Há quem diga que Cristiano Ronaldo não é a Selecção ou que a Selecção não é só Cristiano Ronaldo. Concordo plenamente. Uma equipa tem 11 jogadores e um só jogador, mesmo que seja o melhor do mundo, não faz uma equipa de futebol mas pode ser imprescindível, importante e decisivo no seu sucesso.
É o que se passa na Selecção Portuguesa de Futebol, uma equipa vulgaríssima sem o concurso de Cristiano Ronaldo que por mérito próprio, até é o melhor jogador do mundo. Nenhuma equipa conquista vitórias e títulos se não marcar golos e na Selecção portuguesa, na era de Cristiano Ronaldo, mais de dois terços dos golos marcados, são da sua autoria (55).
Mas para além dos golos que marca, Cristiano Ronaldo, com as suas características ímpares de goleador, de técnica soberba e rápido como um raio, impõe grande respeito ao adversário e obriga-o a ter muitas mais cautelas defensivas.
O jogo de hoje com a Inglaterra foi um bom exemplo do que acabo de escrever. Não vi ninguém em campo capaz de colocar em perigo a baliza do adversário e contam-se pelos dedos de uma mão os remates dos avançados lusos. Nestas coisas do futebol, quem não marca, o mais certo é acabar por perder e foi precisamente isso que aconteceu à Selecção portuguesa, sofrendo um golo já na parte final do jogo.
De facto a Selecção Portuguesa sem Cristiano Ronaldo é vulgaríssima. Melhora muito com a sua inclusão, se estiver em condições físicas ideais, mas podia ser bem melhor se a equipa tivesse capacidade para mandar no jogo e os jogadores fossem capazes de o servir em boas condições, capazes de fazer assistências para golo.
Infelizmente isso raramente acontece, a bola raramente chega a Ronaldo em condições para fazer golos, sendo até CR7 o jogador que mais assistências faz para golo, quase sempre desperdiçadas pelos nossos perdulários avançados.
O discurso de Fernando Santos não condiz com a prestação da equipa em campo. Eu vejo os adversários lutar até à exaustão e levar quase a melhor nas bolas divididas e nos despiques a dois, ao contrário, noto que os jogadores portugueses são brandos, não jogam com intensidade e com aquela dose certa de agressividade, necessária para "roubar" a bola e a tranquilidade ao adversário.
Portugal para ter êxito no próximo Europeu, era necessário que Cristiano Ronaldo estivesse ao seu melhor e que o resto da equipa fosse capaz de o acompanhar, jogando com intensidade e com inteligência para não prejudicar a equipa com expulsões, como aconteceu neste jogo com aquela entrada estúpida e desnecessária do defesa Bruno Alves aos 34 minutos da primeira parte.
De qualquer forma, desejo à Selecção Portuguesa de Futebol um grande brilharete no Europeu e que seja capaz de pôr os portugueses a saltar de alegria para os compensar de toda a miséria por que têm passado
1 comentário:
Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa
Exmo Senhor
Autor,
De facto, o responsável pela SN, tem razão em uma coisa: Ele tem que contar que, por qualquer motivo, o CR7 pode, eventualmente, faltar à chamada.
Agora, daí ao ponto de o Grupo estar com força de vontade, determinação e garra, à altura de fazer algo, em França, não me parece!
Se era um Jogo de preparação e eles sabem o peso que Portugal tem, infelizmente, em todos os aspectos e mais algum, porque é que os Jogadores, teimam em praticar tanto anti Jogo?
Mas eles não sabem, por acaso, que o Benfica perdeu o Mundial de 1966, porque foi, escandalosamente, roubado!
Os Ingleses e a Organização, fizeram tudo para nós não ganharmos.
No entanto, pelo que vi e ouvi, ontem, não estamos, ainda, à altura de ficar nas melhores posições, na classificação final.
Efectivamente, não basta dizerem que vão ganhar, tem que haver Organização, União, e Orgulho de pertencerem à Nação de CAMÕES!
Laranjeiro, 03-05-2016
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