segunda-feira, 7 de março de 2011

MANIFESTAÇÂO ABORTADA EM LUANDA


Os angolanos que não se revêem na política de governação do Presidente José Eduardo dos Santos e que se preparavam para se manifestar hoje, dia 7 de Março de 2011, na Praça da Independência, depois do clima hostil de intimidação e ameaças das autoridades governamentais, dizendo que não tolerariam qualquer tipo de manifestação anti-givernamental, acabaram por não realizar o protesto.

Mesmo assim, as autoridades policiais angolanas exerceram forte vigilância na cidade e chegaram a prender alguns jornalistas e populares, sem culpa formada que depois acabaram por libertar.

Não era difícil adivinhar o desfecho da anunciada manifestação, depois da manifestação de sábado, a favor do Presidente e do clima de terror que foi instalado contra os opositores.

Eu disse isso mesmo na mensagem que escrevi no dia 5 de Março com o título "O QUE VAI ACONTECER NO DIA 7 EM LUANDA?"

O Governo de Luanda ficou satisfeito com o resultado da manifestação de sábado e com o abortado protesto da oposição. Desta vez, as autoridades angolanas, através de ameaças, conseguiram evitar os protestos mas o fermento lá está a levedar e quando menos esperarem, os descontentes, que são muitos mais do que os governantes pensam, sairão à rua, com repressão ou sem repressão, para dizerem o que pensam do Presidente Eduardo dos Santos e o Povo angolano tem muitas coisas más para lhe transmitir. Muita gente que integrou a manifestação a seu favor, fê-lo apenas para garantir a sua segurança mas está contra a sua política governativa.

Se ao menos este protesto abortado servisse para fazer reflectir as autoridades angolanas e inflectir a sua política governativa, então o movimento que lhe deu origem, já teria valida a pena.

2 comentários:

Unknown disse...

Sinais de uma actualidade em movimento.
Ontem lá e noutros pontos do globo.
Amanhã ou mesmo logo aqui...
Quem se agarra ao poder nunca terá olhos capazes de ver, sentir ou vontade de mudar as coisas que devem ser rectificadas para melhor.

Manuel Carmo Meirelles disse...

De facto, quem exerce o poder com o objectivo de servir a causa pública, como dever cívico e patriótico, sem quaisquer outras intenções..., em qualquer momento está pronto para transmitir o poder.
Quem se agarra ao poder e o administra como se de uma empresa sua se tratasse, ao longo de décadas, roubando descaradamente o erário público, em benefício próprio e dos familiares e amigos, esses por nada deste Mundo estão dispostos a largar o poder e só pela força, o povo conseguirá corrê-los.