sábado, 22 de outubro de 2011

DE COSTAS VOLTADAS?




Imagem retirada do Google


O País está em grandes dificuldades para honrar os seus compromissos e os portugueses estão a ser convocados para fazer sacrifícios e suportar uma grande parte dessa factura. Para que os sacrifícios não sejam em vão, é necessário uma grande união de esforços entre todas as forças vivas do País e que o Presidente da República e o Primeiro-Ministro falem a uma só voz.

Nesse sentido, não gostei de ouvir o Senhor Presidente da República criticar uma das medidas tomadas pelo Governo, de eliminar o subsídio de férias e de Natal aos funcionários públicos. Claro que eu também não concordo com ela porque a medida é brutal, detal forma que mesmo no cenário mais negro da crise, jamais imaginaria que uma coisa destas pudesse ser possível.

No entanto, para não incendiar ânimos e não contribuir para aumentar a contestação, teria sido melhor que o Comandante Supremo das Forças Armadas evitasse tal crítica e ainda por cima de modo gratuito, já que não tem poder para anular a decisão aprovada em Conselho de Ministros.
Mas as declarações do Senhor Presidente da República causam-me grande estranhesa porque semanalmente encontra-se e reune com o Primeiro-Ministro. Se nessas reuniões não lhe dá conhecimento das suas discordâncias e dos seus pontos-de-vista, então o dever de lealdade está em causa no relacionamento entre os dois.
É lamentável o que aconteceu. O Senhor Presidente da República cometeu uma grave imprudência que provavelmente a esta hora já reconheceu. Espero que um fiasco desta natureza não volte a acontecer e que a cooperação entre o Presidente da República e o Primeiro-Ministro passe a ser leal e exemplar, para bem do País.

1 comentário:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor,

Eles não estão de costas voltadas.

Isso, na actual conjuntura, era totalmente descabido.

O que o Exmo Senhor Presidende da República, disse, é uma espécie de Canto dos Lusíadas, daqueles mais complicados, ou seja, tem que se saber interpretar aquilo que foi dito.

Para mim, o Governo só peca porque não está a reduzir, segundo disse, na Campanha Eleitoral, onde deveria reduzir. Refiro-me, como é lógico, ao corte na Despesa de todo o Aparelho Estatal.

Laranjeiro, 25-10-2011