mesma coisa: nega até não poder mais e afirma sempre desconhecer casos de pedofilia; só quando se vê confrontada com os escândalos que vêm a público é que dá a mão à palmatória.

A Igreja não aposta na prevenção, fazendo campanhas nacionais e mundiais acerca do assunto, sem tabus e chamando às coisas pelos seus próprios nomes. É necessário instruir os paroquianos para estarem atentos e identificarem os pedófilos à mínima suspeita, sem medo das represálias, tal e qual como se alertam os turistas em Lisboa e nas grandes cidades para o perigo de ficarem sem os seus pertences se não tomarem atenção à atividade dos carteiristas.

A Igreja tem que passar das palavras aos atos e apostar na prevenção, fazendo tudo quanto está ao seu alcance para erradicar do seu seio a chaga tenebrosa da pedofilia. Não pode continuar a falar apenas sobre casos  consumados que vão sendo conhecidos e a persistir, tranquila e obstinadamente, a negar despudoradamente a prática pedófila por parte dos seus membros.

Há uma convicção generalizada de que a Igreja jamais dará um passo firme e decisivo no combate à pedofilia se não acabar urgentemente com a imposição do celibato. O  celibato é uma mentira e um dos maiores equívocos da Igreja. Nas Escrituras do Antigo e do Novo Testamento em nenhum momento é referido que os representantes da Igreja na Terra não podem constituir família e é contra os desígnios de Deus relativamente ao conceito de família e à sagrada missão que incumbiu a Adão e Eva: "crescei e multiplicai-vos".

Os padres são homens e como tal, têm as mesmas necessidades dos demais. Nesse sentido, os padres devem poder casar e constituir família pois tal medida, para além de resolver as suas necessidades sexuais, obrigaria o padre a outras responsabilidades e afazeres familiares que não lhe deixariam tanto tempo livre para arquitetar fantasias com crianças e mulheres com responsabilidades matrimoniais.

Atualmente, a Igreja está confrontada com um grave problema devido a todo esse passado vergonhoso de pecado, com a prática da homoxexualidade e da pedofilia: não tem autoridade moral para intervir em muitos dos problemas da atualidade, nomeadamente no movimento GAY que alastra e se propaga como um vírus infeccioso por todo o planeta, completamente contrário à doutrina da  Igreja e às leis da natureza, já que do casamento de duas pessoas do mesmo sexo, não pode cumprir-se a determinação de Deus: "crescei e multiplicai-vos".

A Igreja, através dos maus exemplos de parte dos seus membros, também contribuiu, e muito, para o estado de depravação a que chegou a humanidade e agora está de mãos atadas porque, neste mundo, são essencialmente os atos e não as palavras, os melhores exemplos e a forma mais convincente para converter ou mudar o comportamento das pessoas. Quando o comportamento e os exemplos da Igreja são tão maus, torna-se difícil, através da palavra, pretender convencer as pessoas a deixar de fazer aquilo que os seus membros praticam.

A Igreja tem-se preocupado, ao longo dos séculos, em construir grandes monumentos, a que despropositadamente chama "casas de Deus". Vive na sumptuosidade e na ostentação, uma prática que contraria a palavra de Deus quando diz que o homem deve viver de forma humilde e simples e repartir com aqueles que nada têm. A sumptuosidade dos seus monumentos e o nível de vida faustoso dos seus membros, são um atentado à dignidade de todos aqueles que diariamente lutam para vencer a fome e sobreviver às doenças.
 
A Igreja é muito teimosa, conservadora e lenta a produzir as mudanças necessárias e não tem acompanhado a vertiginosa evolução da ciência e da sociedade. Nesse sentido, a Igreja não é apelativa para a sociedade em geral e muito menos para os jovens, os quais, cada vez menos se interessam pela prática religiosa, não sendo difícil adivinhar o seu lento definhamento que a levará à decadência, engolida por outras religiões mais expeditas.

3 comentários:

Unknown disse...

Um tema interessante e actual.
Preocupa-me muito a pedofilia.
Perderam-se valores e criaram-se paralelamente campos de ilusões, de prazeres e de humilhação dos jovens e crianças indefesas.
A igreja é uma pequena sociedade neste emaranhado de crimes, de roubos e de prepotência. Porem existem ainda alguns sábios e justos que lutam e se esforçam pela pratica das verdades cristãs e pelo exemplo de vida limpa e digna.
Destes justos pouco se fala, mas os erros de alguns são logo anunciados aos quatro ventos.
Os padres são humanos mas muitos deixam-se ir pelas novas correntes.
O sexo cega-os.
Não defendo o celibato, nem o casamento dos padres. Cada um deveria seguir o caminho conforme o seu modo de se realizar pondo sempre em primeiro plano a entrega a Deus e à Sua Obra de evangelização. O tema é extenso.poderemos falar num outro modo facebook, messenger, gmail...

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor,

De facto, da Igreja, esperavam-se os melhores e não os piores exemplos.
As sumptuosas Catedrais, não correspondem, de maneira nenhuma, ao seu (Deles) comportamento, perante a Sociedade.
Estes Senhores, estão convencidos que estão no tempo da Inquisição, Período em que cometeram as maiores Barbaridades, de que há Memória.

Eles esquecem-se que, hoje, devido à Internet e a todo o Tipo de Plataformas de Comunicação, a Pedofilia já não pode ser escondida, durante Décadas e Décadas, como antigamente.

Realmente, estes Senhores, tal como acontece com os Senhores que comandam a CE, ainda não se actualizaram para os tempos modernos e dnâmicos, em que vivemos.

Ainda há outra coisa: Durante Séculos, valia mais, uma Mentira, de qualquer Membro do Clero, que mil Verdades de um, qualquer, Membro, do Povo. Hoje, felizmente, já não é, tão linear, assim!!
Laranjeiro, 20-12-2012

Anónimo disse...

Olá, estimado Manuel!

Acredite, que mais uma vez fiquei constrangida com as notícias vindas a público.
Mas, que coisa! Que desatino febril é este, que, de vez em quando, passa pelo cérebros de alguns homens?
Se gostam de homens, na minha opinião têm mau gosto, mas envolvem-se com homens com mais de 18 anos.

DESEJO-LHE UM FELIZ NATAL E UM EXCELENTE ANO NOVO!

Saudações da Luz.