sábado, 17 de outubro de 2015

ANTÓNIO COSTA - UM DERROTADO QUE FAZ O RIDÍCULO PAPEL DE VENCEDOR!!!

Resultado de imagem para António Costa pede confiança
Imagem retirada do Google

A GOLPADA!

Em nenhuma contenda humana é possível transformar uma derrota em vitória, nem mesmo em política. Neste aspecto, o Secretário-Geral do Partido Socialista é um génio! Um verdadeiro Santo António milagreiro!

Na verdadeira acepção da palavra, um derrotado é alguém que em confronto directo com um ou mais adversário, é vencido. Se há um derrotado, tem que haver um vencedor. Não se pode transformar um vencedor em derrotado nem um derrotado se pode transformar em vencedor. Cabe a cada um dos contendores assumir com dignidade tanto a derrota como a vitória, pois só desta forma, um e outro, serão dignos na  vitória e na derrota.

No dia 4 de Outubro a Coligação ganhou as eleições legislativas e o Partido Socialista sofreu a maior derrotado da noite eleitoral porque não conseguiu tirar qualquer proveito do facto da Coligação ter governado 4 anos com enormes dificuldades e ter sido obrigada a impor ao País e aos portugueses uma severa austeridade.

O sonho do Dr. António Costa de ganhar as eleições com maioria absoluta ou mesmo com maioria simples, para poder ter legitimidade para formar governo e chegar a primeiro ministro, foi por água abaixo e desapareceu no meio de um  imenso oceano de frustrações.

Cabia ao Dr. António Costa assumir com humildade a lição da derrota e disponibilizar-se para colaborar patrioticamente com a Coligação na formação de um acordo governativo duradoiro, pondo os interesses de Portugal e dos portugueses acima dos seus interesses pessoais ou do partido.

Inacreditavelmente, o Dr. Costa mandou a derrota às malvas e a sua condição de vencido e iniciou um processo de rondas negociais, para formação de um governo com o Partido Comunista e o Bloco de Esquerda, do qual ele seria primeiro ministro!!!

Decorridos mais de 40 anos de democracia, nunca nenhum líder político se atreveu a fazer tão grotesca reivindicação em situação idêntica. Os governos minoritários foram sempre formados pelo partido que ganhou as eleições. O que o Dr. Costa está a fazer, é uma refinada pulhice, é querer governar sem estar mandatado para tal, é um golpe de estado e uma traição à democracia.

Porque é que o Dr. Costa não anunciou a intenção de se coligar ou fazer acordos pós-eleitorais para a formação de um governo com os partidos da extrema esquerda antes das eleições? Onde está a sua legitimidade? A isto chama-se esperteza saloia, chico espertismo, oportunista sem escrúpulos, falta de carácter e sentido de Estado.

O Dr. Costa já demonstrou ser hábil em matéria de golpadas. Veja-se como chegou a Presidente da Câmara Municipal de Lisboa e a Secretário Geral do Partido Socialista.

Agora, num momento de desespero porque nunca imaginou perder as Legislativas, quer chegar ao poder a todo o custo. É o agora ou nunca, porque sabe que a Coligação se foi capaz de governar positivamente num período de tão grandes dificuldades, mais fácil lhe será agora governar, indo ao encontro das pretensões dos portugueses, aliviando a austeridade e restituindo as regalias sociais subtraídas ao longo do mandato. E, nesse sentido, ele, Costa, sabe que pode não ter qualquer hipótese nos próximos 8 anos para chegar ao poder, o que é de facto muito tempo para quem acha que as regras democráticas são para os outros respeitarem, tendo ficado mais uma vez demonstrado que o Dr. Costa não tem paciência para esperar.

Será que o Dr. Costa já pensou nas consequências? Naquilo que pode acontecer ao País e ao Partido Socialista? Pois bem, o País saiu há muito pouco tempo dos cuidados intensivos e qualquer leviandade governativa pode empurrá-lo para novo coma profundo que porá em risco a sua sobrevivência económica e social. Quanto ao Partido Socialista,  ainda se encontra em delicada convalescença, a tratar as  feridas provocadas pela louca e trágica governação socrática e pela infame traição de Costa que originou a deposição do então Secretário-Geral do Partido Socialista, António José Seguro, com o argumento de que não descolava suficientemente nas sondagens da Coligação e teve uma pequena vitória nas eleições Europeias, tendo Costa afirmado que Seguro ganhou por "poucochinho".

O Partido Socialista que já andava muito dividido acerca da governação de Sócrates, da sua prisão e da destituição de Seguro, está agora de novo confrontado com as ambições do Dr. Costa e a possibilidade de este vir a formar governo com a colaboração/participação do Partido Comunista Português e do Bloco de Esquerda, dois partidos da extrema esquerda com posições ideológicas distintas e que não encaixam num programa de governo democrático sujeito às regras impostas pela União Europeia.

Vários dirigentes socialistas já vieram a terreiro expressar a sua discordância quanto às intenções e ambições de António Costa e pelas reacções dos intervenientes, é muito provável que se venham a verificar diferenças insanáveis, capazes de provocar demissões e até abandonos.

Os portugueses estão expectantes quanto ao desfecho das exuberantes negociações protagonizadas pelo Dr. Costa com os dois partidos da extrema esquerda mas também quanto ao veredicto final do Senhor Presidente da República que deve ter em conta o resultado do escrutínio apurado nas eleições de 4 de Outubro.

No que me diz respeito, sempre detestei toda a corja de salafrários oportunistas. Na actual situação política, adorava que a ambição de poder a todo o custo do Dr. António Costa fosse travado por quem de direito.
 

1 comentário:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor
Autor,

A isto, chama-se sobrevivência Política.

A isto, chama-se fugir a um linchamento Político, com origem no interior do PS.

No entanto, o Exmo Senhor DAC, ainda não entendeu ou não quis entender, na enorme armadilha em que se meteu, ao querer formar Governo com PC e BE.

O PS, ao longo destes anos, tem estado no Poder.

Pelo contrário, o PC e o BE, nunca lhes saiu a sorte grande ou a terminação.

Os BOYS têm estado à espera e continuam à espreita.

No fundo, eles não concordam com coisa nenhuma e o PS parece não estar a entender isso.

Um Partido que, em quarenta e um anos, nunca foi a favor de nada nem aprovou nada, não é por causa dos lindos olhos do Exmo Senhor DAC que vai, agora, ser a favor de alguma coisa!

Só não consigo entender porque é que o Secretário Geral do PS, ainda não viu no logro em que se está a meter?

Além disso, goste-se ou não se goste, as Eleições foram, de facto, ganhas pelo PAF.

No meio disto tudo, o grande problema continua a existir, ou seja, se a formação do novo governo, demorar mais quinze dias, o juro da dívida começa a subir e, quem acaba por ter que pagar, é o mexilhão.

É Sempre, o ZÉ, porque, os políticos não querem perder, salvo se forem obrigados, os seus inúmeros PRIVILÉGIOS!!
Laranjeiro, 18-10-2015