sábado, 10 de fevereiro de 2018

FOI A CORRUPÇÃO QUE LEVOU PORTUGAL À BANCARROTA

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Hoje, os portugueses, graças à maior eficácia do Ministério Público, têm uma noção mais exacta do elevadíssimo grau de corrupção que se instalou no País durante décadas e que gozou de vergonhosa impunidade, sobretudo ao nível do Estado, que delapidou o erário público e provocou a falência das finanças públicas.

Foi um tempo miserável, em que os governantes praticaram uma infinidade de actos corruptos que prejudicaram gravemente o Estado e os portugueses para deles tirarem benefícios em proveito próprio.

Lembro-me de obras megalómanas dispensáveis, sem qualquer sentido de oportunidade, levadas a cabo para favorecer certas empresas e determinadas clientelas políticas, em troca de somas milionárias que depois eram distribuídas pelos governantes que intervieram e fizeram aprovar os respectivos projectos. Lembro-me das nomeações feitas à medida, a colocação das pessoas certas nos lugares certos para que os esquemas mafiosos e fraudulentos pudessem ter sucesso. 

Na verdade, os despudorados governantes, para além de forjarem e aprovarem os tais projectos destinados a beneficiar terceiros com o objectivo de receberem chorudas recompensas, também arranjavam depois forma de os financiarem, ao colocarem nas administrações dos Bancos pessoas corruptas da sua confiança. Tal actuação financiadora, sem critério e sem salvaguarda dos interesses da Instituição, intencionalmente levada a cabo, lesou a Banca em muitas dezenas de milhar de milhões de euros ao avalizar e financiar projectos sem qualquer fiabilidade e, consequentemente, sem qualquer viabilidade de algum dia poderem sem restituídos. Veja-se o que se passou na Caixa Geral de Depósitos, Banco Comercial Português, agora denominado Millennium BCP, Banco Espírito Santo, Banif, Banco Privado Português e Banco Privado Nacional, entre outros: Uns faliram e causaram danos irreparáveis aos seus clientes e outros, embora causando também grandes prejuízos aos seus clientes, foram salvos da ruína pelo Estado que injectou neles somas astronómicas de  milhares de milhões de euros.

Foi o tempo do forrobodó, do regabofe, do dinheiro fácil e da vergonhosa impunidade que levou ao empobrecimento do País e dos portugueses, sendo que estes, ao contrário dos corruptos que continuaram a banquetear-se com vidas de luxo, foram depois obrigados a pagar, com grandes sacrifícios e inenarráveis privações, a monstruosa factura que os governantes corruptos e toda a imensa clientela cúmplice que se alimentava à sua volta, criminosamente geraram.

A corrupção passeou impunemente por todos os organismos do Estado, durante décadas, em maior ou menor escala, consumindo uma gorda fatia do Orçamento de Estado, o qual acabava, ano após ano, por não poder dar resposta aos verdadeiros e urgentes problemas do País.  O principal objectivo dos governantes não era governar criteriosa e responsavelmente o País mas sim arranjar complicados esquemas de corrupção para se governarem eles próprios e de difícil acesso à justiça.

Portugal teve tudo para ser um grande País com a entrada na CEE. As verbas que foram disponibilizadas para fazer grandes reformas e modernizar o País, grande parte delas foram consumidas pela  corrupção em que estiveram envolvidos os sucessivos governos. Inacreditavelmente, essa corja de governantes foi capaz de esbanjar uma tão grande oportunidade de fazer de Portugal uma Nação próspera e feliz e, pior do que isso, arrastar o País e os portugueses para a miserável situação de bancarrota.

Sem corrupção, os portugueses podiam viver em melhores condições e acompanhar o nível de vida dos países mais evoluídos e com mais regalias da Europa.

Que a justiça seja capaz de julgar e condenar todos esses miseráveis corruptos.


1 comentário:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor
Autor,

Realmente, nunca me passou pela cabeça que, num País tão pequeno, pudessem existir tantos Banqueiros, bem como todos os que lhes estiveram associados, Corruptos e Ladrões!

Em tempos, disse que o desfalque atingia trinta Biliões de Euros.

Por uma razão muito simples, acho que é mais.

A razão é esta: Ao contrário do que o actual Governo, disse e continua, até à exaustão, a dizer, eu, sem poder, continuo a pagar, mais do que com os anteriores Governos, para aquilo que não roubei mas que os outros roubaram.

Pela minha parte, tudo isto não passa de uma ilusão.

Enquanto a Justiça for só para quem tem Milhões e abranger altas figuras, não estou a ver que haja qualquer condenação.

A nossa justiça está feita à medida dos abastados.

É muito lenta e muito branda (Só para os Ricos) para os Pobres, é cara rápida e muitíssimo eficaz.

Quero, com isto, dizer, que não vai dar em nada.

Eu, embora com esta idade, o que queria, de facto, era que tudo isto acabasse e olhassem mais para a maneira miserável como vivem, pelo menos 2.500.000 Pessoas.

Acho que o Governo e o Senhor Presidente da República, para verem no triste estado em que as Instituições puseram e continuam a por este País, deveriam ver, às dezanove e quinze horas de Segunda a Sexta, o Programa "LINHA ABERTA", na SIC, do Exmo Senhor Dr Hernâni Carvalho.

Se tiverem alguma sensibilidade, vão ficar estupefactos.
Laranjeiro, 11-02-2018