BRUNO DE CARVALHO - ASCENSÃO E QUEDA

Imagem retirada do Google

 

Temos perante nós o resultado de uma actuação prepotente, irresponsável, demagoga e populista. O ex-presidente do Sporting Clube de Portugal, Clube secular de grande prestígio, não merecia ter tido um Presidente tão irresponsável que encaixa na perfeição todos os adjectivos acima referidos. O seu mandato foi caracterizado por enorme prepotência, do género: eu posso, quero e mando e, nesse sentido, desrespeitou dirigentes de outros clubes e perseguiu, desrespeitou e  afrontou antigos dirigentes do seu próprio Clube e, ao mesmo tempo, criticou e apelidou de sportingados, todos os adeptos que não concordavam com ele, fomentando fortes divisões no seio da família sportinguista.

 

Bruno de Carvalho, ao invés de apaziguar e contribuir para a concórdia no futebol português, funcionou como uma tocha incendiária, que fez eclodir imensos fogos, alguns dos quais continuam por apagar.

 

Criou graves constrangimentos no relacionamento entre clubes, impossibilitando o normal debate de ideias entre os principais dirigentes e tomou mesmo uma posição ética e moralista, denunciando ao Ministério Público possíveis irregularidades praticadas pelo rival Sport Lisboa e Benfica e cujo processo, neste momento, já se encontra arquivado, não tendo sido provadas as ilegalidades denunciadas pelo ex-presidente leonino.

 

Porém, de uma pessoa que toma uma posição moralista, espera-se que o seu comportamento, os seus actos e atitudes, não atentem contra essa sua forma de estar na vida. Na verdade, Bruno de Carvalho quis vestir a pele de cordeiro, mas dentro dela, estava mesmo um lobo mau. Um lobo mau que conseguiu num primeiro mandato, ludibriando os associados, fazer tudo quanto quis, desrespeitando os regulamentos do Clube e, com a conivência dos sócios, fazer grandes alterações aos regulamentos, tendo até extinguido o Conselho Leonino.

 

Uma parte significativa dos sócios acordou tarde de mais porque já havia danos que punham em causa o futuro do Clube mas depois de uma série de acontecimentos lamentáveis, finalmente, foi levada por diante uma Assembleia-Geral com o objectivo de destituir Bruno de Carvalho, o que veio a acontecer, com uma percentagem de votos a favor da destituição que não deixa margem para dúvidas (71,36%).

 

Fruto de toda essa trapalhada que protagonizou enquanto Presidente do SCP e que culminou com o ataque à Academia de Alcochete, Bruno de Carvalho encontra-se agora a prestar contas à justiça, acusado de 56 crimes, inclusive o de "terrorismo". Enquanto não houver sentença com trânsito em julgado, haverá presunção de inocência mas que o ex-Presidente do Sporting está metido em maus lençóis, disso não temos dúvidas.

 

Neste e noutros casos que se faça justiça. Quem não quer ser lobo que não lhe vista a pele.