quarta-feira, 10 de junho de 2015

OS TRABALHADORES PORTUGUESES VENCERAM A CRISE

 
Imagem retirada do Google

É de facto visível e indesmentível que Portugal está bem melhor do que estava em 2011. O optimismo e a confiança parecem estar a regressar ao dia-a-dia dos portugueses e das empresas, as quais têm apresentado bons resultados e têm sido a mola real do crescimento da economia, com as exportações a bater sucessivos recordes.
 
Esta inversão de uma situação económica muito difícil em que Portugal teve que enfrentar um checkmat (resgate) e aturar uma exigente troika durante mais de 3 anos, deve-se aos sacrifícios e ao trabalho dos portugueses que viveram uma insuportável austeridade e a aguentaram com heroico patriotismo para salvar Portugal.
 
O maior mérito, é portanto dos trabalhadores portugueses. Mas atenção, nem todos os trabalhadores estão incluídos neste reconhecido mérito. Os trabalhadores a que me refiro, foram aqueles que reconhecendo a grave situação do País, compareceram diariamente no seu local de trabalho, dispostos a dar o seu melhor, sem nada pedir em troca, até ultrapassar a crise. Esses, foram sem dúvida os grandes obreiros da mudança que se verificou em Portugal, para melhor, nestes últimos 4 anos e agora, logo que possível, o mais breve possível, devem ser recompensados e ressarcidos desses seus sacrifícios e avultados prejuízos.

Mas há também o reverso da medalha. Muitos portugueses, provavelmente por questões ideológicas e com o objectivo de desgastar e "combater" o Governo, organizaram e participaram em sucessivas greves, muitas das quais dificultaram e até impediram muitos portugueses que pretendiam trabalhar. A maioria delas, foram greves de cariz político, despropositadas, tendo em conta o momento delicado que se vivia e a debilidade económica do País, mesmo que houvesse fortes razões reivindicativas. Nesse sentido, os trabalhadores que participaram em greves e causaram grandes prejuízos ao País, não podem partilhar do mérito a que os outros têm pleno direito.

Do mesmo modo, também as forças políticas da oposição, que para além de nunca terem colaborado com o Governo, fizeram questão de o "combater" até à exaustão, por tudo e por nada, sempre do contra, não podem agora partilhar o "sucesso" das medidas deste Governo e, como tal, vão continuar a negar a evidência de um Portugal melhor e a insistir nas críticas, porque, pelos vistos, não têm nada mais importante para realizar em prol do País e dos portugueses.
 
A oposição tem feito o vergonhoso papel de "profeta da desgraça", prevendo e anunciando resultados catastróficos acerca da governação que felizmente não aconteceram. Previu, por exemplo, o desastre antecipado que iria terminar num segundo resgate e o governo passou com distinção em todos os "exames" a que foi sujeito pela troika. Para além disso, a economia cresce, o desemprego diminui, os impostos são agora cobrados com mais eficiência, a justiça está a cumprir muito melhor a sua nobre missão, foi dado um novo impulso ao sector do turismo e o consumo de bens e serviços está de novo em franca recuperação.
 
Tudo isto está a acontecer porque Portugal está melhor e Portugal estando melhor, mais dia menos dia, também vai proporcionar essa melhoria aos portugueses.
 
Quando oiço diariamente as forças da oposição repetir até à exaustão que "o Governo diz que Portugal está melhor mas os portugueses estão pior", não posso deixar de lamentar tão pobre e descabida argumentação política, por não ser verdade e porque para melhorar as condições de vida dos portugueses, primeiro era necessário e fundamental melhorar as condições económicas do País.
 
Não nutro grande simpatia pelo actual governo, quanto mais não fosse e se outras razões não houvesse, pelas inúmeras medidas impopulares que teve que tomar e que muito me penalizaram, mas reconheço-lhe a coragem com que enfrentaram a situação económica e a oposição, nunca mostrando desânimo perante as dificuldades nem nunca vacilando perante as medidas difíceis e impopulares.
 
Pela minha parte, espero que nas próximas eleições legislativas, os portugueses saibam reconhecer as condições difíceis em que este governo trabalhou e lhe dêem oportunidade de governar o País nos próximos 4 anos para poder consolidar as reformas e as políticas que iniciou, por forma a tornar mais atractiva e estável a vida dos portugueses.
 
 

4 comentários:

Unknown disse...

Bom dia
Gostava de comentar mas não tenho conhecimentos nem bagagem para o fazer.
Acredito que podíamos estar muito melhor. Cada dia aparecem mais casos de corrupção ao mais alto nível político. É vergonhoso. As mentiras, deturpação das estatísticas e uma justiça que apenas funciona para um lado.
A Segurança Social tinha dinheiro para pagar as pensões.Retiraram-lhe esses fundos. Agora dizem que não há dinheiro.
Eu digo - Tenham vergonha.

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor
Autor,

Efectivamente, o Povo fez um grande sacrifício e, mais de dois Milhões, sem poderem.

De facto, o que eu gostava de haver visto, era toda a Gente, sem excepções, a contribuir para aquele enorme Buraco Financeiro.

Também gostava de ver, e se isso tivesse acontecido, nem precisávamos de meter, cá, a TROIKA, os grandes Grupos Económicos, a pagar os Impostos devidos e, também, terem contribuído para minimizar a Crise.

Realmente, os Governantes continuam a ter medo, muito, de se meterem com os FORTES!

Eu também concordo que é muito mais cómodo, tirarem aos mais, financeiramente, debilitados.

Eu também acredito que isto está, um pouco, a melhorar.

Eu, pessoalmente, ainda não vi nada.

Quanto à atitude da Oposição, para atingirem o Poder, penso ser o papel deles.

Na minha, modesta, opinião é um papel muito mal representado.

A verdade, doa a quem doer, deve ser dita.
Laranjeiro, 11-06-2015

M. Gonçalves disse...

Caro Meireles, só ontem, ao ler a tua resposta a um comentário meu, no Facebook,tive conhecimento da existência do 'Direito de opinar' criado e mantido por ti. Aprecio a tua veia para a escrita, que resulta em parte, acredito bem, da profissão que chegámos a partilhar, em parte porque o resto vem do conhecimento e da cultura que enriquecem a tua personalidade. "Os trabalhadores portugueses venceram a crise" tem o meu apoio. É uma opinião moderada e oportuna, porque separa o trigo do joio. Alguns dos colunistas e comentadores que enxameiam os órgãos de comunicação social não se importariam de assinar por baixo... Tens mais um 'visitante'. Força e continua!

Manuel Carmo Meirelles disse...

Amigo Manuel Gonçalves

Obrigado pela gentileza de teres visitado o meu modestíssimo blogue e pela simpatia do teu comentário.
É um privilégio ter-te como visitante assíduo de DO pois fazes parte das pessoas que respeito, considero e estimo.
Lembro com saudade aqueles belos tempos do Jornal "O Lobito" e não esqueço a forma eficaz e expedita como arranjavas o material para a página do desporto e as notícias de última hora, com meios escassos e rudimentares. Hoje, os tempos são outros e os meios sofisticadíssimos; não é necessário sintonizar a BBC às 2 ou 3 horas da madrugada, como fazias, para saber as principais notícias do mundo.
Também aprecio a tua escrita e os teus dotes jornalísticos mas acima de tudo aprecio as tuas qualidades como homem sensato e ponderado, amigo do seu amigo e chefe de família exemplar.
Um grande abraço do amigo de sempre para ti e família.