domingo, 11 de fevereiro de 2018

CARDEAL PATRIARCA DE LISBOA, D. MANUEL CLEMENTE, ADVOGA ABSTINÊNCIA SEXUAL PARA OS RECASADOS!!!

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Oh Senhor D. Manuel Clemente, Eminentíssimo Cardeal Patriarca de Lisboa, a orientação que transmitiu na última quinta-feira à Igreja,  acerca dos divorciados que voltam a casar, recomendando que vivam em abstinência sexual, é uma posição retrógrada e ridícula que vai contra as leis da natureza e até contra as orientações do Papa Francisco.

A Igreja necessita de renovação por forma a acompanhar todas as grandes transformações que quase diariamente observamos em todo o mundo. Esta posição do Senhor Patriarca de Lisboa nada tem a ver com a abertura e tolerância que o Papa Francisco tem procurado instituir na Igreja Católica ao longo do seu pontificado. 

Senhor Cardeal Patriarca, o instinto sexual é próprio da espécie humana, nasce com ela e, para além disso, é igualmente comum a todos os seres vivos. Vossa Eminência desconhece que o sexo é uma necessidade fisiológica e que a sua falta pode provocar instabilidade, infelicidade, frustração e até depressão no ser humano? Será que o Cardeal Patriarca de Lisboa acha possível que um casal normal possa viver em abstinência sexual? Bem, se pensa tal coisa, não precisava de tanta cultura e, nesse caso, foi um desperdício todo o tempo que dedicou aos estudos.

Se no entender do responsável máximo da Igreja Católica Portuguesa é tão fácil fazer abstinência sexual, como explica que os seus membros, os quais fazem votos de celibato vitalício, sejam constantemente apanhados em casos de envolvimento sexual com as mulheres da paróquia, sejam elas novas ou velhas, casadas, solteiras ou divorciadas? E a pedofilia no seio da Igreja, D. Manuel Clemente? Como é possível que os homens da Igreja, os discípulos de Cristo que abraçaram livremente o sacerdócio se envolvam com crianças em práticas sexuais? Isso sim, é condenável e intolerável! A esses membros da Igreja é que V. Eminência deveria dirigir-se e arranjar forma de impedi-los de praticar tão criminosos pecados.

Se a Igreja não consegue ter mão nos seus membros e travar os imensos escândalos que todos os dias são cometidos, é absolutamente desajustada e ridícula a intervenção do Cardeal Patriarca de Lisboa ao pretender que os casais recasados façam abstinência sexual.

Senhor Cardeal, a felicidade conjugal depende em boa parte de uma boa prática sexual. A Igreja, ao advogar uma medida tão drástica de abstinência sexual, está a impedir que os casais sejam felizes.

Ao longo dos séculos, a Igreja já fez muito mal às pessoas. Era tempo de acabar com a hipocrisia,  de arrepiar caminho e trabalhar efectivamente para o bem-estar da humanidade. Porém, inacreditavelmente, a Igreja continua a utilizar práticas incompreensíveis que cada vez mais afastam as pessoas desta religião. A Igreja não pode contrariar as leis da natureza e pretender impedir aquilo que é absolutamente normal e quase impossível de contrariar. Os insectos, os répteis, as aves, os peixes e os grandes mamíferos aquáticos e terrestres, dependem das ordens de alguém para praticar sexo?  Eles simplesmente seguem o seu instinto sexual de reprodução e simultaneamente de prazer, tal como acontece com o ser humano.

A prática sexual não é preciso ser ensinada aos humanos, tal como às outras espécies de seres vivos. É o instinto que nasce com eles que se manifesta quando chega o momento adequado. Se forem colocadas duas crianças de sexo oposto numa ilha, longe da civilização, essas duas crianças, sem ninguém lhes ensinar, quando chegar a adolescência e a puberdade, vão ser vítimas desse instinto e sentir a atracção e o desejo sexual.

Senhor Cardeal Patriarca de Lisboa, a acção da Igreja devia ser exercida na ajuda aos mais desfavorecidos, àqueles que não têm família, não têm casa, não têm emprego, que são deficientes e, por essa ordem de ideias, também àqueles que não foram felizes num primeiro casamento. A Igreja, em vez de os escorraçar, devia ajudá-los a refazer a sua vida conjugal e familiar, sem os criticar nem interferir na sua vida sexual.

Lamentavelmente, a Igreja, continua a cometer enormes equívocos e a desacreditar-se cada vez mais. Os sacerdotes não se podem casar, fazem votos de celibato e depois não os cumprem; fazem votos de pobreza mas são a classe social que vive mais desafogadamente. Nada lhes falta e, nesse sentido, são um péssimo mau exemplo para a sociedade.

O Senhor Cardeal devia deter-se nos graves pecados da Igreja e trabalhar exaustivamente para os eliminar  e abster-se de interferir e dificultar a felicidade dos casais recasados.

1 comentário:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor
Autor,

Parece que sua Eminência o CPL, tem tido pouco protagonismo e quer mais e muito mais, neste caso, pela negativa!

De facto, ao proferir este absurdo, não devia estar muito bom, no que à sua Saúde. diz respeito.

Isto é, mesmo, vontade de falar sem medir as consequências.

Tem tanto que fazer para reparar os erros que a Igreja tem cometido e continua a cometer e vai-se imiscuir onde não deve.

Além de ir contra as directivas do Papa Francisco, sobretudo no Século XXI, é inconcebível, uma tão alta Figura da Igreja Portuguesa, ter esta atitude.

A Igreja, em vez de ajudar, de todas as formas, os mais desfavorecidos, continua, isso sim, a provocar-lhe problemas.

Um destes dias, vamos ouvir o Assessor de Imprensa, dizer que não era nada disto mas sim, outra coisa qualquer, que o Patriarca de Lisboa difundiu.
Laranjeiro, 15-02-2018