Imagem retirada do Google
O desporto nacional vive à décadas mergulhado num clima de criminosa promiscuidade, onde tudo é possível e permitido, sendo que os mais prejudicados são precisamente aqueles (poucos) que vão respeitando as normas desportivas e se recusam a pactuar com ilegalidades.
Tem sido no futebol onde mais se tem prevaricado. Os dirigentes não olham a meios para se poderem beneficiar a si próprios e aos seus clubes. Praticam actos à margem dos regulamentos que envergonham o desporto e, como figuras públicas que são, transmitem exemplos miseráveis aos seus concidadãos.
A gravidade de algumas das infracções cometidas por certos dirigentes, caso fossem devidamente analisadas, daria matéria incriminatória suficiente para irradiar dirigentes e outros agentes desportivos e até para despromover os clubes a que pertencem. No entanto, neste País do faz-de-conta, em que as instâncias desportivas não têm a coragem e a independência necessárias para cortar a direito, nada lhes acontece.
A corrupção na arbitragem, o compadrio, a promiscuidade a todos os níveis, o desrespeito pelos adversários, pelos dirigentes das instituições que regem o desporto e respectivos regulamentos, tem sido absolutamente escandaloso ao longo de décadas e não há meio de se acabar com essa triste realidade.
Em meu modesto entender, só haveria uma forma de colocar tudo nos eixos: esquecer tudo o que se passou até agora, virar a página e iniciar uma nova era, tomando as seguintes medidas:
- Afastar todos os dirigentes conotados com o passado vergonhoso do nosso desporto nacional e impedir que gente incompetente e sem a idoneidade e independência suficientes se candidate a qualquer cargo desportivo.
- Rever os regulamentos disciplinares de forma a agravar substancialmente as actuais penalizações.
- Em casos de erros grosseiros dos órgãos disciplinares na aplicação da justiça desportiva, que seja criado um órgão disciplinar independente com poderes para julgar os julgadores e aplicar-lhes penas pesadas.
- Os regulamentos disciplinares revistos devem colocar em evidencia, como palavra-chave, o RESPEITO e prever gravíssimas penalizações para os infractores. Em nenhuma circunstância, nesta nova era, se deve permitir a falta de RESPEITO.
Nesta nova era, não haveria mais lugar para condescendências, compadrios e impunidades. Todos os prevaricadores seriam exemplarmente punidos de acordo com o estipulado nos regulamentos, sem olhar ao nome, cargo, estatuto social, económico ou político.
Com estas medidas, a jagunçada que campeia no nosso desporto nacional e que o cobriu de vergonha, repetidamente, ano após ano, seria rapidamente filtrada e excluída, deixando os seus lugares livres e à disposição daqueles que amam e querem o melhor para o desporto e que nunca se reviram nos métodos mafiosos e antidesportivos que estiveram em vigor nas últimas décadas.
Sonhar ainda não é proibido. Mas do sonho à realidade, na maior parte dos casos, vão anos-luz de distância e, por isso mesmo, isto que acabei de escrever não passa de uma mera utopia, um daqueles devaneios que de vez em quando assaltam o espírito do autor deste blogue.
1 comentário:
Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa
Exmo Senhor,
Assim é, efectivamente.
Enquanto a justiça, pelo menos a Desportiva, não for igual para todos, este Carnaval não tem fim
Toda a gente sabe e eu já o ouvi e vi, na Televisão, que o FCP e o SCP, querem ganhar o CNF pois já há muito tempo que não ganham e, como sabem que a justiça, qualquer uma, não funciona, inventam tudo isto para que o SLB não continue a ganhar.
O mais engraçado, sem graça nenhuma, é o facto de esta impunidade, até agora, ter dado os resultados que eles querem.
Quer queiramos quer não, mesmo a nível do desempenho Desportivo, isto tem influência.
Agora, como a minha inteligência não abrange um certo número de coisas, não consigo entender porque é que, pelo menos a justiça Desportiva, não faz um stop, o mais breve possível, a esta pouca vergonha!!
Mais, isto não é grave e vergonhoso, só a nível interno mas, também, a nível internacional.
Eu estou convencido que, se não fossem estas, propositadas, artimanhas dos nossos inimigos, a motivação do Glorioso, lá fora, tinha sido muito melhor.
Deveria haver justiça e exigir pesadas indemnizações, aos nossos detractores.
Para mim, quem cala consente, logo, os Governos, todos, têm muita culpa de tudo o que se está a passar.
Laranjeiro, 12-11-2017
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