quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

PESSOAS SEM CARÁCTER

Resultado de imagem para casos de polícia
Imagem retirada do Google

Há cerca de duas semanas descoquei-me à Praça de Alvalade com a minha esposa para fazer entrega de umas despesas de saúde na ADSE. Como naquele local é difícil arranjar onde estacionar o carro, estacionei em segunda fila e aguardei no interior do carro que a esposa fosse atendida e regressasse.

Enquanto esperava, aproveitei para continuar a ler o livro de José Rodrigues dos Santos "VATICANUM". A dada altura, estacionou um carro do lado direito do meu e uma Senhora abriu a porta do lado do condutor, descuidadamente, de tal forma que a mesma embateu violentamente na porta traseira do meu veículo automóvel, fazendo-lhe uma mossa na vertical.

Saí imediatamente do carro e fui ter com a Senhora que entretanto já estava no interior das instalações da ADSE e comuniquei-lhe que ao abrir a porta tinha feito uma mossa na porta traseira do meu carro. Inacreditavelmente, aconteceu algo que eu não estava à espera, tanto mais que a Senhora, bem vestida, na casa dos 60/70 anos, aparentava ser uma pessoa de bem. Puro engano, a pessoa em questão, negou imediatamente que tivesse batido no carro e acusou-me, em tom exaltado, de querer arranjar o carro à custa dela.

Quis exemplificar, abrindo a porta do seu carro para ela ver que a mossa foi efectivamente feita com a porrada que ela distraidamente provocou mas não foi possível porque a Senhora pôs o carro a trabalhar para ir embora. Ainda tentei impedir-lhe a saída mas desisti porque a Senhora começou a gritar que eu a estava a sequestrar e apenas pude tirar uma foto da traseira do veículo.

Sinceramente, fiquei indignado e até revoltado com o carácter desta pessoa. Já não é a primeira vez que chego ao carro e o encontro batido. Infelizmente, não posso fazer nada porque não vi e o autor dos estragos também não deixou identificação. Porém, neste caso eu vi e senti porque o carro estremeceu todo e, no entanto, a condutora teve a coragem de negar o que fez.

Em circunstâncias normais, se a Senhora tivesse assumido a sua responsabilidade e tivesse tido a educação e a humildade de pedir desculpa, provavelmente teria esquecido o assunto e perdoado o acidente. Porém, perante o lamentável comportamento da Senhora, decidi ir apresentar queixa na esquadra policial mais próxima, decisão que me fez perder cerca de 5 horas em tempo de espera e, depois, na elaboração da participação.

Com a participação da polícia e uma declaração amigável, preenchida por mim, com os meus elementos e apenas a marca e a matrícula do outro veículo, fui apresentar o assunto à minha Companhia de Seguros que em menos de uma semana resolveu o problema. Fui informado do dia e hora em que o perito ia avaliar os estragos e passados 2/3 dias recebi um SMS a informar que estava autorizado o arranjo do carro.

Entretanto, telefonaram-me da Companhia de Seguros da Senhora a perguntar como as coisas se passaram e a comunicar que a Companhia assumia a responsabilidade do arranjo do carro.

As pessoas que procedem como esta Senhora não podem ficar impunes porque da próxima vez fazem precisamente igual ou pior. Neste caso, ela ficou a saber que o seu mau carácter não resultou e que a sua Companhia de Seguros assumiu aquilo que ela deveria ter assumido desde o primeiro momento.

1 comentário:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor
Autor,

Eu acho que, com a justiça que temos, ainda se pode considerar um Homem muito feliz!

Porque, se em vez de ser uma Senhora que, de Senhora, não tem nada, fosse um Senhor, ainda levava um Tiro.

De facto, pelo que, diariamente, se vê, teve coragem e, ao mesmo tempo, muita sorte.

Como sabe, graças a diversos factores negativos, vivemos numa Época em que se bate e mata como nos Séculos III e IV. Sem qualquer respeito pelos outros.

Qual é a causa? qual é a causa? A resposta é sempre a mesma.

A justiça não funciona e, a que funciona, é muito lenta.

Não temos, nem de longe nem de perto, justiça para o Século XXI.

Exmo Senhor Autor, estas almas perdidas, não são burras!

Elas sabem que, normalmente, tendo em atenção ao estado a que isto chegou, não lhes acontece nada!

Pelos vistos, a esta saiu-lhe o projéctil pela culatra!
Laranjeiro, 19-01-2017