sexta-feira, 23 de novembro de 2018

VISITA OFICIAL DO PRESIDENTE ANGOLANO, JOÃO LOURENÇO, A PORTUGAL


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Imagem retirada do Google
 
Depois de vários anos de costas voltadas, Portugal e Angola fazem as pazes e, pelos vistos, a fazer fé nas palavras do Presidente angolano, João Lourenço,  não ficam rancores nem ressentimentos e prevê até "um futuro promissor" nas relações entre Portugal e Angola.
 
No que diz respeito ao seu País, afirmou: "Estamos a construir uma nova Angola" e, nesse sentido diz estar determinado a combater a corrupção e a impunidade, embora antevendo que mexer no "marimbondo" (ninho de vespas), pode provocar picadas.
 
João Lourenço utilizou a expressão "marimbondo" do dialecto local, para responder às críticas de Isabel dos Santos e José Eduardo dos Santos, seu pai, vincando: "tínhamos a noção de que estávamos a mexer no marimbondo e que podíamos ser picados". "Já começámos a sentir as picadelas mas isso não nos vai matar, não é por isso que vamos recuar, é preciso destruir o ninho do marimbondo".
 
O Presidente angolano está a ser alvo de uma recepção muito calorosa, com homenagens e honrarias por parte do Estado e autarquias de Lisboa e Porto. O Presidente da República de Portugal agraciou-o com o "Grande Colar da Ordem do Infante D. Henrique" e os Presidentes das Câmaras de Lisboa e Porto ofereceram-lhe as chaves das duas cidades. Foi também recebido com pompa e circunstância na Assembleia da República, onde discursou.
 
Sou daqueles portugueses que desejo um bom relacionamento com Angola mas também com todas as ex-Colónias, na medida em que há grandes interesses mútuos em jogo e, por outro lado, um outro grande factor de união e entendimento: a mesma língua. No entanto, não advogo um entendimento a qualquer preço. O nosso povo, o nosso País e os nossos governantes têm que ser respeitados.
 
Ora, isso não tem acontecido. A imprensa angolana tem sido excessivamente agressiva e até ofensiva para com Portugal. O Estado angolano não cumpre acordos celebrados com as Empresas portuguesas que prestam serviços em Angola e os governantes têm sido arrogantes e têm tornado difícil o relacionamento entre os dois Países.
 
Em contrapartida, vemos uma imprensa portuguesa simpática, compreensiva, tolerante e elogiosa para com Angola e os seus dirigentes e vemos também uma certa subserviência por parte da classe política e dos governantes. O próprio Presidente da República meteu uma cunha para ser convidado a visitar Angola. Oh Senhor Presidente, não era necessário fazer esse papel de mendigo! Antes de ser convidado, fez-se convidado!
 
Em minha opinião, ainda é cedo para se poder dizer se o actual Presidente da República Popular de Angola rompeu com as práticas do seu antecessor e se está mesmo determinado a combater a corrupção e a promover a melhoria das condições de vida do povo e, ao mesmo tempo, dar passos importantes na implantação da democracia. Para mim, as coisas são como acabam e não como começam. Há ainda um longo caminho a percorrer. Aguardemos.

1 comentário:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor
Autor,

Enquanto houver, por parte da nossas Instituições e Governos, um baixar de Calças, constante, as visitas correrão, sempre, bem aos Dirigentes Angolanos e a nós mal ou cada vez pior.

O Governo Português, dando continuidade à sua humildade, parece que se comprometeu
a repatriar os Milhões de Dólares roubados a Angola.

Tem muito que repatriar pois são mais de sessenta Biliões de Dólares, aqui e nos outros Países.

Agora, eu Pergunto? Porque é que o GP sede a estas pressões, cada vez que vem cá um Dirigente Angolano e o Governo Angolano não só não assume os compromissos que tem para com as Empresas Portuguesas e respectivos Trabalhadores como,quando assume, não cumpre?

Mais, porque é que a Dívida Angola, a Portugal, segundo o que eu ouvi, é de seiscentos Milhões de Dólares e o Estado Angolano só quer assumir Duzentos Milhões?

Depois, se tudo o que ficou acordado, for cumprido e por parte de Portugal, vai ser, os efeitos Colaterais vão ser mais que muitos.

Por exemplo, a Avenida da Liberdade vai ter que fechar os Estabelecimentos porque, o que mantém aqueles luxos abertos, são os Clientes Angolanos.

Existem, ainda, os Depósitos de Milhões ou Biliões, no nosso País.

Como este Rectângulo não cumpriu com o que ficou estipulado no acto dos Depósitos, os Clientes Angolanos, futuramente, vão para Países que cumpram os Acordos.

Porque, tal como em Portugal, não é este Senhor que vai acabar com a Corrupção!

Veja-se, por exemplo, o que acontece em Portugal!
Laranjeiro, 25-11-2018