segunda-feira, 6 de abril de 2009

NEM TUDO O QUE PARECE É

DIAS LOUREIRO, pertencia a um grupo restrito de políticos portugueses em quem confiava e mereciam toda a minha credibilidade. Sempre me pareceu uma pessoa ponderada, rigorosa e competente. No exercício das suas funções de Estado, sempre ouvi referências elogiosas ao seu trabalho e como político, tinha como lema a transparência, a tolerância e a moderação.
Tinha sobre Dias Loureiro uma percentagem altíssima de confiança e jamais o associaria ao grupo dos que não olham a meios para alcançar os seus fins.
Pelo que tenho lido e ouvido na imprensa escrita e falada e também da boca do próprio, tenho que reconhecer que aquilo que me parecia, de facto parece não ser.
O Dr. Dias Loureiro já entrou em contradições que não abonam a sua credibilidade e, pelos vistos, há muitos aspectos da sua vida profissional que não são muito fáceis de explicar...
Na minha terra diz-se que até ao lavar dos cestos há sempre vindima e em termos de Justiça diz-se que todo o cidadão se presume inocente enquanto não houver trânsito em julgado da respectiva sentença de condenação.
É claro que os cidadãos também têm o direito de fazer o seu próprio juízo e, neste caso, tenho a certeza, muitos já o fizeram.
Mas que grande tragédia! Todos os dias somos confrontados com mais umas quantas revelações de actos ilícitos e imorais, praticados por pessoas que nos pareciam justas!
Será que entre a classe política não existe um justo?
Com problema idêntico se confrontou Deus cerca de 1900 anos antes de Cristo quando mandou destruir pelo fogo, Sodoma e Gomorra, devido à prática de actos imorais e por não haver um único justo entre a população das duas cidades!
O que está a acontecer neste País é trágico e aterrador! A corrupção atingiu uma dimensão gigantesca e o País está enfermo de doença incurável que impede o progresso e o bem-estar das pessoas.
No caso de Sodoma e Gomorra, para acabar com as imoralidades, Deus cortou o mal pela raiz e arrasou as duas cidades. Neste caso de corrupção generalizada, se não aparecer alguém, uma espécie de Salvador que adopte medidas rígidas e muito penalizadoras para os prevaricadores, temo, que sejam eles próprios, os corruptos, a destruir, não apenas duas cidades mas o País inteiro.
Sobre o Dr. Dias Loureiro, independentemente do que venha a acontecer, já me apercebi de confusões suficientes que bastaram para abalar a minha confiança. E no futuro, graças a este e a outros exemplos decepcionantes, vou ser muito mais rigoroso e restritivo na escolha das pessoas em quem confiarei.

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