quarta-feira, 3 de maio de 2017

O POVO PAGA OS DESVARIOS DOS ADMINISTRADORES E GOVERNANTES CORRUPTOS NA CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS

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Imagem retirada do Google

A história tem-se repetido vezes sem conta ao longo dos 43 anos de regime democrático(?): os governantes, quase todos focados nos interesses pessoais ou de grupo, patrocinaram projectos irrealistas e megalómanos e com o seu aval, tais projectos conseguiram financiamentos astronómicos no Banco do Estado, o Banco de todos os portugueses, a Caixa Geral de Depósitos.

Lembro que em minha modesta opinião, a própria Sede da Caixa Geral de Depósitos situada na Av. João XXI, é um projecto megalómano e um despudorado atentado contra os pobres. Ali, naquela estrutura monstra, estão enterradas 15 ou 20 vezes mais recursos do que aqueles que seriam efectivamente necessários para construir um edifício/Sede, mais funcional e mais digno, em sintonia com as possibilidades económicas do País.

Foram cometidos imensos crimes económicos que levaram a maior instituição financeira do País ao colapso financeiro e à bancarrota, só evitada porque o Estado tem injectado milhares de milhões de euros e a sua recapitalização continua na ordem do dia, não sabendo os portugueses quantos mais milhares de milhões serão necessários injectar para tirar o Banco da agonia financeira em que se encontra.

As sucessivas administrações da Caixa fizeram um péssimo trabalho, envolvendo-se em negócios aventureiros de grande risco que acabaram por se revelar altamente ruinosos, com perdas incalculáveis para o erário público que o mesmo é dizer, para todos os contribuintes portugueses.

Nessas administrações há rostos identificados como responsáveis por diversos financiamentos indecorosos, cozinhados com ingredientes de compadrio, à volta de interesses pessoais e em nome de velhas amizades e doutrinas ideológicas. Em muitos casos, trata-se de crimes económicos contra o Estado e, tanto quanto eu sei, até ao presente momento não vi nenhum deses responsáveis ser condenado pela justiça e, simultaneamente, serem-lhe confiscados os seus bens. Houve favores retribuídos com luvas, com o dinheiro da Caixa, propriedade do Estado e dos portugueses. Não deve haver perdão para essa gente anti-patriota e traidora dos interesses da Pátria.

O que aconteceu na Caixa mas também noutros Bancos portugueses teve consequências gravíssimas: milhares de cidadãos ficaram sem as suas economias de vidas de trabalho, milhares ficaram sem emprego e agora, em resultado da debilidade financeira da Caixa, centenas de balcões estão a ser encerrados por todo o País. Os criminosos gestores da Caixa consumiram milhões em negociatas nebulosas e ruinosas e agora quem paga são as populações que se vêem privadas de um balcão de proximidade, roubando-lhes o conforto, especialmente aos velhos, de poderem fazer levantamentos, em segurança, das suas contas/reforma.

É uma vergonha o que se passa em Portugal. Uns roubam milhões e delapidam o Orçamento do Estado e outros, alheios a tais desvarios, são obrigados a pagar tão pesadas facturas. Não há respeito pelos velhos nem pelas populações do interior. Na hora de pagar as facturas dos irresponsáveis e corruptos, as pessoas são utilizadas como números, sem qualquer pingo de justiça, sensibilidade ou solidariedade.

Continuo a dizer: cada povo tem aquilo que merece.

1 comentário:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor
Autor,

De facto, não há memória de uma coisas destas, no Mundo Contemporâneo!

Não consigo entender como é que os Portugueses, os que podem, permitem uma coisa destas!

Continuo a não compreender como é que, no País onde começou esta pouca vergonha, prenderam os Responsáveis e confiscaram-lhes tudo, em meia dúzia de Meses e, aqui, continuam a brincar com o ZÉ, sem nada lhes acontecer?

Mas, o mais grave, é o facto de estes Senhores terem roubado e deixado roubar, Biliões de Euros e os Governos, tenham eles a cor que tiverem, continuam, através de várias taxas e subsídios, sacados aos Reformados, Pensionistas e restantes Contribuintes, a pôr mais de dois Milhões de Pessoas, na maior das Misérias, desde o Vinte e Cinco de Abril, para pagar os desvarios que estes Senhores fizeram.

Efectivamente, "cada Povo tem aquilo que merece"
Laranjeiro, 03-05-2017