sexta-feira, 30 de agosto de 2019

BEBÉ MATILDE

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Imagem retirada do Google

Os pais da Bebé Matilde de apenas quatro meses, que nasceu com uma doença grave, designada de Atrofia Muscular Espinhal (AME), para salvar a filha, precisavam de adquirir o ZOLGENSMA, o medicamento mais caro do mundo. Como não tinham condições económicas para o comprar, recorreram às redes sociais e pediram ajuda. 

Tal iniciativa, sensibilizou os portugueses que mais uma vez demonstraram uma grande generosidade, tendo a conta aberta na Caixa Geral de Depósitos, em nome da bebé Matilde, alcançado em pouco tempo, um montante aproximado de 2,5 milhões de euros, mais do que suficiente para adquirir o tal medicamento que custaria cerca de 2 milhões de euros.

Porém, o tal medicamento milagroso, acabou por ser comparticipado a 100 por cento pelo Estado e já foi administrado à bebé Matilde no dia 27 de Agosto, a qual, segundo as notícias da imprensa, reagiu bem ao tratamento.

Ainda segundo notícias da imprensa, os pais da Matilde já retiraram da conta solidária cerca de 60 mil euros, que segundo informação dos próprios, serviram para ajudar cerca de uma dezena de famílias com problemas idênticos e para pagar 4.000 euros por um ano de sessões de fisioterapia para a Matilde, três vezes por semana.

Chegados a este ponto, a minha questão é esta: os pais da bebé Matilde pediram ajuda aos portugueses para comprar um medicamento que acabou financiado pelo Estado. Nesse sentido, o objectivo inicial ficou sem efeito e, em minha modestíssima opinião, o dinheiro angariado e depositado na tal conta solidária aberta na CGD em nome da bebé Matilde, deveria ser imediatamente entregue a sua administração à Segurança Social do Estado, visto que os portugueses que colaboraram no peditório, não estarão interessados em reaver esse dinheiro.

Os pais da bebé Matilde, nas actuais circunstâncias, deixaram de ter razão ou pretexto para utilizar aquele dinheiro e deviam ter sido os primeiros a tomar a iniciativa de endossar a titularidade da conta à Segurança Social ou a qualquer outra Instituição de carácter social do Estado.

Espero que este caso não venha a descambar para mais um conto do vigairo pois se isso acontecesse, seria mais um rude golpe para todos aqueles portugueses que, generosamente, estão sempre dispostos a ajudar quem precisa. E, mais, se isso acontecesse, a culpa seria inteiramente deste Governo por não ter agido logo que disponibilizou gratuitamente o medicamento.

1 comentário:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor
Autor,

De facto, neste Jardim de Terraço, há coisas que, cada vez mais, os Portugueses não entendem!

Uns não agem em tempo real, os outros, sabendo disto, apoderaram-se do que já não lhes pertencia.

Tarde é o que nunca vem. Há-de vir um dia que os Portugueses vão acordar e não dão qualquer ajuda, sob que pretexto for.

Eu pergunto? da maneira que tudo isto está a funcionar, quem é que não faz ou fazia isto?

Eles sabem que até podem escolher a vigarice que lhes der mais jeito e conforto.

Que Deus nos acuda!
Laranjeiro, 30-08-2019