NO FUTEBOL COMO NA POLÍTICA, TODOS EXCELENTES NA ARTE DE ARRANJAR ALIBIS E SACUDIR A ÁGUA DO CAPOTE!!!

Os jogadores da Selecção Portuguesa, em vez de irem para casa gozar férias, deviam ser obrigados a ver todos os jogos do mundial, enfiados num qualquer parque de campismo, sem mordomias e  a cozinhar as próprias refeições, para verem as verdadeiras equipas guerreiras que deixam a pele em campo e que, embora com menos nome, levam os jogos para prolongamento e até conseguem superar as equipas mais consagradas.

 

A prestação da equipa das quinas nos três jogos que disputou neste mundial, na fase de grupos, é tão má que não encontramos outra equipa que se lhe assemelhe, mesmo outras que não fizeram quatro pontos. O grupo da Selecção nacional, ficou demonstrado que era dos mais acessíveis e que o resultado volumoso alcançado pela Alemanha, só se explica pela miséria do futebol apresentado pela equipa das quinas. Na verdade, os alemães empataram 2-2 com o Ghana e ganharam 1-0 aos Estados Unidos da América, na fase de grupos e agora venceram a Argélia nos oitavos de final por 2-1, no prolongamento, já que no tempo regulamentar não conseguiram derrotar a aguerrida equipa africana, terminando empatadas a zero.

 

Portanto, os resultados da Alemanha são a melhor demonstração da pobreza futebolística. da Selecção portuguesa que não ofereceu qualquer tipo de resistência, tendo sido fácil e avassaladoramente dominada, em que o resultado de 4-0 podia ter sido muito mais volumoso.

Os jogadores arrastaram-se ao longo dos jogos, pesados, cansados, sem velocidade e sem força, incapazes de reagir às mudanças de velocidade dos adversários e sem capacidade de levar a melhor nos lances divididos. Por outro lado, teve muita dificuldade em conservar a bola e construir jogadas de ataque, lateralizando o jogo e atrasando com frequência a bola para o guarda-redes.

Este tipo de jogo mole, sem alma, sem chama, sem garra, facilitou e de que maneira, a vida dos adversários que embora sendo, em teoria, mais fracos, acabaram por se superiorizar e fazer da equipa portuguesa, "gato sapato" e, de certa forma, a "gata borralheira" deste Campeonato do Mundo de Futebol, decepcionando os milhões de portugueses e brasileiros que esperavam exibições mais conseguidas e mais consentâneas com o 4º lugar que ocupa no ranking da FIFA.

Vergonhosa e incompreensivelmente, não há culpados para este tremendo desaire da selecção portuguesa. Ninguém assume corajosamente os inúmeros erros que foram cometidos. São todos muitíssimos bons na arte de arranjar alibis e sacudir a água do capote, a exemplo do que se passa na política e noutras áreas de actividade da vida pública portuguesa.

É uma tristeza o que se passa em Portugal, a todos os níveis, onde não há justiça e a impunidade atingiu uma dimensão escandalosa. Noutros Países, não é assim. Ainda hoje a televisão noticiava que o ex-Presidente francês Nicolas Sarkozy foi detido para ser interrogado por investigadores anticorrupção. Em Portugal, presidentes, primeiros-ministros, ministros, administradores de empresas públicas e privadas, presidentes de instituições bancárias, presidentes de Câmara  e de Juntas de Freguesia, entre outros, também deviam ser detidos para investigar os inúmeros actos de corrupção e depois mandá-los para o lugar que merecem: a prisão.  Porém, em Portugal, o paraíso dos corruptos, a justiça dá-lhes total cobertura e eles aproveitam bem toda essa vergonhosa impunidade.

NOTA: - Acabei agora mesmo de assistir ao jogo Bélgica/Estados Unidos da América 2-1, uma partida empolgante onde o vencedor só foi encontrado no prolongamento. Tiro o meu chapéu à equipa que ocupou, e bem, o lugar de Portugal nos oitavos de final porque foi brilhante e vendeu cara a derrota. Neste jogo, não tenho dúvidas, devido à intensidade do mesmo, a equipa portuguesa não teria qualquer chance de vencer e teria sido cilindrada pelos belgas que fizeram um jogo extraordinário. Embora não isenta de erros, a arbitragem portuguesa esteve bem melhor do que o futebol. Proença apitou bem melhor do que os atletas jogaram.