domingo, 9 de outubro de 2011

ELEIÇÕES NA MADEIRA - A MINHA PREVISÃO CONFIRMOU-SE

Imagem retirada do Google


Na mensagem de 6 de Outubro escrevi que a previsão das sondagens sobre a possibilidade de Alberto João Jardim não alcançar a maioria absoluta, dificilmente se concretizaria. A minha afirmação baseou-se sobretudo no facto de uma grande percentagem dos madeirenses depender economicamente do Governo Regional da Madeira e, pelos vistos, essa minha leitura da situação, revelou-se completamente acertada.

De facto, estou plenamente convencido que muitos dos eleitores que votaram no líder madeirense, não gostam dele, mas para garantirem a sua estabilidade profissional ou outro qualquer tipo de situação vantajosa relativamente ao Governo Regional, deram-lhe o seu voto.

Porém, agora que a população madeirense vai sentir na pele o pacote das medidas de austeridade provocado pelos gastos desbregados do Senhor Jardim, ouso afirmar, mesmo não sendo um exespert em matéria de futurologia que o líder madeirense dificilmente levará este mandato até ao fim, mas se o fizer e caso concorra ao próximo acto eleitoral, sofrerá uma pesada derrota.

Desta feita e pela primeira vez, em 35 anos, Jardim já não conseguiu o voto da maioria dos madeirenses devido ao buraco financeiro das contas públicas. Na próxima eleição, depois de provarem o sabor amargo das medidas de austeridade, por causa da regularização da dívida, os habitantes da Pérola do Atlântico, caso Jardim concorresse, vingar-se-iam e penalizá-lo-iam severamente.

Alberto João Jardim não cairá nesse logro e talvez vá abdicar brevemente das funções que desempenha e passar o testemunho ao seu sucessor. Politicamente falando, Alberto João chegou ao fim da linha e travou o seu último grande combate. Embora tenha alcançado uma vitória, foi a mais escassa de todas as eleições disputadas e, por isso mesmo, bastante embaraçosa e uma quase derrota, não tendo por isso grandes motivos para festejar.

Alberto João Jardim teve inúmeras oportunidades para sair em alta, sobre fortes aplausos e não o fez. Por ironia do destino, agora que o seu longo reinado está a chegar ao fim, é quase certo que à sua espera está uma porta de saída muito estreita e baixa, pela qual terá muita dificuldade em sair sem amarrotar ou mesmo rasgar o fato.

É o que normalmente acontece a todas as pessoas que obsessiva ou displicentemente desperdiçam sucessivas oportunidades .

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