segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O QUE FAZ CORRER O SECRETÁRIO-GERAL DA CGTP?


IMAGEM RETIRADA DO GOOGLE

O atual Secretário-Geral da CGTP-IN anda numa roda viva. Aparece em todos os locais onde haja contestação ao Governo, faz discursos inflamados e anuncia uma série de greves e manifestações que apenas contribuirão para agravar ainda mais a péssima situação económica do País e tornar ainda mais difícil o dia-a-dia dos trabalhadores.
 
O que faz correr o Secretário-Geral da CGTP? Qual é o seu verdadeiro objetivo? Salvar o País da bancarrota? Defender o salário dos trabalhadores ou o seu posto de trabalho? Criar dificuldades ao Governo ou derrubá-lo? Ou fazer a vontade ao Partido Comunista Português?
 
Decretar greves e manifestações numa conjuntura económica tão grave, não pode ser com intenção de salvar o País da bancarrota nem defender o bem-estar dos trabalhadores porque o País não tem possibilidades de atender as suas reivindicações, em muitos casos irrealistas e utópicas, sem qualquer sentido de responsabilidade.

Onde não há, não se pode tirar. O País está de tanga e estes "patriotas" sasonais, querem mesmo retirar-lhe essa pequena peça que lhe cobre o último pingo de dignidade.
 
Por outro lado, seria um absurdo pretender criar dificuldades ao governo atravês de greves e manifestações porque não são os governantes os atingidos e prejudicados com essas formas de luta mas sim os trabalhadores, precisamente os que mais carências têm.
 
Apostar na política de "terra queimada" a quem é que interessa? De facto, o incentivo às greves, ao incumprimento dos compromissos assumidos e à contestação sistemática ao Governo, é obra das forças de esquerda com o PCP na vanguarda. Então a Central Sindical CGTP defende os trabalhadores ou anda a reboque e ao sabor dos interesses do Partido Comunista Português?

Infelizmente, há muita gente que tem a ambição de ser rei a qualquer preço, mesmo sabendo que não possui um reino nem perfil ou linhagem para governar. Querem a todo o custo pisar os palcos da fama, ainda que seja para destruir e fazer triste figura, adotando e incentivando práticas políticas ruinosas, completamente contrárias aos interesses de Portugal e dos portugueses.
 
Esta é uma reflexão que deve ser feita pelos genuinos trabalhadores portugueses. São eles que têm que avaliar o papel da Central Sindical na sociedade portuguesa e concluir se ela é útil ou nefasta. É em função dessa análise que os trabalhadores devem decidir se na conjuntura que atravessamos se justifica a adesão às greves ou, se pelo contrário, é hora de todos assumirmos uma atitude responsável e contribuirmos, da melhor forma que estiver ao nosso alcance, para a recuperação económica do País.
 
Só podemos reivindicar e fazer exigências se tivermos consciência de que há possibilidade de satisfazê-las. Atualmente, em Portugal, isso não é possível, por isso mesmo, embarcar em esquemas de greves e contestações sem qualquer viabilidade de sucesso, é contribuir deliberadamente para o agravamento das condições de vida de todos os portugueses.
 
É esse o objetivo do Secretário-Geral da CGTP? E os trabalhadores vão atrás?

O líder da Central Sindical deve agir em função da realidade económica e dos verdadeiros interesses dos trabalhadores e do País e não como correia de transmissão de um partido, cujos métodos e ideias dificilmente serão concretizáveis em Portugal.
 
Na qualidade de reformado  e com 39 anos de serviço prestado ao Estado, nunca compreendi verdadeiramente o papel dos sindicatos e, por isso mesmo, nunca me sindicalizei. Nunca necessitei de interlocutores ou intermediários para resolver assuntos que me dissessem respeito e sempre fui capaz de fazer valer os meus argumentos e reivindicar honorários compatíveis com as minhas aptidões profissionais.

Por outro lado, se nunca assumi um vínculo sindical, foi porque ao observar o papel dos colegas funcionários, delegados sindicais, jamais aprovei a sua atuação. Verificava que os serviços eram muito prejudicados com a sua atividade sindicalista. Davam sucessivas faltas ao serviço ao longo do mês, a pretexto da sua atividade e os colegas tinham que fazer o seu trabalho. Acontecia até que dada a sua qualidade de sindicalista, os superiores não tinham coragem de lhes chamar à atenção, pelo que no final do ano, em vez de serem penalisados, ainda lhe atribuíam boas notações de serviço, por vezes superiores às daqueles funcionários que lhes executavam o serviço.

Era um verdadeiro regabofe e creio que as coisas ainda não mudaram.

A política gera controversas divisões e disputas desleais porque os interesses das forças políticas da oposição estão focados no insucesso de quem governa.
 
As forças políticas que "lutam" para derrubar o Governo, deviam usar todo esse esforço e energia para ajudá-lo  a cumprir o seu mandato, colaborando com lealdade e sentido patriótico.

Greves? Não, obrigado. Quem já adquiriu antecipadamente o seu bilhete de transporte, não pode ser duplamente penalisado. Quem quer ir ao médico, ao hospital ou a uma qualquer repartição pública, não pode estar dependente da vontade daqueles que têm poder reivindicativo e podem decretar greves.

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