quinta-feira, 22 de outubro de 2015

JOSÉ SÓCRATES - AFINAL, A QUEM PERTENCEM OS 30 MILHÔES DE QUE FALA A IMPRENSA?


Imagem retirada do Google

A grande maioria dos criminosos, tanto os que são como os que não são condenados, são mentirosos compulsivos e negam até os factos mais evidentes, pensando que aqueles que administram a justiça com rectidão e os cidadãos em geral são uns totós que não são capazes de analisar correctamente os factos e tirar as suas próprias conclusões.

Infelizmente, muitos desses criminosos mentirosos conseguiram evitar pesadas condenações, com a cumplicidade de quem administra a justiça, como por exemplo os que "escaparam"  de ser condenados no processo de pedofilia da Casa Pia. Mas, por outro lado, muitos outros, mesmo negando compulsivamente os factos, foram condenados e cumprem penas de prisão.

Há criminosos que nunca se arrependem do mal que fizeram e negam compulsivamente os seus crimes e há outros que são tocados pelo arrependimento, confessam os crimes e colaboram com as autoridades. Para os primeiros, a justiça devia ter mão muito pesada, sem qualquer tipo de  contemplações e para os segundos, alguma sensibilidade e benevolência, ajudando-os inclusive na sua regeneração.

Vem tudo isto a propósito do processo que envolve o ex-Primeiro-Ministro e Secretário-Geral do Partido Socialista, José Sócrates. O homem vive atolado em aldrabices, tantos são os casos nebulosos em que se tem envolvido e depois arma-se em inocente, querendo fazer dos cidadãos deste País autênticos totós. Ele até poderá não vir a ser condenado pela justiça mas jamais se livrará da condenação da sociedade.

Quem tem acompanhado pela imprensa escrita e falada toda a informação relativa ao processo Marquês, não ficará admirado ou surpreendido com o rol de crimes que lhe são imputados. Perante a detalhada e abundante informação, não deve haver um único cidadão português que não acredite na culpabilidade do ex-governante, até mesmo aqueles que lhe são mais próximos, embora, compreensivelmente, exteriorizem o contrário daquilo que pensam.

No que a dinheiro diz respeito, há notícias que falam numa fortuna pessoal estimada em 30 milhões de euros, cuja proveniência parece resultar de múltiplos esquemas de corrupção, assentes em favorecimentos concedidos pelo seu governo que prejudicaram gravemente o País e os portugueses.

Pelos vistos a preocupação que teve ao longo do tempo de não colocar em seu nome os milhões de euros que lhe foram oferecidos, em troca dos favores, optando por escondê-los em contas de terceiros, parece que não foi eficaz, uma vez que, segundo informação do Ministério Público já foi descoberto o rasto de uma boa parte bem como a sua proveniência.

Até ser aplicada uma sentença de condenação, todo o indivíduo se presume inocente. Independentemente do que eu possa pensar sobre o processo que envolve o ex-Primeiro-Ministro José Sócrates, é à justiça e só à justiça que cabe apurar a sua culpa ou inocência e agir em conformidade.

1 comentário:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor
Autor,

Com a brandura, para os poderosos, da nossa Justiça, é muito difícil que não surjam múltiplos casos como este, todos os dias.

De facto, em Portugal, o crime compensa.

Quer dizer, compensa para os fortes, já para os fracos, cada vez é mais eficaz.

Há dias, nos USA, um Indivíduo foi levado a Tribunal por haver cometido um Crime que não dava, sequer, para apanhar dez ou quinze Anos de prisão.

Resultado: Chegado perante o Juíz e as vítimas, começou a rir-se e a gozar as mesmas.

Conclusão: Como nos USA, não se brinca, como aqui, com a Justiça, apanhou prisão perpétua!

Com tanta benevolência, cada vez vamos ter mais casos de roubos e homicídios.

O Zé, cada vez está mais atento. Como ninguém, por conveniência, quer fazer nada, um dia destes terá que ser o Povinho a acabar com a impunidade dos poderosos.

Realmente, o País é muito pobre para tanta ladrogem, desde o vinte e cinco de Abril.
Laranjeiro, 23-10-2015