quinta-feira, 17 de outubro de 2013

CORTES, CORTES & MAIS CORTES - OS QUE PROVOCARAM A CRISE SÃO OS MENOS PENALIZADOS!


RESIDENCIA OFICIAL DOS COVEIROS DE PORTUGAL

            Imagem retirada do Google
    Desde 2011 que os governantes não falam noutra coisa que não seja fazer cortes e mais cortes nos vencimentos, pensões de reforma e na generalidade das regalias sociais conquistadas ao longo de uma vida.
     
    O que se está a passar em Portugal para além de vergonhoso é escandalosamente injusto porque os cortes não são direccionados para aqueles que conquistaram reformas e regalias sociais de forma pouco honesta, sem qualquer merecimento e para os privilegiados do regime democrático, preferindo espoliar trabalhadores que mal ganham para comer e reformados que fizeram descontos e trabalharam durante quatro décadas. 
     
    A classe política destruiu a economia do País e sujeitou os portugueses à mais violenta provação de que há memória. A classe política anda há quase quatro décadas a brincar com a dignidade de um povo que é educado, ordeiro e trabalhador, mentindo-lhe descaradamente, enquanto tratava dos seus interesses pessoais ou de grupo, à custa das mais refinadas vigarices e vergonhosos esquemas de corrupção.
     
    Incompreensivelmente, na situação de penúria em que vive o País e quando é necessário fazer dolorosos sacrifícios para pagar a dívida pública que eles irresponsável e criminosamente contraíram, é precisamente essa classe política a mais poupada aos cortes a que têm vindo a ser sujeitos sistematicamente os portugueses.
     
    Esta é, pois, uma situação escandalosa a que urge pôr cobro, por iniciativa própria dos governantes ou então por imposição dos portugueses que não estão dispostos a carregar por muito mais tempo as consequências de uma dívida para a qual não contribuíram.
     
    Posto isto, é necessário desmascarar situações de claro favorecimento dos políticos que nunca deviam ter sido aprovadas e que a continuarem, constituem uma grave ofensa a todos quantos neste País ganham com o esforço do seu trabalho honrado o pão de cada dia.
     
    Acabe-se de vez com as imerecidas mordomias dos políticos e da generalidade das classes dirigentes do Estado, dando-lhes um tratamento igual ao de qualquer outro cidadão, porque ao longo destes quase 40 anos de democracia demonstraram uma perspicácia inaudita para a vigarice mas uma atroz incompetência para governar o País,
     
    Nesse sentido, dou algumas sugestões:
     
    1.      Extinguir todas as subvenções vitalícias dos políticos.
     
    2.     Rever as reformas fraudulentas conseguidas por quem passou fugazmente pela Assembleia da República e aí exerceu um ou dois mandatos, aplicando a mesma medida a quem atingiu os mesmos objectivos noutras Instituições do Estado. No meu caso, com 39 anos de serviço prestado ao Estado e com todos os descontos liquidados até ao último cêntimo, acabei por me reformar com 18% de penalização! Há justiça neste País? 
     
    3.      Rever todos os subsídios e alcavalas atribuídos a essa gente, que os há para todos os gostos e para todos os fins, muitos deles sem qualquer justificação.
     
    4.      Reduzir a frota automóvel ao mínimo indispensável. É uma vergonha constatar que qualquer bicho-careta ao serviço do Estado tem um carro oficial distribuído e que os mesmos são utilizados abusiva e particularmente pelas famílias, ao longo da semana e ao fim de semana. Num País que está de tanga e onde são pedidos tantos sacrifícios aos trabalhadores, essa gente tem que se deslocar nos transportes públicos ou em transporte próprio como qualquer outro cidadão.
     
    5. Reduzir drasticamente o número de representantes do povo (?) na Assembleia da República. As modernas e sofisticadas tecnologias, obrigaram à redução de pessoal em todo o lado, menos no Parlamento português.
     
    6.  Fiscalizar as dotações orçamentais da AR, dos Ministérios e de todos os organismos públicos. Verificar com rigor como é gasto o dinheiro. Têm que acabar as viagens, as farras, as almoçaradas e as jantaradas à custa do dinheiro de todos nós e não permitir despesas supérfluas nos gabinetes, em equipamentos, ornamentações e outras extravagâncias absolutamente desnecessárias.
     
    7.      Rever as subvenções dos partidos, isenções e mordomias. Estes grupos de parasitas não podem continuar a viver à custa do Estado, que o mesmo é dizer, à custa dos impostos e do sacrifício de quem trabalha. Só se lembram do povo em tempo de eleições para pedincharem o seu voto, a única coisa que lhes interessa, já que a subvenção anual que recebem do Estado é proporcional aos votos conquistados nas urnas.
     
    8.      Confiscar os bens de todos quantos enriqueceram ilicitamente ao serviço do  Estado.
     
    9.      Extinguir organizações fantoches, testas de ferro que nada fazem em prol do País e dos portugueses e só dão prejuízo ao Estado. Lembro que este governo quis acabar com os subsídios às FUNDAÇÕES e imediatamente choveram críticas e ferozes ataques de todos os quadrantes políticos, tendo ficado quase tudo como estava. Os lóbis têm muito poder em Portugal e como os sucessivos governos têm demonstrado ser muito fortes com os fracos e incrivelmente fracos com os fortes, estes levam sempre a melhor, garantindo a continuidade de tais organizações e a preservação dos tachos.
     
    10.  Acabar com o regabofe instituído na maioria das Câmaras e Juntas de Freguesia do País, onde os presidentes, especialmente os da Câmara, gozam de um estatuto privilegiadíssimo que lhes permite uma excessiva liberdade de acção, sendo fácil utilizar o património municipal em benefício próprio e dos seus protegidos e, consequentemente, acumular riqueza ilícita que até hoje nunca vi ser questionada e posta em causa pela justiça. 
     
    O País não pode continuar a suportar o saque generalizado de pessoas sem escrúpulos, à custa do empobrecimento cada vez mais acentuado dos trabalhadores e, para isso, tem que se verificar uma séria inflecção das políticas governativas.
     
    Seria bom que essa inflecção acontecesse pacificamente, por iniciativa dos governantes, antes que a população a isso os obrigue, de forma tumultuosa e violenta, porque chegará o momento, que não haja dúvidas acerca disso, em que o povo irá dizer basta e alcançar pela força aquilo que não conseguiu pacificamente.
     

1 comentário:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor,

De facto, eu gostava que os Políticos Portugueses, seguissem os exemplos dos Políticos Ingleses, Holandeses e Suecos, por exemplo.

Afinal, porque é que os Políticos, todos, lutam arduamente, para atingirem o Poder?

É lógico, racional e intuitivo, que não é, de certeza, para bem do Zé Pagante!!!!!

Mais de 95%, lutam para se governarem a eles, Familiares e Amigos.

Em portugal existem algumas dezenas de coisas que vão além do absurdo mas, a pior, é o Número de Deputados!!!!!!!

Eu gostava que alguém me explicasse porque é que , Portugal, com este tamanho, tem tantos Deputados.

E quando alguém pergunta a um Amigo, Político, porque é que não se reduz o Número destas Individualidades, ele pergunta, de imediato: E onde é que se iam meter os BOYS dos Partidos?

Só para vermos onde chegou esta pouca vergonha, li no Correio da Manhã, que um Vereador da CML, tem 34 Assessores!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Mas há mais: As Pessoas que nos têm, escandalosamente, roubado, voluntáriamente, não dão, a ninguém, nem um Cêntimo!!!

Só, recorrendo a outros meios, é que elas põem o Dinheiro onde o tiraram. Porque eu acho que o Dinheiro ainda existe.

Exmo Senhor Autor, para escrever tudo o que me vai na Alma, sobre a sua Publicação, não chegavam dez Páginas!!!!!!!!!!!
Laranjeiro, 18-10-2013