quinta-feira, 9 de junho de 2011

OH IRONIA DAS IRONIAS!!! PASSADOS 7 ANOS, A MESMA SOLUÇÃO!!!

Oh ironia das ironias!!! Quem com ferros mata, com ferros morre!
Ainda se lembram como José Sócrates chegou a primeiro-ministro?

Tudo começou quando o então primeiro-ministro Durão Barroso decidiu candidatar-se e aceitar o lugar de Presidente da União Europeia.

Na altura, era Presidente da República, Jorge sampaio e era secretário-geral do PS, Ferro Rodrigues.

O PR, depois de algumas hesitadas ponderações, decidiu encarregar o PSD, na pessoa de Pedro Santana Lopes, sucessor de Durão Barroso, para formar um novo governo. Esta decisão não agradou ao secretário geral do PS que advogava a dissolução do parlamento e a convocação de eleições antecipadas e, por esse motivo, demitiu-se do cargo de secretário-geral, abandonando também o Conselho de Estado, de que era membro.

Ferro Rodrigues não escondeu a sua decepção quanto à solução encontrada pelo PR e assumiu-a como uma derrota pessoal e política.

Entretanto, Pedro Santana Lopes tomava posse como primeiro-ministro e passados alguns dias, o PR começou a embirrar com o homem e a apelidá-lo de "trapalhadas", levando atrás de si, na contestação, Portugal inteiro.

No entanto, no imediato, o PR estava amarrado de pés e mãos, já que o processo para a eleição de um novo secretário-geral do PS estava atrasado e só viria a concretizar-se em 25.09.2004.

Agora que Sócrates tinha sido eleito com 78,6% dos votos, vencendo na corrida Manuel Alegre e João Soares, o PR teria que lhe dar algum tempo para se impôr e colocar o partido em ordem e só depois derrubar o mal-amado primeiro-ministro.

Assim aconteceu, cerca de dois meses depois, no dia 31.11.2004, segundo o Presidente, "no seguimento da crise governamental suscitada pela demissão do ministro da juventude, desporto e reabilitação!!!", Sampaio anunciou ao País a dissolução da AR e a convocação de eleições legislativas antecipadas.

De facto, este normal episódio, comparado com os imensos casos em que Sócrates se envolveu, não teria qualquer significado ou importância, se Sampaio tivesse agido com isenção e não tivesse tomado a decisão de ajudar o PS a conquistar de novo o poder.

O que se passou foi leviano e caricato e incompreensível para a maioria dos cidadãos, já que havia uma maioria estável no Parlamento e o Governo estava a trabalhar de forma empenhada e aceitável na resolução dos problemas do País.

Entretanto decorria uma campanha promocional impressionante no País, ao nível da comunicação social, para colocar Sócrates num pedestal, ao mesmo tempo que apoucava, achincalhava e desacreditava, o PSD e o seu líder.

É neste ambiente de desavergonhado favorecimento do PS e de Sócrates que se realizam as eleições e até mesmo as sondagens não se pouparam a esforços para ajudar o secretário-geral socialista a alcançar a maioria, esquecendo-se que uns meses antes, Guterres tinha fugido do pântano, na sequência de uma pesada derrota autárquica, ignorando por completo o dever de informar com isenção.

Depois, a história protagonizada pelo primeiro-ministro mais incompetente e mentiroso da história da democracia que arrastou Portugal para a bancarrota, já todos conhecem. Há, no entanto, um pormenor interessante que não podia deixar de salientar: Sócrates chegou a primeiro-ministro através de um golpe de mestre absolutamente desnecessário do Presidente da República, já que havia um governo estável, formado pelo PSD e pelo CDS, apoiado maioritariamente na Assembleia da República.

Depois de sete anos de (des)governação, eis que Sócrates e o PS são corridos do governo, não propriamente nas mesmas circunstâncias de Santana Lopes e do PSD, mas por razões muitíssimo mais graves, também através da dissolução da Assembleia da República e da convocação de eleições legislativas antecipadas, das quais saiu vergado a uma pesada derrota e na sequência da qual apresentou a sua demissão de secretário-geral.

E agora reparem: a solução governativa que Sampaio, por motivos que a razão não entende, ignorou, está aí novamente, por imposição do voto do povo nas urnas. O PSD e o CDS foram novamente escolhidos pelo povo para governar Portugal, à semelhança do que aconteçeu quando Guterres e o PS fugiram do pântano, após terem sofrido uma estrondosa derrota nas autárquicas de 17 de Dezembro de 2001.

Passados sete anos de descalabro socialista, a mesma solução para Portugal. Quantos prejuízos teriam sido poupados a Portugal e aos portugueses se Sampaio tem agido com responsabilidade e isenção?

Uma coisa é hoje plenamente reconhecida pela generalidade dos cidadãos: Santana Lopes teria sido uma melhor solução governativa para Portugal e Sampaio fica na história como o cangalheiro do XVI governo constitucional, um governo de maioria parlamentar, sendo por isso mesmo, o principal responsável pela delapidação da economia e das finanças públicas durante o reinado do camarada Sócrates.

Pena que seja sempre o povo a pagar os desmandos criminosos de políticos mentirosos e incompetentes que gozam de total impunidade.

1 comentário:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor deste Blogue
Lisboa

Exmo Senhor,

De facto, toda a vida ouvi dizer que, "cá se fazem, cá se pagam"

Só é de lamentar que, desde o tempo do Exmo Senhor Dr Mário Soares, até agora, aquilo que eles, tanto odeiam, os chamados Governos de Direita, tenham que vir reparar os Buracos Financeiros,que os Lúcidos e Honestos Governos da chamada Esquerda, fizeram.

Mais grave, ainda, é o Zé Pagante ser, obrigatóriamente, chamado para apagar estes Incêndios sem, no entanto, ganhar nada com isso.

O Zé Pagante, devido a estes Desgovernos, anda, há Anos, a perder poder de compra.

Depois, nunca há responsáveis. Só um Indivíduo que rouba um Pão, para comer, é que é LADRÃO!!!!