ERROS GROSSEIROS DO ÁRBITRO NO JOGO F. C. PORTO/TONDELA

Imagem retirada do Google

O jogo entre o Futebol Clube do Porto e o Tondela, segundo e último classificado, disputado ontem no estádio do Dragão, a exemplo dos últimos jogos, voltou a gerar grossa polémica. Embora os azuis e brancos imaginassem um jogo fácil, a verdade é que aos 43 minutos da primeira parte, o resultado ainda não tinha sofrido qualquer alteração e o empate persistia, causando nervosismo nas hostes portistas.

Para ultrapassar este embaraço, entrou em cena a genialidade do árbitro do encontro, Luis Ferreira, inventando um penalti que só existiu na sua imaginação. O jogador do FCP foi o primeiro a agarrar e a fazer falta sobre Osório e, portanto, a haver falta, seria de Soares. Este lance foi decisivo para o desfecho do encontro porque teve o condão de colocar os portistas a vencer praticamente em cima do final da primeira parte. Mas a má decisão do árbitro bracarense provocou ainda mais sequelas na equipa do Tondela, ao admoestar injustamente, com cartão amarelo, o defesa central Osório.

Mas como não há uma sem duas, nem duas sem três, o árbitro voltou a pôr à prova a sua genialidade e a decidir erradamente passados 4 minutos, aos 45+2, mostrando o 2º cartão amarelo a Osório por uma falta que não cometeu. Na jogada em que o árbitro decidiu a sua expulsão, é o jogador do Futebol Clube do Porto, de novo Soares, que vai contra Osório e depois se atira para o chão. Também neste lance, a haver falta, seria do jogador azul e branco e nunca do jogador do Tondela.

Luis Ferreira, em duas decisões completamente erradas, aniquilou as pretensões do Tondela e facilitou a vitória do Futebol Clube do Porto. Mas o jogo teve outras situações em que o Tondela foi prejudicado, por exemplo, aos 31 minutos quando Felipe anula um contra ataque com falta grosseira, no momento em que o avançado do Tondela iria ficar isolado na cara do guarda-redes portista. Nestes casos, não havendo mais nenhum defensor portista para lá da linha da bola, a sanção correcta a aplicar pelo árbitro, seria a exibição do cartão vermelho e a expulsão do defesa portista.

O Tondela foi prejudicado pela arbitragem da forma escandalosa que toda a gente viu, ao ponto de Pepa, o seu treinador, afirmar no final do jogo que a arbitragem foi surreal, sem mais comentários, deixando a análise do jogo para quem tem competência para o fazer.

Na verdade, os dirigentes portistas passaram toda a primeira volta do campeonato a queixar-se das arbitragens e até inventariaram cerca de uma dúzia de penaltis que não foram marcados a seu favor. Mas de um momento para o outro tudo mudou e agora, nos últimos jogos, assistimos a decisões das equipas de arbitragem que beneficiam sistematicamente o Futebol Clube do Porto em lances de fácil decisão e quase sempre com faltas assinaladas ao contrário, como aconteceu no jogo de ontem com o Tondela.

O espectáculo do futebol como jogo, dentro das quatro linhas, é um desporto de massas, empolgante e arrebatador que gera grandes paixões clubísticas mas fora do rectângulo de jogo, nos bastidores, tudo quanto ao futebol diz respeito, é muito mau. Os dirigentes não têm escrúpulos, querem ganhar os jogos a qualquer preço e para isso, pressionam e intimidam os árbitros para os obrigar a beneficiar as suas equipas. É uma vergonha, a maioria dos dirigentes do futebol não têm cultura desportiva, não têm fair play e não sabem perder nem ganhar. Querer vencer os jogos à custa de erros de arbitragem que prejudicam os adversários é de facto deplorável e antidesportivo. Todos os dirigentes que têm esta postura deplorável e antidesportiva deviam ser irradiados e dar lugar a gente provida de escrúpulos que saiba valorizar os adversários e nunca por nunca queira ganhar os jogos à custa de erros de arbitragem.