quarta-feira, 21 de outubro de 2015

LUATY BEIRÃO - UM ACTIVISTA RESISTENTE E INCONFORMADO


Imagem retirada do Google

O activista luso-angolano Luaty Beirão, actualmente preso e em greve de fome, já sentiu na pele, noutras ocasiões, o que é a repressão à liberdade de expressão, reunião e manifestação.

A greve de fome iniciada à cerca de um mês pelo activista luso-angolano Luaty Beirão, está a despertar a consciência dos angolanos e da comunidade internacional para a gravidade da situação em Angola no que diz respeito às liberdades e garantias dos cidadãos, à falta de justiça e aos atropelos constantes dos "direitos do homem".

Luaty Beirão foi preso com mais 15 companheiros, acusado de estar a preparar um golpe de estado e um atentado contra o Presidente angolano. Na sequência dessas prisões e segundo notícias da imprensa, alguns dos companheiros foram espancados e torturados, encontrando-se num grave estado de saúde. Há também 2 dos detidos que tal como Luaty, se encontram em greve de fome e com saúde em risco de vida.

O Presidente angolano e toda aquela panóplia de governantes, muitos dos quais incorporaram e alimentaram a guerrilha do MPLA contra o Exército português, com o objectivo de conquistar a independência e libertar o povo da opressão colonialista, deviam ter vergonha dos seus métodos tiranos e dos maus tratos que estão a infligir ao povo, ao qual prometeram uma vida digna, vivida em democracia, com justiça, emprego e habitação. 

Em Angola não há nada do que prometeram ao povo e constava dos ideais dos dirigentes do MPLA. Nem tão pouco liberdade de expressão. Quem tem a audácia de denunciar os crimes cometidos pelos governantes, arrisca-se a ser preso sem culpa formada e a ser, no mínimo, severamente torturado.

Num País onde a corrupção é gigantesca, o cidadão comum não pode manifestar o seu desagrado pois se o fizer é imediatamente perseguido, preso e torturado e corre o risco de nunca mais voltar a ver a luz do dia. Há relatos de cidadãos desaparecidos. O que é que aconteceu a esses cidadãos?

O actual Chefe de Estado não olha a meios para aniquilar todos quantos se oponham à sua governação. Para perpetuar no poder, o homem já deu provas de que é capaz de decapitar o seu melhor amigo.

Luaty Beirão e os 15 companheiros estão a pagar um preço alto pela sua coragem de enfrentar o regime ditatorial angolano. Que ao menos sirva para o povo acordar e de uma vez por todas se revoltar e lutar contra aqueles que verdadeiramente o maltratam.

1 comentário:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor
Autor,

De facto, para quem dizia (Partidos criados para correr com o opressor Colonialista)que os Colonos matavam, oprimiam e escravizavam os Angolanos, não consigo entender que tipo de Liberdade eles implantaram e praticam, em Angola!!??

Lá diz o ditado: "OLHA PARA O QUE EU DIGO E NÃO OLHES PARA O QUE EU FAÇO"

Infelizmente, desde a Independência, tirando as excepções governativas, o POVO Angolano sempre viveu pior e sem qualquer Liberdade de expressão ou outra, apesar de lhes haverem prometido este Mundo e o outro.

Espero que não venha a acontecer a este Activista e outros, o que aconteceu ao, na altura, amissíssimo do Exmo Senhor Dr AAN, Exmo Senhor Nito Alves!

É engraçado, como as coisas funcionam, lá e cá. Em Angola, luta-se pela Liberdade. Em Portugal, fala-se demais, muitas vezes, sem saberem o que dizem.

Em Portugal, tirando a tal Liberdade, luta-se, sem qualquer resultado, em quarenta e um Anos, pelas desigualdades! Claro que, desigualdades, sempre houve e continuará a haver, porém, em Portugal, são, por não haver vontade política, demasiadas!!!
Laranjeiro, 22-10-2015