sábado, 13 de junho de 2015

ARMÉNIA / PORTUGAL, 2-3 - COM HATTRICK DE CRISTIANO RONALDO

Ronaldo
Imagem retirada do Google
 
Como milhões de portugueses, segui atentamente o jogo Arménia/Portugal através da transmissão em directo da RTP. Há jogos empolgantes, com jogadas perigosas sucessivas de ataque e contra-ataque, que nos mantêm em constante entusiasmo e, ao mesmo tempo, na incerteza e expectativa quanto ao resultado final. Tais jogos fazem-nos vibrar de emoção e entusiasmo e até ficamos com pena que os 90 minutos de jogo se tenham esgotado tão depressa.
 
Em minha modesta opinião, não foi o caso deste jogo. Portugal entrou mal na partida e os arménios aproveitaram para exercer um maior domínio e criar mais situações de perigo. O golo que apareceu aos 14 minutos não causou surpresa e, de certa forma, premiava a melhor equipa em campo. Portugal tardava em contrariar o jogo do adversário, não conseguia ter posse de bola e Ronaldo raramente foi bem servido.
 
Mas eis que aos 28 minutos, Moutinho é derrubado dentro da grande área e Ronaldo, encarregado da marcação do penalty, não perdoou e empatou a partida. Cheguei a pensar que este golo caído do céu aos trambulhões, seria capaz de dar ânimo e força à equipa para inverter a situação e começar a mandar no jogo. Enganei-me. A equipa portuguesa continuou a cometer os mesmos pecados e a não ser capaz de contrariar um maior ascendente dos arménios, pelo que o resultado de 1-1 ao intervalo não é totalmente justo para os da casa.
 
Normalmente, o intervalo serve para que a equipa técnica reflita sobre o que esteve mal ou menos bem e transmita aos jogadores a forma de ultrapassar as dificuldades e fazer melhor.  Se isso aconteceu, não se notou porque a equipa continuou a jogar mal e a não conseguir superiorizar-se ao adversário.
 
Como noutras ocasiões, emergiu do naufrágio colectivo da equipa das quinas, um trunfo valiosíssimo de nome, Cristiano Ronaldo, o melhor jogador do mundo que por vezes, face ao desacerto da equipa e à falta de oportunidades, inventa golos impossíveis, como aquele que colocou Portugal a ganhar por 2-1. Um balão para a frente, os centrais arménios a falharem e Cristiano a acreditar, a meter o pé e a antecipar-se ao guarda-redes arménio que ficou a meio do caminho, vendo desesperadamente a bola a entrar na sua baliza.
 
E depois do 2-1, mesmo com Portugal a jogar mal, bastaram mais 3 minutos para Cristiano Ronaldo inventar mais um monumental golo, dominando na perfeição uma bola que o adversário falhou o corte, virou-se para a baliza, deu dois passos e disparou um daqueles seus "petardos" teleguiados, sem qualquer hipótese de defesa. Ninguém esperaria e muito menos o guarda-redes arménio que Ronaldo se atrevesse a visar a baliza, com êxito, àquela distância! Mas CR7 é exímio na arte de rematar à baliza a grandes distâncias e, na verdade, tem feito golos fabulosos, autênticas obras de arte, como este, que vai correr mundo e fazer jus ao melhor jogador do Mundo.
 
Com a reviravolta no marcador e o resultado em 3-1 aos 58 minutos de jogo, toda a gente acreditou que a vitória portuguesa estava consumada e quebrado o enguiço de a equipa nunca ter ganho na Arménia. Porém, aos 62 minutos, através de uma falta absolutamente desnecessária, Tiago foi imprudente, viu o 2º cartão amarelo e foi expulso. Faltava ainda muito tempo de jogo, os arménios colocaram mais velocidade no jogo e as coisas começaram a complicar-se, tanto mais que Portugal começava a recuar demais e a não ter o discernimento necessário para trocar a bola e sair da zona da sua grande área. Numa dessas insistências dos arménios, Rui Patrício não defendeu uma bola que aparentemente devia ter agarrado, permitindo a Mkoyan, muito atento e oportuno, fazer a recarga vitoriosa, reduzindo para 2-3, aos 71 minutos.
 
Com pelo menos 20 minutos para jogar, adivinhava-se um final difícil para a equipa das quinas, já que o adversário, muito aguerrido, não desistia de tentar chegar ao golo. Valeu à equipa portuguesa, neste período, uma maior experiência por parte dos seus jogadores que passaram a fazer muita mais circulação e posse de bola, recorrendo até à táctica de "queimar tempo", motivo pelo qual Rui Patrício foi admoestado com cartão amarelo.
 
Enfim, uma vitória muito sofrida mas que não deixa de ser uma importante vitória, já que evita as habituais dificuldades e "contas de cabeça" de última hora, relativamente ao apuramento para a fase final do EURO 2016.
 
Cristiano Ronaldo, com os seus golos, tem empurrado a Selecção das Quinas para as vitórias e para o topo da classificação e será uma pena se o conjunto liderado por Fernando Santos não atingir um desempenho competitivo de excelência, capaz de poder fazer brilhar Ronaldo no Europeu de 2016 e com a sua imprescindível ajuda, chegar ao título. Ele merece conquistar um título ao serviço da Selecção Portuguesa de Futebol.
 
Para que isso aconteça, há muita afinação a fazer e até atletas a substituir e Fernando Santos não pode descansar à sombra da bananeira.
 
Parabéns Cristiano e parabéns Portugal, pela vitória.

2 comentários:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor
Autor,

De facto, esperava melhor desempenho da Equipa das Quinas e uma Arménia menos
aguerrida.

O nosso Grupo tem que levar uma afinação total.

Como está, vai-nos acontecer como no Brasil.

O nosso Problema é desprezar o potencial dos outros e dormir à sombra da bananeira.

Não quero, de maneira nenhuma, menosprezar os outros Jogadores mas, se não fosse o CR7, tínhamos perdido o Jogo.
Laranjeiro, 14-06-2015

João Pedro disse...

O CR7 faz a diferença em qualquer campo, mas este é outro jogo para mais tarde recordar! 3 golos, um grande jogo e um grande CR7! Incrível!