segunda-feira, 10 de junho de 2013

AS CONDECORAÇÕES DO 10 DE JUNHO

 
IMAGEM RETIRADA DO GOOGLE
 
Já o afirmei várias vezes e vou repeti-lo: não concordo com as condecorações feitas no dia de Portugal. Compreendo e aceito que algumas das personalidades distinguidas alcançaram o mérito e a notoriedade exigidas para serem nomeadas para tal distinção mas, por outro lado, há outras que nada fizeram para merecer essa nomeação e até, em alguns casos, em vez de condecorados, mereciam uma medalha de mau comportamento e uma recriminação pública.
 
Não existe equidade neste tipo de homenagens, se tivermos em conta que num País com 10 milhões de pessoas, haverá, com certeza, muitas outras personalidades com valor e mérito igual ou superior às distinguidas que nunca foram nem serão lembradas e, por isso mesmo, este número do espectáculo do 10 de Junho deveria acabar.
 
Seria uma desgraça se o País apenas pudesse contar com os serviços relevantes das 41 ilustres personalidades condecoradas, sabendo todos nós que algumas não mereciam mas foram escolhidas a reboque de simpatias, afinidades políticas e outras que não deveriam acontecer.
 
Embora o lote de personalidades condecoradas contenha várias figuras que não colheriam a minha aprovação, vou só citar o nome do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha do Nascimento que em minha opinião teve actuação censurável em vários processos judiciais, defendendo o indefensável e impedindo que se fizesse justiça. Os portugueses lembram-se certamente desses processos em que pateticamente defendeu Sócrates em todas as embrulhadas em que esteve atolado: Freeport, face oculta, licenciatura, etc., mas também esteve desastrado noutros processos, também na defesa de políticos, como foi o caso do processo Casa Pia.
 
Se o Juiz Conselheiro Noronha do Nascimento durante os últimos 7 anos em que exerceu tão importante cargo e em todo o tempo que serviu a justiça tivesse cumprido rigorosamente a Lei, em vez de optar por favorecimentos escandalosos, teria contribuído para que a Justiça não tivesse chegado a uma situação de ineficácia e descrédito tão grandes e o País teria beneficiado imenso do ponto de vista económico e social.
 
Por tudo isto, condecorar uma personalidade só pelo simples facto de ir deixar o cargo para se reformar e deixar tantas nódoas negras nas decisões que tomou, é uma decisão errada de quem teve responsabilidades na selecção dos candidatos e uma afronta aos portugueses. 
 

2 comentários:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor,

Estou, 100%, de acordo, com V. Excelência.

Efectivamente, há certos condecorados, que mereciam uma Medalha (De Chumbo) de mau comportamento.

Mais uma vez, os critérios adoptados, para a atribuição destas condecorações, sofrem de muita parcialidade, no que, às escolhas, diz respeito.

Os Organizadores destas Cerimónias, teriam feito muito melhor, se tivessem, do início ao fim, das mesmas, convidado Sua Excelência, a Presidente do Brasil.

De facto, os Responsáveis por esta comemoração, perderam uma grande oportunidade, pois aos nossos Irmãos, Brasileiros, também lhes pertence, um pouco, deste Evento!!!
Laranjeiro, 10-06-2013

Unknown disse...

E depois de todas estas trocas e baldrocas vai para a reforma/aposentação com um valor milionário enquanto os outros, a grande maioria, ficam na miséria...