sexta-feira, 11 de março de 2011

UMA HISTÓRIA QUE MERECE REFLEXÃO



RUI PEDRO Teixeira Mendonça (RP), um jovem de 11 anos, desapareceu sem deixar rasto, na tarde do dia 4 de Março de 1998, pelas 14 horas, em Lousada, precisamente há 13 anos.

Li a história sobre o seu desaparecimento e acho incrível e lamentável que só 13 anos após esse fatídico dia, o Ministério Público tenha deduzido acusação e indiciado, Afonso Dias (AD), o amigo de Rui Pedro, de ser o autor do rapto. já que as informações que constam do processo, actualmente, são as mesmas que os inspectores da judiciário tinham na sua posse ao cabo de uma ou duas semana de investigação.

De facto, há qualquer coisa neste processo que não bate certo e nos parece verdadeiramente absurdo, senão vejamos:
  1. O amigo de Rui Pedro, AD, o principal suspeito, desde a primeira hora do seu desaparecimento, tinha na altura 21 anos, mais 10 que a criança desaparecida.
  2. Testemunhos credíveis, para além dos feitos pelos familiares, relataram que o amigo procurava Rui Pedro frequentes vezes para brincar. Não é normal um adulto procurar uma criança de 11 anos para brincar. É no mínimo estranho este comportamento que algumas testemunhas classificaram como "obsessão pelo Rui Pedro".
  3. Pelo menos 3 testemunhas declararam que nessa tarde viram Rui Pedro abandonar a bicicleta em que seguia e entrar para um automóvel Fiat Uno, de cor preta. Uma prostituta também confirmou que o menino esteve na sua presença, naquela tarde, levado pelo tal amigo AD.
  4. Os amigos de infância de Rui Pedro, relataram aos inspectores, conversas e comportamentos do AD que são muito estranhos. Combinar encontros sem conhecimento dos familiares e convidar os meninos para irem às prostitutas, não é uma actuação digna de alguém que se intitula de amigo.
  5. No Posto da GNR da Lousada, quando o avô perguntou ao AD onde estava o neto, dizendo-lhe estar disposto a dar-lhe tudo o que quizesse pela resposta, respondeu-lhe a chorar que não sabia mas que se quizessem encontrá-lo deviam mandar fechar todas as fronteiras pois o RP já devia estar muito longe, a caminho do estrangeiro.
Perante factos tão relevantes apurados, não se compreende que durante 13 anos este processo tenha estado praticamente parado e inconclusivo. Há algo de errado na actuação dos investigadores e do Ministério Público que o cidadão comum não consegue decifrar. Neste caso, como em tantos outros, uma investigação acertada teria produzido outros resultados.

Casos como este, causam imenso sofrimento e arrasam e aniquilam qualquer família, por mais forte e corajosa que seja. Viver uma vida, dia após dia, com o pensamento no filho desaparecido, imaginando mil e uma coisas sobre o que lhe terá acontecido, é de uma violência tão grande que só o recurso a grandes doses de calmantes poderá evitar a loucura.

Uma palavra de conforto e esperança para todas as famílias que se encontram nesta dramática situação.

1 comentário:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

É assim: Se fosse o Filho do Exmo Sehor PR, do Exmo Senhor PM, Membros do Governo, Depudados e Famílias de todos eles, mandavam, de imediato, vir a Equipa do C.S.I. , e, o Caso resolvia-se nas tais 24 Horas. Como a Família em questão, pelos vistos, tem pouco Peso Económico e Político, o caso, em vez de demorar 24 Horas, a ser resolvido, vai demorar 24 Anos!
Estou certo ou estou errado?