quarta-feira, 30 de outubro de 2013

O PAPA FRANCISCO QUER "UMA IGREJA POBRE PARA OS POBRES"


Imagem do Google

Desde que me conheço como homem adulto, sempre me interroguei sobre a ostentação da Igreja e dos seus membros. Se o seu Fundador espalhou e deixou uma imagem de desprendimento e um extraordinário exemplo de humildade, fraternidade, solidariedade e amor pelo próximo, com especial carinho pelos pobres, porque é que a Igreja não segue esse caminho e se dedica inteiramente a auxiliar os mais desfavorecidos? Porque não encaminha a Igreja para esse fim, os milhares de milhões que gasta na construção de catedrais sumptuosas que demoram décadas a construir e também em habitações e vidas luxuosas dos seus membros, muitíssimos dos quais não são um bom exemplo para a sociedade em geral e para o papel que a Igreja deve desempenhar no mundo, em cumprimento da vontade de Deus, expressa nos Evangelhos?
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É de facto incompreensível que seja a própria Igreja a explorar os pobres, das formas mais diversas, através do pagamento de promessas, sabe Deus com quantos sacrifícios..., pagamento da côngrua, pagamento de todos os serviços religiosos: baptizados, casamentos, funerais e missas, para além dos peditórios que são feitos em todas as celebrações eucarísticas, correspondidos de forma generosa pela maioria dos paroquianos.
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Os padres e as hierarquias da Igreja vivem na abundância. As paróquias são uma fonte inesgotável de recursos porque os paroquianos são generosos. Porém, em Portugal, são conhecidos imensos casos de esbanjamento desses recursos, em actos de natureza mundana que em princípio, não deviam envolver os membros da Igreja. Há também relatos dos mais variados escândalos protagonizados pelos representantes de Cristo na terra que  deixam o cidadão comum perplexo por não imaginar que um padre seria capaz de cometer tão monstruosos crimes.
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Pelo que tenho observado ao longo dos anos, fico com a impressão que um padre ou qualquer outra membro hierárquico da Igreja é um homem como qualquer outro cidadão, com defeitos e virtudes, capaz de cometer toda a espécie de crimes, ainda mais facilmente que o comum dos cidadãos, precisamente porque as pessoas pensam que pelo facto de ser sacerdote, é digno de confiança e tal situação facilita-lhes a tarefa quando têm intenção de vigarizar ou fazer mal alguém.
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Esta Igreja para interpretar a vontade e o apelo do Papa Francisco que quer "uma Igreja pobre para os pobres", tem muito que mudar, porque o caminho que tem trilhado até ao momento, é completamente o oposto. Os membros do clero vivem faustosamente, rodeados de todas as mordomias, situação que contradiz os ensinamentos de Jesus Cristo durante os 33 anos em que viveu entre os homens.
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Todo o mundo constata que o Papa Francisco quer uma Igreja diferente, menos faustosa, menos pecadora e mais direcionada para os que precisam da sua ajuda material e espiritual.
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O Papa Francisco tem uma visão e um caminho para a Igreja, reconhece os seus pecados  e quer tomar medidas e criar mecanismos que a tornem menos vulnerável à maldade de muitos dos seus membros.
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A tarefa não é fácil. Há lóbis poderosos dentro da Igreja que não vão aceitar pacificamente alterações que ponham em causa os seus privilégios. Esses lóbis vão tentar boicotar por todos os meios ao seu alcance o trabalho do Papa Francisco e impedir que ponha em prática as suas ideias sobre o que deve ser a Igreja.
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Como católico, só espero que Deus lhe dê a força e a coragem suficientes para levar por diante tão importante missão para a Igreja e para o mundo. 

1 comentário:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor,

De facto, Aquele que viveu, apenas, até aos trinta e tres anos, não era isto que apregoava.

Realmente, isto é mais parecido com uma Série, infinita, de PPP´s.

É um caso muito complicado, devido, também, aos interesses instalados.

Segundo consta, o Papa Bento XVI, quiz acabar com esta Igreja dos negócios, e não conseguiu, razão pela qual, Resignou.

Não chega, embora já seja bastante, o Papa ir ver os Refugiados que chegam quase todos os Dias, com destino a Itália. Era preciso, e a Igreja pode e podia fazê-lo, criar condições para estas Pessoas.

Mais, com o Dinheiro que a Igreja tem, até era possível, se houvesse, efectivamente, vontade, criar estas condições, na Origem!!!!

O Papa Francisco, vai ter tanta Oposição, pelo menos, internamente, que vai perecer antes de concretizar o seu (Dele) Sonho!!!!
Laranjeiro, 30-10-2013