terça-feira, 3 de junho de 2014

REPOR ORDENADOS E PENSÕES E NÃO AUMENTAR IMPOSTOS!!!

Imagem retirada do Google
 
Eu tinha dito no dia seguinte ao das eleições europeias que Seguro fez uma leitura completamente errada do resultado eleitoral, ao declarar que os partidos da direita e simultaneamente partidos do governo tiveram a maior derrota da sua história e que o PS teve a maior vitória de todos os partidos socialistas europeus, já que alguns averbaram até pesadas derrotas. Disse ainda que os portugueses rejeitaram inequivocamente o governo e que o Presidente da República devia tirar as necessárias ilacções, demitindo o governo e convocando eleições antecipadas.
 
Este foi um erro clamoroso de avaliação do secretário-geral do Partido Socialista perante uma abstenção recorde de quase 7 milhões de portugueses que entenderam não votar nos partidos do governo nem nos partidos da oposição. Por isso, rejeitaram também a alternativa Seguro/PS, caso contrário teriam comparecido junto das mesas de voto para colocarem a cruzinha no símbolo socialista, atribuindo-lhe a tão propalada e desejada gigantesca vitória que se cifrou apenas numa pequena vantagem, traduzida na soma de mais 1 deputado, 8/7.
 
Na euforia de tão escasso triunfo, Seguro perdeu as estribeiras e prometeu aos portugueses a reposição de ordenados e pensões sem aumentar os Impostos! Das duas uma: ou já imaginava que não chegava a primeiro-ministro ou então perdeu completamente o sentido de responsabilidade!
 
Onde é que António José Seguro iria arranjar dinheiro para pôr em prática tão irrealista promessa? Deixava de honrar os compromissos do Estado Português e não pagava aos credores? Ou continuava a endividar o País para cumprir as suas promessas?
 
Creio que na conjuntura actual, nenhuma das alternativas seria possível de pôr em prática, em primeiro lugar porque Portugal é um País cumpridor e sempre honrou os seus compromissos e em segundo lugar porque o controlo apertado das contas públicas e do deficit, pelos credores, não permitiriam o agravamento descontrolado da dívida Pública.
 
Mas a resposta ao triunfalismo de Seguro e dos seus seguidores, não se fez esperar e brotou do interior do seu próprio partido, protagonizada pelo actual Presidente da Câmara de Lisboa que está determinado em disputar-lhe a liderança e diz que se Seguro não foi capaz de alcançar uma vitória folgada em disputa com um governo desgastado  e muito fragilizado com as inúmeras medidas de austeridade que foi obrigado a tomar, dificilmente será capaz de conduzir o PS a uma vitória nas próximas legislativas, onde o governo já desfrutará de outra conjuntura económica e terá alguma folga orçamental para poder repor uma parte das regalias subtraídas aos portugueses.
 
De tudo isto, há uma ilacção a tirar: há vitórias que podem ser consideradas quase equivalentes a derrotas e não deixam muita margem de esperança para alcançar melhores resultados, como é o caso desta vitória socialista nas europeias e há derrotas que sofridas em circunstâncias muito adversas podem deixar sentimentos e motivações atenuantes e gerar nos vencidos a ideia de poder superar as dificuldades e reconquistar a confiança daqueles que nestas eleições lhes negaram o seu apoio.
 
Eu tinha dito na anterior crónica, face a uma vitória tão frágil, para Seguro pôr as barbas de molho porque a sua liderança não tardaria a ser contestada. Na verdade, essa premonição cumpriu-se rapidamente, logo no dia seguinte, quando ainda estalavam foguetes e Seguro e os seus seguidores celebravam a vitória.
 
Há erros e demagogia que se pagam caros!...
 
 
 
 

1 comentário:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor,

De facto, é muito perigoso, deitar foguetes, antes da Festa.

Efectivamente, tendo em atenção, a forma como os Governos, pós vinte e cinco de Abril, desgovernaram o País, por muito que isso custe, é difícil pôr tudo como estava antes da crise, por eles, criada.

De Promessas, estamos todos cheios.

Quem não tem não pode dar.

Poder-se-ia dar, se o Governo ou os Governos, fizessem, na prática, o que prometem nas Campanhas Eleitorais.

Nós não podemos ter este estado de coisas, sem qualquer control; refiro-me ao peso de Estado.

Porque é que nós temos mais Deputados que a Austrália, por exemplo?

Isto, conforme está, não tem salvação possível!!

Para dizer tudo o que está mal, não chegavam vinte Comentários, a este Blogue!!!

Eu não consigo entender, porque motivo, os Governos de Potugal, só sabem governar, à base de aumento de Impostos!!!???

Referindo-me, ainda, ao Exmo Senhor Dr AJS, que se cuide, não aproveitou quando podia, agora já é tarde.

É lógico, racional e intuitivo que, quem lhe vai ganhar, com uma Vitória estrondosa, vai ser o Exmo snr Dr AC!!
Laranjeiro, 04-06-2014